quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Do resultado final e convocação para o CFP

Não dá para descrever a sensação de ver um resultado final de concurso em cuja lista o nosso nome consta dentre os classificados!
Da mesma forma não teve como eu começar essa postagem sem que escorressem lágrimas ao lembrar o momento incrível. É, acho que "incrível" é a palavra correta quando a gente recebe o passaporte para a realização do sonho. Não era o fim da saga do concurseiro, mas era um grande passo para a conquista do objetivo.
A publicação do resultado final foi só o início da nova etapa; agora era hora de montar o "enxoval" para o Curso de Formação Profissional - CFP. Era ocasião também de aprender a "se virar nos 30" num lugar até então desconhecido, que viria a ser minha nova casa por no mínimo mais 3 meses. Concomitantemente às pesquisas para montagem do enxoval, havia a busca por um local para me acomodar e Cuiabá/MT; para isso recorri ao fórum do Correioweb (Faixa de Gaza), onde alguns colegas já se movimentavam e associavam para conseguir lugar para se "ajeitar" durante o período do curso, uma vez que estabeleceu-se em edital que não haveria alojamento para os "alunos". Foi uma nova modalidade de CFP "testada" pela direção do DPRF, que mais adiante caberá uns comentários (rs).
Bem, considerando que uma "invasão" de mais de 150 pessoas, mesmo sendo uma capital, não é tão facilmente absorvida pelo mercado imobiliário, muitos dos "aspiras" acabaram recorrendo a hotéis modestos, que ofereciam um mínimo de conforto e cobravam razoavalmente, que foi o meu caso: fechei com um hotel por e-mail mesmo, antes de ir para Cuiabá.
Nesse interim fui atrás do material solicitado para o curso, acabei conhecendo muitas lojas no Distrito Federal, uma delas inclusive que fornece material padrão para a PRF: Unimil. Lá comprei parte do meu material, inclusive um Coturno bom.
É importantíssimo entrar nesse assunto, pois naquela hora de comprar um mundo de itens exigidos, a gente acaba tentando encaixar um orçamento modesto. Está certo que eu não tinha dinheiro, mas contei mais uma vez com o apoio da família. Ainda que o orçamento seja limitado, é altamente necessário que se adquira intens de qualidade e que não sejam descartáveis. No parágrafo anterior destaquei o coturno e explico o porquê: cheguei a experimentar o coturno Arroyo Tactical, que é bonito, tem cara de ser bom, cheio de "frufrus", sendo quase R$ 100,00 mais barato do que o Guartelá Tático (que foi o que comprei, inclusive porque minha irmã já usava e recomendou em função de conforto comprovado). Bendita hora que comprei o Guartelá: ainda hoje, 4 anos depois, utilizo-o muito bem no serviço. Já o Arroyo, que inclusive foi o que recebemos ao tomar posse, cheguei a usar 3 vezes e morri de arrependimento, uma vez que é pesado, causa desconfortos enormes e não passa de um tijolo bonito.
Concluindo depois do exemplo: não vale a pena ser "muquirana" com equipamentos, ainda que tenha o intuito de usar somente no CFP. É bem nessa hora que às vezes podemos ter uma perda significativa de conforto, precisão, eficiência, enfim... é o barato que sai caro. Essa lição eu não tive quem me desse antes de entrar no CFP, mas hoje com toda propriedade posso afirmar.
Pronto, material comprado, tudo devidamente acondicionado na mala, junto com uma expectativa que não cabia dentro do peito, era hora de partir para Cuiabá e encarar a realidade: agora eu seria um "aluno PRF".
Repito, não dá para descrever a emoção de estar nessa condição. Não me recordo de alguns detalhes interessantes desse intervalo de tempo, mas assim que é bom para o leitor, pois caso eu conte tudo, perde um pouco da graça (rs).
Na próxima postagem falarei da matrícula e 1ª semana do CFP

PS: só de lembrar já deu dor muscular e tensão (ops, brincadeirinha).

