quarta-feira, 24 de abril de 2013

Summer X-Games 2013 - Brasil

Quem vê a foto abaixo se pergunta: o que faz uma viatura PRF dentro do Parque Nacional do Iguaçu, em meio à realização dos Summer X-Games/Brasil 2013?

Respondo: uma das menores rodovias federais d Brasil a BR-469 é uma rodovia federal que inicia-se ainda no perímetro urbano de Foz do Iguaçu, na aduana argentina (próximo à Ponte Tancredo Neves) e termina nas Cataratas do Iguaçu, tendo aproximadamente 19 Km de extensão; quase sua totalidade está contida no Parque Nacional do Iguaçu.

Isso posto, nada mais razoável do que haver fiscalização da Polícia Rodoviária Federal, que participou inclusive, da realização desse evento desenvolvendo plenamente suas atribuições legais, mostrando mais uma vez que é uma polícia de excelência e está preparada para os grandes eventos da década, como Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude, Copa 2014 e muitos outros que virão por aí.


PRFoxxx

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Continência

Estava eu num belo dia de sol a fiscalizar o trânsito num trecho qualquer de uma rodovia federal qualquer num estado desse país fictício que faz fronteira com o Brasil e com o Pará, quando ao passar por mim um motociclista ergue seu braço direito (absurdamente soltando a direção de sua motocicleta) e toca o capacete com a ponta dos dedos num sinal de continência.
Não raro é o gesto, que pouco tempo depois, de dentro da cabine de seu caminhão, um senhorzinho ergue seu braço, agora o esquerdo, e toca a fronte com a ponta dos dedos, ocasião em que esboça um sorriso.

Entre uma continência e outra, vários veículos passam sem que ninguém acene; uns outros poucos levantam sutilmente a mão cumprimentando, mas o que chama a atenção mesmo é a supracitada saudação militar, empregada até então por civis comuns, que entendo não terem obrigação alguma de saber que ela é empregada somente no meio militar e, por eliminação, não à PRF pelo simples fato de sermos uma polícia de caráter civil (ainda que alguns queiram militarizá-la).

Há de se compreender que esse produto da ignorânica (ignore o sentido pejorativo) das pessoas tem somente conotação positiva, que é cumprimentar aquele "guarda" que está ali cuidando do trânsito (somente autuando, como muitos preferem pensar), como uma questão de respeito, mas acaba sendo engraçado quando estamos do lado de cá e seguimos pela linha de raciocínio de que grande parte da sociedade imagina que "polícia é tudo igual"; não sabem discernir as diferentes forças de segurança pública no seguinte arranjo:

- Forças de Segurança Pública Federais: Polícia Rodoviária Federal (Executivo) e Polícia Federal (Judiciária)
- Forças de Segurança Pública Estaduaus: Polícia Militar (Executivo) e Polícia Civil (Judiciária), analogamente.

Observação aqui referente à Força Nacional de Segurança, que é um grupo paralelo composto preponderantemente por Policiais e Bombeiros Militares destacados de todo o Brasil. Não existe como força de segurança pública na Constituição Federal nem tem delineadas suas atribuições e competências, apesar de muitos discordarem.

Voltando ao que é sério e com seriedade deve ser tratado, veio à cabeça um questionamento: há uma deficiência de identidade da Polícia Rodoviária Federal?
Uma polícia que usa farda, e nisso se aproxima da ideia militar, mas que ao mesmo tempo carrega um nome de Polícia Rodoviária Federal, entendida por grande parte da massa leiga como se um "batalhão" rodoviário da PF fosse, tende a causar uma confusão conceitual que prejudica e muito a consolidação da imagem dessa importante força de segurança.

Para ser mais claro, a legislação delineadora das atribuições/competências (leia mais) prevê espectro muito mais amplo do que o simples "patrulhamento" de trânsito, o que implicou ainda na mudança da designação de seus servidores de patrulheiros para policiais há vários anos (Leia mais: Dec. 1655/95), mas ainda assim ouvimos todos os dias o enunciado "sr patrulheiro".

A passos curtos e lentos caminhamos para a fixação do binômio PRF - 191, estabelecendo para com a sociedade ainda a concepção de "polícia cidadã", prestando serviço com eficiência e profissionalismo.