PRFoxxx

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Das provas - parte 2

Bom, há 2 dias eu falava das provas e comecei a me alongar no assunto; sabem como é: a memória vem "brotando" e quando vejo já escrevi uma "bíblia" (rs). Para não tornar a leitura cansativa e tentar arranjar as ideias da melhor forma, preferi fazer o relato das provas em 2 etapas e hoje falarei da prova física (TAF - Teste de Aptidão Física),  dos exames médicos e do psicotécnico.
Exames médicos: nesse intervalo de tempo entre o resultado final (após recursos) e o TAF/Psicotécnico, foram lançadas algumas Instruções Normativas regulando as próximas etapas. Começa então a correria para conseguir toda a infinidade de exames médicos/laboratoriais solicitados. Eu, sem plano de saúde, me desdobrei para conseguir uns na rede pública, outros só via "particular" mesmo em função da escassez de tempo. Não tive problemas para conseguir fazer os exames nem algum resultado me preocupou, já que tudo parecia estar dentro da normalidade dentro dos parâmetros definidos nas INs. Realizei todos os exames no DF mesmo e juntei tudo para levar a Cuiabá/MT, uma vez que as próximas etapas do concurso deveriam ser executadas na capital para onde o candidato concorria (acho que eu não havia comentado isso nas postagens anteriores).
Ida para Cuiabá/MT: lá fui eu fazer minha viagem para a "Cidade Verde". Tinha a opção de ir de ônibus (quase 20 horas) e chegar bem exausto ou de avião (pela 1ª vez na vida). Aproveitando que a passagem não estava tão cara e que eu tinha um imprescindível "patrocínio", fui de avião mesmo. Nem cabe aqui contar o "mico" que foi essa 1ª viagem de avião, mas cheguei vivo ao destino.
Na cidade que eu nunca tinha visitado antes, mas que já sabia da fama, eis que logo na saída do avião um dos candidatos (eram muitos nesse voo) fala: "esse calor deve ser da turbina". Claro que não era, é que Cuiabá é quente pra mais de metro! Por essas e outras é que eu andava treinando para o TAF em condições extremas, correndo à tarde em dia ensolarado, com baixa umidade relativa do ar, essas coisas; não esperava nada além de um "inferno" quando fosse fazer a prova.
Em Cuiabá consegui uma situação muito cômoda: a família de uns amigos da minha irmã me receberam e hospedaram, além de terem me fornecido todo o suporte para aqueles dias que eu lá ia passar. Não tenho como agradecê-los!!!
TAF na UFMT: marcado o dia e lá estávamos cedo na área da FEF todos ansiosos, uns convencidos, uns cariocas bocudos, já outros candidatos sérios e concentrados como eu (rs). 1ª Prova foi a flexão de barra. Em função da ordem alfabética fui um dos primeiros a fazer a prova (de certa forma isso é bom porque quebra o gelo). Antes vi uns 2 candidatos não conseguirem executar todas as flexões, não obtendo, por conseguinte, a nota máxima. Isso chega a dar um frio na barriga! Fui lá, subi no banquinho (rs) e alcancei a barra. Nessa hora surge uma força do "além" e o corpo parece não pesar, é incrível o que a adrenalina faz com a gente. Acabei fazendo um movimento a mais do que era necessário para obter a nota máxima, já que o juiz não considerou um dos movimentos de descida completo (sim, conte sempre que você precisará fazer mais do que o mínimo necessário).
Passado o primeiro gelo, a gente ainda fica um tempinho de molho até dar o tempo de ir pra segunda prova (isso mata a gente de ansiedade). 2ª Prova foi a projeção horizontal (salto); e o esperto aqui NÃO TINHA TREINADO, apenas fui na base da confiança e quase me ferrei. Devido ao excesso de confiança, saltei sem técnica alguma e quase perdi o salto, já que um dos pés acabou ficando mais para trás do que o outro, e como o que vale é o ponto mais anterior à marca de saída, quase "rodei" nessa brincadeira. OBS: não subestimem NENHUMA prova!
3ª Prova a natação: agora sim eu estava no meu ambiente. Como nado desde criança, foi fácil completar a marca, ainda mais porque não tinha tempo. Foi bom para dar uma relaxada e uma refrescada no calor escaldante das 10 horas da manhã do típico dia infernal cuiabano.
4ª prova a corrida de 12 minutos: dava vertigem só de olhar praquela "Lua" cuiabana em que correríamos em plena 11 horas da manhã. Agrupados na linha de partida, o coração pulsava a mil quando foi dada a partida. Voltas e mais voltas eu acompanhava no relógio e quando faltavam 2 minutos eu "disparei" rumo à linha de chegada de modo a fazer um pouco além de 2400 metros para "garantir bem garantido" (mínimo era 2000m em 12 minutos - apenas eliminatório). Até aí tudo bem, fiz meus 2450m e fiquei no local esperando o fiscal ir registrar minha marcação; fui o último a sair da pista pois o "esperto" me deixou para ser o último a avaliar (não sei por qual motivo).
O revés: ele nem se aproxima de mim e já dá sinal para que eu deixe a pista, pois minha marcação já estaria confirmada. Não sei o que me deu na cabeça, mas resolvi dar uma olhada na planilha com meus dados antes de ir fazer o exame anti-dopping. Para minha surpresa, eis que na folha estava marcado apenas 2050 metros, ou seja, uma volta a menos do que eu realmente tinha feito. "Ah, mas 2050m significa aprovação do mesmo jeito, já que não é classificatório" foi a frase que eu ouvi de um fiscal quando comecei a reclamar da marcação equivocada. Não importava, trata-se de uma questão de justiça e fui até o fiscal contestar a marcação e ele mostrou-se irredutível: "é o que está marcado e pronto". Recorri então ao coordenador das provas que tão ignorante ou mais, mostrou-se além de irredutível, um ignorante. Falou que caso eu quisesse registrar o fato, que o fizesse em uma folha em branco que ela a encaminharia para o Cespe. Eu, sabedor dos procedimentos-padrão dos fiscais e chefes do Cespe, exigi que fosse consignado em ata própria, o que ele resolveu fazer depois de muito relutar. Sim, eu estava classificado, mas não se pode deixar passar em branco um erro bizarro desse num concurso, por isso achei interessante comentar aqui o ocorrido.
PS: cabe informar que o "olho grande" estava tão sinistro, que 2 dias antes do TAF eu torci o pé esquerdo andando tranquilamente na rua; no dia anterior, torci o direito ao descer do carro. Coincidência? Não, inveja de muita gente que estava ligada à mim (direta e indiretamente, "concorrentes" da net, por exemplo, entenda-se: membros da comunidade Concurso PRF do Orkut), aceitem ou não, eu acredito nisso.
Dia posterior foi a avaliação médica. Pré agendado para grupos de candidatos, lá fomos apresentar os exames a uma junta médica, que faz ainda uma avaliação criteriosa da morfologia e conformidade do candidato (rs). Tudo normal, graças a Deus.
Último dia de provas e provações, lá fomos para o Psicodoido, digo, psicotécnico. É nessa hora que os loucos saem do armário, hahaha, brincadeirinha. Não é nada surreal, mas a expectativa pelas questões e pela "tentativa" de estar dentro do perfil profissiográfico que a instituição exige deixa a gente meio que querendo fazer tudo certinho. Não tem segredo, basta responder o que você realmente pensa/acredita. O que me complicou foi o só o TMV (Teste de Memória Visual), uma vez que minha memória é suficiente para lembrar que já tive memória (rs). Achei que ia "rodar" por causa dele.
Paralelamente a tudo isso acontece a Investigação Social, mas não falo nada, até porque não sei o que acontece nessa etapa; só sei que preenchi uns questionários e anexei alguns documentos e apresentei na sede do DPRF em Brasília.
Com exceção do psicotécnico, eu estava seguro quanto a tudo que tinha acontecido. Voltei a Brasília e fui esperar ansiosamente o resultado final, considerando que algumas pessoas nem tinha ido fazer as provas e que outras teriam sido eliminadas nessa segunda fase, quem sabe eu estaria classificado... Só Deus!
Próximo relato: resultado final e a convocação para o CFP (Curso de Formação Profissional).