Continência para quem merece, pois é assim que tem que ser, que o diga o garotinho abaixo. Não deixe de assistir; não tem como não se emocionar. Lembrou meus tempos de criança, quando ao ouvir o ruído ao longe, corria para a janela para ver a tropa do Tiro de Guerra municipal passar na tradicional "corridinha mixuruca" matinal.



Leia mais sobre a continência em Wikipédia e Brasil Escola

PRFoxxx

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sonho em 2 rodas: HD 1600cc

Que tal viajar um pouquinho, leitor?

Entendo quase nada de mecânica de motos, praticamente o mesmo tanto que sei pilotar, mas não me furto em "viajar looonge" e me imaginar numa dessas.

Confesso: sou fã! Onde quer que me depare com uma, paro e tiro foto. Nunca tive sequer o prazer de ser fotografado numa delas, mas sempre tenho a imagem projetada na mente.

É fascinante, é letal. Concomitantemente ao sonho, há o pé no chão, há a ciência de que o trabalho com motos, seja ele no motociclismo policial ou como escolta/batedor, é extremamente perigoso e já provocou muitas tragédias, infelizmente.

Mas como não estamos aqui para viver de lamentação, sejamos felizes apreciando essas 2 belas máquinas Harley Davidson 1600cc da PRF.

Para quem pretende ingressar nos quadros da Polícia Rodoviária Federal e almejam um dia pilotar uma dessas, fica a foto como uma provocação saudável.


PRFoxxx

Microconto #3

"Era uma vez num país qualquer cujo nome começa com a letra "F" (pensemos em França), cuja polícia ostensiva de nível federal que trabalha nas rodovias é chamada de PRF - Polícia Rodoviária da França (...)"

Ops, esse trecho é exatamente o correspondente à publicação Microconto #2, seu guarda!

Exatamente, esperto leitor. Como diziam no Curso de Formação Profissional: NADA MUDOU!!!

Mais um plantão em EUquipe e a deprê me assola nessa madrugada fria (ops, esqueci que aqui não faz frio) num plantão solitário, ou quase. A história se repetiu, a chefia "descolou" novamente um audaz "guarda patrimonial francês" (o mesmo da publicação anterior), a reza brava "comeu solta" ao longo do plantão para que acidentes não acontecessem (e não aconteceram), litrinho de energético (que faz um bem danado para a saúde) e só posso arrematar com:

"Não tem efetivo, não tem foto na publicação, também não tem autor. Se tem fim? Não sei, só sei que foi assim."

Ráaa, ainda não nos venceram: hoje tem foto e vídeo de uma apreensão da PRF/MT. (Leia mais em Terra)
De resto, tudo na mesma... só sei que foi assim!


MT: PRF apreende US$ 2 milhões escondidos em estepe de caminhonete
Link para o vídeo feito no momento da apreensão: Youtube - PRF apreende US$ 2 milhões em MT - 16/04/2013

PRFoxxx

terça-feira, 16 de abril de 2013

Trabalhar é (mesmo) preciso (?)

Estava aqui a ler o Blog Dentro da Viatura, mais precisamente uma publicação de título "Trabalhar é Preciso" (26/03/2013), e mais uma vez resolvi fazer ilações comigo mesmo: será que aquele título tem fundamento?

Para um sonhador bobo que acordava cedo nas manhãs de 07 de Setembro religiosamente todos os anos com um único propósito, que era ver na TV o desfile cívico com o antigo CMC/PRF - Corpo de Motociclistas Central da Polícia Rodoviária Federal, a título da publicação faz muito sentido¹.

Como assim? Explico.

A partir do momento em que qualquer vivente "se entende por gente", ele forma convicção de que se realizar na vida é fazer o que gosta e ganhar bem para isso. Esmiuçando: de sonhador na frente da TV quando criança, hoje sou um PRF; ganho razoavelmente bem (poderia ser melhor dado o risco e responsabilidade do serviço) para viver com o mínimo necessário à realização dos meus anseios como ser humano.