PS: Obrigado pela paciência de ler tudo er desculpem se tenho sido prolixo.

PRFoxxx

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Das provas

E chegou o grande dia... Grande mesmo teve que ser o autocontrole para segurar a ansiedade que eu estava para fazer a tão esperada prova teórica do concurso. Já há quase 2 anos esperando somente por essa prova, eis que dessa vez aconteceria, já que agora a entidade promotora do certame seria o Cespe/UnB. Não porque fosse do DF, mas porque eu já conhecia as suas provas, inclusive as do concurso anterior - 2004 - pois trabalhava como fiscal de provas desde 2000 (adorável Cespe que me deu uma boa grana nesses anos e salvou a minha pele). Por já ter um bom "banco de provas" em casa, de certa forma aprendi as peculiaridades da banca; assimilei o modo como as questões eram desenvolvidas e o que se esperava dos candidatos.
Observação: muita gente se dispõe a fazer prova do Cespe e acha que é uma banca qualquer, uma FCC - Fundação Copia e Cola, digo, Fundação Carlos Chagas ou Cesgranrio, por exemplo; não, o Cespe é uma banca/organizadora diferenciada. Inclusive infere-se isso nos editas quando ela se refere a "raciocínio conexo" ou coisas do tipo, mostrando que vai muito além da intelecção básica de uma questão que às vezes privilegia os que tem boa memória (frise-se que inteligência é diferente de memória). O Cespe tem a capacidade de diferenciar o bom candidato inteligente do candidato "bunda quadrada de cursinho", que decorou a letra da lei e não entende o teor da matéria (análogo a um fanático religioso que decora a bílbia e nunca entenderá sua aplicabilidade ou as entrelinhas).
Lá fui eu para o local de provas e vi uma imensidão de gente correndo atrás do mesmo objetivo que eu, não necessariamente meus concorrentes. Falo isso com convicção, pois sei que muitos estavam ali pela oportunidade de um bom emprego, um bom salário, a escala atrativa, o status de andar armado (que é fictício e depois explicarei porque) e ostentar a prerrogativa. Muitos, senão quase que a totalidade, não sonhavam com o emprego, não entendem a missão que é ser PRF; talvez até eu mesmo não soubesse... mas "concorrente" mesmo é a gente, é a nossa preparação. A nossa vaga é conquistada, não especificamente disputada, pois aí vem aquela velha história: "ah, mas são mais de 500 candidatos por vaga... e aí, eu só preciso de uma". Tá aí uma baita verdade, pois se você acredita que aquela vaga é sua, como eu acreditava, as suas limitações sãos seus maiores concorrentes.
Já vi candidato extremamente bem preparado, mas que chega na hora da prova e "dá pra trás", pois está com o conteúdo na ponta da língua, está com bom condicionamento físico, mas o emocional o derruba. Nesse ponto eu estava confiante, pois já tinha feito algumas provas de concurso e sabia que o emocional tinha me prejudicado em várias delas. Tirei a lição e fui fazer a prova da PRF extremamente tranquilo, não levei balinhas, chicletes e demais firulas (fatores de distração para candidatos ansiosos), apenas a caneta e disposição.
Aquela rezadinha básica antes da prova, pois sem Deus nada é possível, e mandei ver naquele "pequeno" caderno de provas de 21 páginas. Ufa, eu nunca tinha feito uma prova tão extensa! E isso se refletiu no tempo gasto: eu nunca tinha entregado uma prova ao tocar do sinal; terminava sempre com pouco tempo e ficava esperando para levar o caderno de provas para casa (e alimentar meu precioso banco de provas).
Não me lembro bem a ordem da resolução, mas sei que deixei matemática/rac. lógico por último, por se tratarem de questões mais trabalhosas. Como tenho péssima memória, farei poucos apontamentos sobre as matérias: Informática estava fácil, bem como português, conhecimentos gerais e trânsito. Em Direito caiu uma questão de Civil (assunto que eu me recusei a estudar, pois acho insuportável tanto quanto contabilidade) que eu chutei e acho até que acertei (rs).
Na prova de redação o ápice: um tema excelente, que "detonou" grande parte dos candidatos que só dão dinheiro pra banca, eis: "O principal problema das megalópoles é a superpopulação?" Aí sim o Cespe mandou bem, pois é de uma complexidade e amplitude incríveis. Engraçado foi ver uns "candidatos bundas quadradas" saírem da prova falando que no Brasil não existem megalópoles, portanto, não tinham como discorrer sobre o tema. Achei hilário!!!
No fim das contas a prova foi bem desgastante; não saí tão confiante como eu esperava, mas agora estava nas mãos de Deus.
Esperando por quase 2 meses e vidrado nos diversos fóruns de internet, cada um com mais terroristas que os outros, eis que num belo dia de Outubro/2008, viajando de metrô, recebo uma ligação da minha "irmãtrocínio" falando que eu tinha passado (e ela não, infelizmente), que estava classificado entre 160º e 170º (para 141 vagas). Mistura de alegria com "medo", fiquei sem reação na hora, com os olhos lacrimejando (mas me contendo para não pagar mico no metrô) e pensando mil coisas. Chegar em casa rápido naquele dia era o que eu mais queria para poder compartilhar o momento com a pessoa mais importante da minha vida, minha mãe.
Aí o leitor pergunta: mas como tanta empolgação, se estava fora das vagas? Simples: eu sabia que desses "vinte e poucos" na minha frente, uns haveriam de "cair" no TAF, ou exames médicos ou ainda no psicotécnico, como é fato em vários concursos desse tipo (é estatística!!!). Minhas chances de entrar eram reais e eu sabia que estava capacitado a passar no TAF e exames médicos, no psico nem tanto (brincadeirinha).
Por hoje é só. Em breve o relato da ida para Cuiabá/MT para realização do TAF, Médico e Psicotécnico, pois o texto já está grande demais.