Presumindo-se que quem trabalha fazendo o que gosta (no meu caso: eu amo) tem melhor rendimento/aproveitamento, acaba-se chegando à lógica de que "trabalhar é preciso", não só por uma exigência legal (não prevaricar), mas acima de qualquer coisa, uma satisfação pessoal. Nem vou considerar aqui que sou um Workaholic, pois isso distorceria o raciocínio do leitor achando que é comum ser "tarado" pelo serviço da pista (rodovia); eu sei que estou fora da média no sentido de "empolgação" com o trabalho. Pudera eu contagiar todos os colegas com esse ânimo de fiscalizar, prender, apreender, autuar, atender acidente (infelizmente), auxiliar os usuários da via e cumprir todas as competências que a legislação prevê para o cargo, mas como eu já disse antes, há forças ocultas no serviço público que dificultam e até mesmo impedem que seus servidores trabalhem de forma otimizada (o que deixa inclusive perdurar o ranço histórico de que servidor público não trabalha).

Ainda nessa linha de raciocínio, parte-se para a negativa da resposta do primeiro parágrafo: não faz sentido². A partir do momento em que os recursos (humanos e materiais) são escassos, a legislação pende sempre para a punição do agente da lei como forma de mitigar erros históricos e a imprensa tem isso como um "prato cheio" para manipular a opinião pública, colocando toda a sociedade contra a polícia, não haverá uma viv'alma sequer que se disponha a trabalhar dando o máximo sabendo que está no fio da navalha. O policial quando acerta: "não fez mais que sua obrigação"; quando erra é crucificado; independente de ter acertado toda uma vida, esse erro, por mínimo que seja, pesará para sua condenação sumária e irrevogável.

Saindo da filosofia e voltando aqui para a realidade, não há palavras para descrever a insatisfação que é chegar para assumir o serviço/plantão e perceber que está sozinho. Sim, não estou falando de exceção, mas da realidade de muitas unidades operacionais Brasil afora em que o número de policiais para cumprir plantão é insuficiente.

Ignoremos agora a escassez e a má gestão dos demais recursos e falemos somente da parte de pessoal. É inadmissível ter 1 ou 2 PRFs para operar 24 horas em uma Unidade Operacional/Posto, independente de onde ele seja ou quão pequeno o fluxo esteja. Não há a mínima possibilidade de fiscalizar, atender acidente, investir em ocorrências de criminalidade ou prestar auxílio a contento para os usuários da via estando com equipe reduzida.

Partindo para o lado financeiro da coisa, que é nesse ponto em que se atinge as instâncias gerenciais do governo, não é preciso apresentar uma conta complexa para ver que um PRF é rentável aos cofres públicos. Cada acidente evitado ou cada auto de infração gerado... Cada arma apreendida ou quantidade de droga que deixa de chegar no seu destino... Esses fatores não podem e não devem ser negligenciados para chegarmos a uma conclusão de que o gasto com um plantão bem sucedido (sem acidentes ou com ocorrências resolvidas) não é custo, é investimento!

Por que então o governo não provê o órgão de servidores e permite que esses servidores trabalhem com o mínimo razoável de recursos? Essa pergunta precisa ser respondida pelas instâncias gerenciais, pois estão fora da nossa alçada.

Ainda em relação à resposta do primeiro parágrafo, que para mim era "faz muito sentido¹", noutra ótica percebe-se que para o governo não faz sentido². Às vezes podemos chegar à conclusão de que não é interessante no Brasil termos órgãos que funcionem, como a PRF. Apesar dos pesares, fazemos muito com o pouco que temos, imagina se fôssemos maiores?! Se pelo menos o efetivo fosse próximo ao mínimo plausível?! É, ia ser um estrago! Íamos "incomodar" muita gente... Mas enquanto quem tá se incomodando são só os carregadores de piano da pista, "tá tudo bem".

Hora que o calo aperta e os relatórios que chegam na mesa do Sr. Ministro da Justiça não apresentam números a contento, é hora de fazer uma reuniãozinha para apertar o efetivo cobrando mais "aplicação", mais "afinco", mas "motivação". Tá, e isso vai vir de onde, do "além"?

Contrapartida! Se já não temos o devido reconhecimento da sociedade (que acredita que somos o Batalhão Rodoviário da Polícia Federal), que pelo menos nos dêem como esmola recursos humanos e materiais. Acho que não é pedir demais... Se no fim das contas nem isso nos restar, façam concursos de remoção interna justos e deixem que fiquemos perto de nossas famílias, pelo menos assim teremos ombro amigo para desabafar as frustrações.