PRFoxxx

domingo, 20 de janeiro de 2013

A preparação física

Bom, já falei do cursinho, já falei da rotina de estudos em casa, mas não posso esquecer a preparação física, que é uma fase concomitante aos estudos.
Já alertado pelos mais experientes e já tendo lido um bocado na internet sobre o assunto, concluí que não seria suficiente iniciar um treinamento físico somente após passar na prova teórica. Não quer dizer que não acredite que seja possível a pessoa conseguir atingir os índices do TAF ao iniciar o treinamento somente 1 mês antes, por exemplo, mas é que eu há algum tempo não fazia exercícios com regularidade, pois quando a faculdade foi chegando ao fim, cada vez era mais "apertado" conciliar o estágio e as disciplinas, cada dia mais "puxadas". Do 1º semestre ao último, era notável a redução do meu condicionamento físico. Para quem pedalava muito e jogava futebol no início de 2000, agora em 2007/2008 a minha única atividade física era levantamento de copo (rs).
Brincadeiras à parte, eu tinha consciência que deveria cuidar mais da saúde e praticar uma atividade física regular se quisesse um dia passar num TAF para um concurso da área policial. Já pensando na real possibilidade de passar na prova teórica e consequentemente ir para a o TAF (Teste de Aptidão Física), mais uma vez recorri à minha irmã para que pudesse custear um pacote anual de academia para mim.
Já embalado nos estudos e confiante de que eu era um candidato em potencial (sem nenhuma prepotência, eu apenas acredito em mim SEMPRE), entrei na academia no final do mês de Janeiro/2008 determinado a aprender a correr. Isto mesmo, apesar de eu nunca ter sido sedentário, sempre ter praticado diversos esportes, eu nunca tinha praticado corrida/jogging/cooper. Prova disso foram as primeiras atividades na esteira. Considerado o fato de eu ter visto alguns editais de TAF e saber que o da PRF seria "no mínimo" 2000 m em 12 minutos, lá fui eu ver no que dava, mesmo sabendo que não conseguia correr esse intervalo de tempo ininterruptamente; hoje eu acho moleza, mas antigamente era surreal pra mim. Com o acompanhamento de um professor, iniciei no seguinte esquema: correr 2 minutos (8Km/h) + andar 3 minutos (6Km/h) vezes 4, ou seja, 20 minutos de esteira no 1ª dia: quase morri! Condicionamento físico quase zero e fui para a casa depois preocupado ao extremo, com medo de NUNCA conseguir atingir os 2Km/12 minutos. MAS como eu não encaro uma tarefa para desistir, mentalizei uma data (10/04/2008 - próximo ao meu aniversário) para atingir o índice mínimo do TAF.
Com o passar dos dias, realizando fortalecimento e exercícios aeróbicos, atingi um condicionamento satisfatório a tal ponto de conseguir correr 30 minutos sem parar, o que me deu uma empolgação incrível. Passei então a mesclar os treinos de corrida no seguinte esquema: dia 1 - intenso em curto período (12 minutos à maior velocidade que eu pudesse); dia 2 - corrida mais longa (chegava a 1 hora sem parar, velocidade reduzida) e dia 3 - descanso/regeneração. Eis que antes de chegar o mês de Abril eu já estava correndo mais de 2000 m/12 minutos. A felicidade era notável pela minha evolução além do que eu mesmo imaginava. Quando a gente faz uma coisa com vontade, a satisfação do resultado alcançado é inigualável.
Foram meses de preparação na academia, evoluindo a cada dia, mantendo bem o peso e com condicionamento físico apurado, mas com a desconfiança daqueles que me perguntavam: "mas como você está treinando para o TAF se nem passou na prova teórica ainda?" Aí é que está a grande sacada da coisa: se eu fosse viver de "SE", estaria fadado ao fracasso. Como sou precavido, me condicionei para que caso eu passasse na prova teórica, já estaria pronto para a nova etapa. O máximo que poderia acontecer era eu não ter passado na prova teórica e não ter ido, por conseguinte, ao TAF; porém eu teria cuidado da minha saúde, conhecido muita gente bacana, enfim, vivido... no fim das contas "tudo vale à pena".
Na próxima postagem comentarei das provas teórica/física/saúde/psicotécnico; aí verão o arremate para essa temática de "preparação física" e sucesso em concurso.

PRFoxxx

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Concurso PRF 2013 vem aí!

PRF já tem quase tudo pronto para novo concurso


A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já tem praticamente tudo pronto para o novo concurso para policial rodoviário federal, previsto para este ano. Enquanto aguarda a autorização do Ministério do Planejamento, para 1.500 vagas, o departamento já realizou contatos com organizadoras, a fim de verificar o interesse em realizar a seleção, e conta com a minuta do edital em vias de ser finalizada, segundo informações da Divisão de Seleção e Recrutamento Profissional (Disepro) do órgão.
Poderão concorrer ao cargo homens e mulheres que possuam o ensino superior completo e a carteira de habilitação, na categoria B ou superior. Com o reajuste de 15,8% concedido pelo governo federal, para os próximos três anos, a remuneração no início da carreira passou para R$6.479,81. Em 2014, o inicial sobe para R$6.791,25 e em 2015, para R$7.092,91. Os valores já incluem o auxílio-alimentação, que é de R$373. Além da minuta do edital, a PRF também avançou na elaboração da minuta do projeto básico para a contratação da organizadora. A intenção é entregá-lo às instituições tão logo a portaria de autorização do concurso seja publicada, para que a partir daí, as respectivas propostas sejam apresentadas.
Conforme já havia antecipado, no ano passado, o coordenador-geral de Recursos Humanos do departamento, Adriano Furtado, algumas mudanças podem ocorrer com relação ao concurso anterior, de 2009. De acordo com a divisão de concursos do órgão, o programa da última seleção servirá de referência, devendo apenas haver pequenas alterações de conteúdo. É pouco provável que haja inclusão ou retirada de disciplinas, mas isso não foi totalmente descartado. Ainda segundo informações da Disepro, a Direção-Geral da PRF está se empenhando para conseguir a autorização do Planejamento o mais rápido possível, para que pelo menos um curso de formação aconteça ainda este ano. A previsão é que sejam realizados dois cursos, com 750 policiais sendo formados em cada.
Recentemente, a diretora-geral, Maria Alice Nascimento, informou, por meio de seu perfil no Facebook, que o departamento, com o apoio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, trabalha forte pela autorização do novo concurso para policial. “Uma das nossas prioridades é a reposição de todo o efetivo até 2014. A previsão é de 1.500 por ano.”
Definição – Segundo a FOLHA DIRIGIDA apurou, uma reunião entre PRF e Planejamento, que deve acontecer até a próxima sexta-feira, dia 18, deverá definir quantas vagas serão de fato liberadas para a seleção deste ano. A expectativa é que, tão logo haja essa definição, a autorização seja concedida. O processo referente ao pedido do departamento, permanece em análise na Secretaria de Gestão Pública do Planejamento, desde junho do ano passado.

Fonte: Folha Dirigida (extraído de FenaPRF)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Curso Opção (a única...)

Uma pausa para falar do meu "cursinho" preparatório. Estava aqui relendo o que escrevi essa madrugada e me veio a lembrança dos 3 meses de curso preparatório para concursos, que foi  quando ocorreu minha "iniciação" no mundo dos concursos (não vale a perversidade na interpretação da ambiguidade, rs).
Eis que dentre os vários cursos ofertados no Distrito Federal havia um chamado "Opção" em Taguatinga Sul; relativamente perto de casa (dava para ir andando, pois eu nem grana pra gasosa tinha) e resolvi passar lá para ver se tinha módulo básico ou algum direcionado para a PRF. Coincidentemente estava abrindo uma turma PMDF/PRF e pra mim isso veio a calhar, já que PMDF era uma "boa opção" para quem queria entrar na polícia, já que dentre as PMs, a que paga melhor é a do DF.
Como citado em postagem anterior, minha irmã resolveu entrar no cursinho comigo e custeou ambos os pacotes. Logo de cara tinha um atrativo: material impresso grátis da Vestcon (quem não conhece, recomendo).
Primeiros dias de aula e aquela impressão de "peixe fora d'água", mas depois vi que tava todo mundo no mesmo barco. Grande parte das aulas eram conjuntas com a turma do Módulo Básico. Ali vi que tinham pessoas que na verdade deveriam voltar para a alfabetização, pois eram analfabetos funcionais. Chega a dar dó, pois a gente vê culminar ali todo um processo de deficiência de base mesmo, desde a alfabetização até mesmo o desenvolvimento de um grau de intelecção aceitável para um ser humano médio. Pessoas que não entendiam o óbvio, como poderiam ser potenciais "concorrentes" numa concorrência pública feroz por um cargo razoável? Não podemos rotular ninguém pela cara, mas sem preconceito algum, posso afirmar que muitos ali "morreriam na praia" tendo gastado seu precioso dinheirinho e perdido tempo; mas como todos são brasileiros e não desistem nunca, quem sabe isso não sirva para aprender um dia a dar um passo até onde a perna alcança...
Voltemos ao foco. Com o passar dos dias viam-se professores altamente capacitados, outros nem tanto (como a professora de informática, que falava cada baboseira e era contestada por mim continuamente, ainda mais quando era para falar de internet - já programei HTML/ASP/JSP/PHP), mas no fim das contas ainda era lucro estar ali; muitos dos professores desse humilde (e relativamente barato) cursinho davam aulas em outros de maior projeção, como o até então mais famoso do DF: Obcursos. Bons professores como o oficial PMDF Palmeiro (Penal e Proc. Penal), Beto (excelente professor de Constitucional, com uma carreira brilhante no mundo dos concursos: menos de 25 anos e aprovado em mais de 50 cargos), Oficial PMDF Gama (Trânsito) e alguns outros que não me lembro mais do nome, mas que foram tão ou mais importantes para minha formação. Serei eternamente grato a todos!
Findados os 3 meses de cursinho, em meados de Maio 2007, agora sim só dependia de mim remar esse barco. Não havia dinheiro para pagar mais cursos preparatórios, era ir para casa e "comer conteúdo", seja ele impresso ou no computador; e foi o que eu fiz. O cursinho deu a base, o resto foi conquista por méritos próprios (e não há nenhuma prepotência em dizer isso, pois se hoje sou um servidor público, tenho a certeza que Deus considerou que tenho mérito/fiz por onde).
Emfim, do cursinho tenho boas lembranças e muitas coisas para dar gargalhada, como as pérolas da "índia" e da "chinelinho rosa", que disputavam qual tinha mais baixo grau de intelecção ao mesmo tempo que tinha a certeza de estar alguns passos a frente dos demais da turma, uma vez que eram "mais velhas de casa".