E se ainda tem alguém aí se perguntando: "se está tão ruim assim, por que não pede para sair?". A resposta é: a frase do Capitão Nascimento é na ficção. Aqui onde o sonho virou realidade, isso não se aplica. Não foi fácil para entrar, mas não se pede para sair de um sonho que ainda não acabou (e só ocorrerá com a aposentadoria compulsória, se Deus quiser).
Ser PRF não é para quem pode nem para quem ($ó) quer, é para quem tem no sangue a vontade de mudar a sociedade para melhor. Estamos aqui para fazer a diferença e faremos!


PRFoxxx

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Você sabe com quem está falando?

É, aconteceu mais uma vez...
E acontecerá sempre! Sabem por quê? Porque nosso país foi construído sobre uma base histórica imunda, onde o poder e o dinheiro fizeram sucumbir a justiça.
Não que tenhamos que aceitar isso nos dias de hoje, muito pelo contrário, essa mentalidade retrógrada de achar que o status (ainda que fictício) vale mais que a lei deve ser combatida com afinco por qualquer cidadão, policial ou não.
Em se tratando de aplicação da lei, lembremos sempre que felizmente em nosso país existe um documento chamado Constituição Federal e que nela estão arraigados alguns princípios, dentre eles o da Isonomia.
Considerado ainda o fato de ser o aplicador da Lei um cidadão como outro qualquer (farda/uniforme não nos torna melhor/pior do que ninguém), é daqui que partirá a Isonomia em sua plena forma, tratando cidadãos como cidadãos, infratores como infratores e bandidos como bandidos, sempre prezando pela legalidade.
Infelizmente alguns poucos atores da sociedade, que de cidadãos não podem ser chamados, insistem em tentar fazer sucumbir a razão; menosprezam o trabalho daqueles que servem a sociedade e por ela até dão a vida. Consideram que uma carteira profissional da OAB tem mais valia que aquele princípio que citei acima (cujo nome eles não sabem), que não necessitam se sujeitar às leis, por mais simples que ela seja, como a Lei 9503/97 (CTB), e o pior, que não podem ser presos no caso de cometimento de crime, como no exemplo abaixo: desacato; onde há desabono da função policial e tentativa de coação/intimidação do agente da autoridade.

Leitores, quando trago para discussão esse assunto, não é porque sou policial, é porque sou cidadão. A partir do momento em que aceito uma sociedade que suprime a Isonomia, estou sujeito a ver injustiças e ser injustiçado. Não aceito e acho que qualquer pessoa normal não deveria aceitar que haja tratamento diferenciado entre as pessoas por parte de qualquer servidor público.

Já presenciei casos e casos em que diferentes figuras fiscalizadas/autuadas/presas invocam certos privilégios/prerrogativas para que a lei não o abranja, ou caso o abranja, que seja de forma branda. Variou desde um cidadão que bradou "ser juiz e estar com pressa", descoberto tratar-se de árbitro (juiz) de futebol até mesmo um técnico judiciário embargando a fiscalização alegando que os PRFs estavam sob sua jurisdição e a ele se sujeitariam, passando pelo recente caso de um suposto Jornalista (que não é formado em Comunicação Social) querendo salvo-conduto para não ser autuado por irregularidades de trânsito.

Não estamos aqui para brincar de fiscalizar, quem dirá de fazer juízo de valores acerca de ser o cidadão infrator amigo de fulano ou beltrano. A partir do momento em que nos sujeitamos a atuar como agentes da autoridade (prepostos) o mais importante é fazer justiça. Que justiça é essa? É não sermos hipócritas de diferenciar as pessoas pela condição social, religião, crença e etc. É constatar irregularidade e autuar, é ver indícios de crime/crime consumado e prender/apreender, é atender acidente de trânsito e agir com urbanidade para o trato com o cidadão como rege a cartilha. Exercemos todas as atribuições do cargo para tornar essa polícia uma Força de Segurança Pública de excelência.