PS: inferência minha> quem mora em cursinho e fica "velho de casa" está mais propenso a ficar com a b*nda quadrada e ser um "concurseiro profissional" que nunca vai mudar seu patamar. Demorou demais no cursinho e a única coisa que passou foi vergonha, tá na hora de rever algumas coisas, quem sabe até rever TUDO! Não é natural uma pessoa passar anos em um cursinho, como eu tanto via na minha época, e nunca passar nem mesmo nos cargos menos disputados.

PRFoxxx

Vida "pré-concurso"

Tudo começou quando eu nasci... Ops, vamos pular uns 26 anos e ir "direto ao ponto" como eu sempre gosto de dizer.
Chegando ao fim da minha graduação (que não foi em Direito) vislumbrei as oportunidades de emprego cada vez mais longe, mais "minguadas" e entrei então num dilema: partir para uma pós graduação/mestrado ou investir no estudo para passar num bom cargo público? Para quem sempre pregou que iria trabalhar na iniciativa privada, chegava ser antagônico falar que começaria a estudar para concursos; mas entre ser incoerente empregado ou mais um "coerente" na estatística, lá fui eu para os estudos.
Viver em Brasília e ver os cursinhos disputarem pontos comerciais com os bares para mim era uma constante; eu estava na "terra dos concursos" e não tinha para onde correr. Metralhado por editais e mais editais, eu tinha que ter um foco... e eu tinha: o bendito concurso da P.R.F.!
Desde a prova de 2004, que minha irmã insistiu para que eu fizesse, eu já imaginava que o próximo poderia ser a minha chance. Em 2007, eu já na esperança da vinda do tão sonhado edital, comecei meus estudos. Mas antes: como começar sem ter a mínima noção do que é um concurso público, do que é um edital?
Desempregado, contei com a preciosa ajuda da minha irmã, que custeou 3 meses de cursinho para mim (e também fez o preparatório). Lá fui conhecer o mundo das provas e "provas e títulos", que muita gente não sabia discernir uma coisa da outra, incrivelmente. Recebi 2 apostilas imensas da Vestcon (valeu a grana que paguei, ops, minha irmã pagou no cursinho), daí comecei a estudar de manhã no cursinho e a tarde em casa. Durante esses 3 meses de cursinho PM-DF/PRF aprendi o suficiente para pegar o fio da meada e continuar os estudos sozinho em casa.
Montando uma rotina - agora era "eu por mim e Deus na causa". Sim, rotina! Concurseiro tem que ter rotina, pois sempre que me perguntam qual o segredo do meu sucesso, eu aponto a REGULARIDADE. De posse de um bom material impresso, fui "garimpar" a internet na busca por material grátis (tratarei disso num artigo à parte, depois atualizo essa postagem com o link); ajustei um cantinho na casa com boa iluminação e ventilação, montei um set com músicas variadas (só consigo estudar ouvindo música) e deixei o violão "tinindo" para que eu pudesse abraçá-lo e dar umas boas relaxadas frequentemente. Ufa, parece fácil, mas não é! A primeira parte da preparação para os concursos é "se estudar" a ponto de conseguir um limiar razoável de estabilidade para estudar. Sendo mais objetivo: você terá que conhecer seu ambiente (meu caso: meia-luz, som, sem telefone, com internet, sem conversa), seu período (o meu era o matutino), seu modal (prefiro ler no computador e ver vídeo-aulas), sua alimentação e saúde (eu comia bastante e praticava academia) para conseguir chegar num ponto ideal. Essa é a MINHA "receita de bolo", que varia de pessoa para pessoa. Tem gente que passa horas por dia em salas de estudo no cursinho, por exemplo, julgando ser o ideal para elas (apesar de eu achar que esse tipo de gente nunca passará em concurso, como já vi "n" casos), então a dica é: SE CONHEÇA.
Partindo para o "papiro" - depois de um bom tempo juntando material e entrando em fóruns de discussão sobre o assunto "PRF" (é importante para trocar material, discutir conteúdo, esclarecer dúvidas, etc) como PCI Concursos, Comunidade Concurso PRF do quase finado Orkut e até mesmo a Faixa de Gaza, digo, fórum do Correioweb (maior concentração de terroristas do mundo), lá fui eu me concentrar nos estudos. Em 2008 eis que surge o tão sonhado "Concurso da PRF". Antes de partir diretamente para o assunto, não posso deixar de contar que participei de outros certames, sendo o 1º deles o do Ministério da Agricultura, onde me classifiquei em 83º (foram chamados 64 analistas), tendo ficado a 1,5 pontos de estar entre os 32 (vagas iniciais). Nessa ocasião pensei comigo: "sou fracassado? Não, sou um candidato em potencial!". Depois disso fiz STJ (entre os 1500 para cargo nível médio), TJDFT (de fora por 2 pontos para analista), TST (de fora por 1 ponto para analista) e um outro para o Ministério da Agricultura - nível médio.
Ainda dentro do assunto "vida pré-concurso" dá para contar que antes da efetiva realização do Concurso PRF 2008 houve a suspensão da prova 1 semana antes de sua realização por conta de indícios de fraude junto à realizadora, que é uma instituição do RJ (NENHUMA, eu disse, nenhuma instituição do RJ tem credibilidade para fazer provas de concursos; e não é bairrismo). É, eu estava com o conteúdo na ponta da língua, digo, da caneta, mas quando a gente se propõe a fazer uma prova de concurso, está sujeito a acontecer uma dessas. Foi exatamente nesse tempo de suspensão que fui fazer outros concursos, desviei um pouquinho do foco e acabou dando certo resultado. Classificado em 3º para analista e 27º para técnico no concurso do INSS; 19º para analista e entre os 200 primeiros para técnico no DFTrans; 1º colocado para Fiscal no IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Até que rendeu bem, mas o objetivo ainda não havia sido atingido: faltava a PRF!!! No final de 2008 eis que surge a tão sonhada prova e lá fui eu... retomei o conteúdo com tudo e "mandei ver". Como o texto já está grande demais e a história é bem peculiar, fica para uma próxima postagem.