O vídeo a seguir mostra uma abordagem policial conduzida por agentes qualificados/preparados, conhecedores dos Direitos Humanos, que não prevaricaram diante da configuração da infração e das tentativas de intimidação por parte de um suposto Advogado que culminou por cometer Desacato à Autoridade nas suas investidas contra a atuação policial. Nota-se que a todo momento o infrator autuado tenta desequilibrar mentalmente o agente autuador, forçando-o a agir em erro, porém sem êxito, uma vez que, como já explicado, trata-se de um profissional experiente e conhecedor de todas as nuances do trabalho policial; que não deve ainda tratar-se da primeira situação do tipo, uma vez que trabalha no Mato Grosso, estado onde alguns insistem em acreditar que trata-se daquele estado sem lei de 30 anos atrás quando foi devastado, digo, colonizado por migrantes predominantemente sulistas que viviam à revelia das leis vigentes. Resquícios de um tempo que felizmente não volta mais, mas que a brilhante atuação dos agentes da Polícia Rodoviária Federal no caso em tela serve como expurgo dessas mentalidade feudal.



PRFoxxx

Só uma ultrapassagem

A tríade Pressa + Prepotência + Potência do motor podem sair caro!
Não estou falando somente da proposta de enrigecimento da legislação de trânsito que quer elevar o valor da multa aplicada nos casos de Ultrapassagem proibida dos atuais R$ 191,54 para R$ 1340,78 (fator multiplicador 7 para a infração gravíssima), estou falando em valor da VIDA. (Leia mais em G1)

Estamos tratando aqui da manobra mais complexa/delicada no trânsito, que é a ultrapassagem. Compreende uma série de fatores, quais sejam: a necessidade/opção pela manobra, a decisão de efetuá-la em local e velocidade oportunas, permissão pela sinalização e controle da técnica por parte do executor.

Não raros são os casos onde há insucesso e vemos tragédias aos montes nos noticiários; tão banalizado está o assunto a ponto de não haver choque dos cidadãos quando se deparam com esse tipo de acidente ao transitar pelas rodovias. Param seus veículos, dirigem-se ao local para tentar fazer registros fotográficos ou filmagens para mostrar para os amigos/parentes e até mesmo publicar na internet sem o menor escrúpulo ou respeito pelas famílias das vítimas. Não estou falando de um caso ou outro, estou explanando um assunto que é uma constante no trabalho de Policiais Rodoviários Federais, Bombeiros Militares e demais envolvidos em atendimento de acidentes de trânsito.
Uma colisão frontal causada por uma utrapassagem proibida é geralmente onde ocorrem os maiores "danos" nos veículos e, por conseguinte, nas vítimas. De acordo com estatísticas, não é o tipo de acidente com maior incidência, mas é sem dúvida o de maior letalidade.

O leitor se pergunta: qual o propósito do autor em fazer seus apontamentos?
Provocar (mais uma vez) uma crítica à postura que temos adotado no trânsito. Veículos mais potentes lançados a cada dia, com a pressa oriunda desse mundo caótico somada à prepotência (senão arrogância) dos condutores cada dia menos humanos, a tendência é sempre culminar em tragédias.
Imagine você, leitor, que está transitando na velocidade regulamentada da via, supostamente cercado de todas as premissas de segurança, se depara com uma caminhonete do tipo Toyota/Hilux (ou qualquer outro veículo cujos donos se sintam imortais, analogamente) realizando uma ultrapassagem proibida com risco iminente de vir a colidir com seu veículo, que segue fluxo no sentido oposto: o que se passará pela sua cabeça naquelas frações de segundo? Instintivamente tenderá a evitar a colisão, seja freiando, caso cabível, seja saindo com seu veículo da pista para evitar uma colisão frontal onde inevitavelmente os danos seriam colossais. Pois bem, não houve a colisão (tanto que você está aqui agora lendo essa publicação, rs), esse condutor que acaba de passar por você seguirá seu fluxo e nem sequer terá a oportunidade de saber que naquele veículo em que viajava o leitor estaria um jovem com um futuro pleno pela frente, talvez acompanhado de sua família a passeio ou mesmo realizando uma viagem de negócios para tentar "salvar" o pão de cada dia. Resumo da ópera: postura egoísta de um condutor inconsequente em seu veículo potente, que realizou uma ultrapassagem forçada poderia ter vindo a causar um dano irreparável. Foi necessário realizar essa manobra da forma que foi? Foi necessário colocar em perigo a vida alheia em função de sua pressa? Por ele ter um veículo potente, dotado de air bags e com carroceria reforçada, teria ele o direito de suprimir o direito alheio de ir e vir; e o pior, de viver daquele outro condutor e/ou de sua família?
Chama-se a atenção para o fato de que uma postura egoísta e prepotente no trânsito toma forma além de uma infração administrativa, mas também de um crime, que infelizmente não é compreendido pela legislação penal (em tese o Perigo de Dano) por estar em sua plena forma descrito como infração administrativa no CTB. Nesse sentido entendo que a vontade do legislador em "endurecer" a punição administrativa para quem realiza a ultrapassagem proibida é amenizar a impunidade que traz o CTB (Código de Trânsito Brasileiro - Lei 9503/97) quando trouxe o entendimento que esse tipo de conduta teria um suposto potencial ofensivo distante de um crime, infelizmente.
Entendo que a partir do momento em que um cidadão (se é que assim podemos tratar, uma vez que não exerce cidadania) utiliza-se de um veículo para oferecer perigo direto ao demais usuários da rodovia, deveria sim ser punido como se criminoso fosse. Ora, se há a sinalização de proibição e que seu descumprimento pode (com elevado grau de probabilidade) gerar um dano concreto, associado à ideia de que TODO INFRATOR sabe estar cometendo a infração (não é chute, é fato), por que haver a desoneração de sua conduta potencialmente lesiva? Não faz sentido.
Sem partir para a discussão filosófica do Direito, até porque não sou formado na área, fica aqui a minha análise empírica da situação. Com certeza não será a mais técnica do mundo, mas talvez a análise humana da coisa, daquele que lavra boletins de acidente de trânsito baseado no levantamento de local, na avaliação dos danos nos veículos e que naquela hora é obrigado a tentar entender a dinâmica do evento, mas a única coisa que nunca entenderá é por que as pessoas se inovam na "arte de se matar/morrer".