Obrigado pela paciência de ter lido toda a saga, digo, o início dela...

PRFoxxx

De dentro da viatura...

(...) Vejo um mundo bem peculiar. Não da forma como eu via antes, quando há quase 4 anos eu ainda era um "concurseiro". Hoje sou um Policial Rodoviário Federal. Sim, um daqueles de farda cáqui que eu via desfilar no dia 7 de Setembro pela TV, pois nunca tivera a oportunidade de ir até a Esplanada dos Ministérios em Brasília para ver o evento. E foi nessa linda Brasília que a "saga" começou, mas hoje vivo a quase 2 mil quilômetros de lá e é essa realidade que eu vou contar. Com olhos críticos de um vivente que não deixou de ser gente quando entrou para a polícia (ao contrário do que muitos pensam) e da sociedade continua a fazer parte. O uniforme não me diferencia dos demais, apenas traz a responsabilidade que é servir e proteger a sociedade, coisa que poucos abnegados fazem; e os que fazem vivem no fio da navalha entre ser o heroi (que muitos dizem não estar fazendo mais do que a obrigação) e o pior dos carrascos, pois quando somo "humanos" estamos passíveis de cometermos erros, apesar de sermos doutrinados para que não aconteçam.

Sim, aqui de dentro da viatura vejo morte, tragédia, ouço histórias, faço história, mas o melhor de tudo, vivo e vejo vida. É exatamente sobre história de vida que farei meu relato periódico. Não para dar lição de moral e ser a palmatória do mundo, mas lançar um olhar crítico sobre tudo o que vejo e vivencio aqui na rodovia.

Esteja convidado a voltar sempre, pois a vida de um "patrulheiro" (denominação antiga, mas que ainda é muito usada pelo povo - bem como "seu guarda") é um livro aberto. Como costumo dizer: cada plantão é uma história... e como história não se faz sozinho, acho que terá algum vivente no mundo que terá a paciência e a compreensão para ler meus "artigos".

Sejam bem vindos!


PRFoxxx