E assim seguimos a passos lentos na evolução do pensamento de termos um trânsito melhor. Primeiro foi a promulgação da Lei Seca, que incomodou meio mundo de gente que invoca direito próprio em detrimento do da coletividade; agora curtiremos cenas dos próximos capítulos quando o endurecimento da punição administrativa para a ultrapassagem proibida começar a atingir o "Senhores donos da rodovia", que circulam nos seus potentes veículos acima de 100cv (Caminhonetes/Sedãns de luxo/Camionetas/Esportivos) e concomitantemente são os componentes mais abastados dessa sociedade tão injusta, onde aos pobres os rigores da lei são aplicados, o que não podemos dizer acerca desses que tem bons advogados que, traduzindo em miúdos, sempre usarão artimanhas perversas e encontrarão brechas para que a vida alheia seja convertida em pagamento de cestas básicas.


PRFoxxx

terça-feira, 9 de abril de 2013

Concurso PRF 2013 Autorizado

AUTORIZADO CONCURSO PARA A POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

O Diário Oficial da União desta terça-feira (09) traz publicada autorização do Ministério do Planejamento para que a Polícia Rodoviária Federal realize concurso público visando à contratação de 1.000 novos Policiais Rodoviários Federais. (Clique aqui)

O concurso da PRF será nacional e as vagas serão ocupadas prioritariamente nas regiões de fronteira, sendo ofertadas aos candidatos somente ao final certame.

A Polícia Rodoviária Federal começa agora o processo de escolha e contratação da organizadora do concurso. O primeiro passo é buscar no mercado uma empresa com reconhecida capacidade técnica para organizar o concurso em nível nacional.

O objetivo da PRF é ter os novos policiais já sendo empregados nos grandes eventos que o Brasil sediará, como Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.

Em breve informações atualizadas sobre o concurso serão disponibilizadas no site da PRF (www.dprf.gov.br), no link concursos.


Algumas observações que considero pertinentes (opinião pessoal, sem terrorismo):

- Todos os bons indícios levam a crer (e minha torcida é toda nesse sentido) que a instituição realizadora da prova será o Cespe (Centro de Seleção e Promoção de Eventos - UnB), se considerarmos ser a melhor organizadora em nível nacional e que tem o mais alto grau de complexidade e exigência na elaboração das questões, priorizando o conhecimento e raciocínio conexo, privilegiando os candidatos com mais alto grau de intelecção, em detrimento dos de melhor memória (como é a FCC, por exemplo).
- De acordo com as diretrizes de seleção, formação e ensino do DPRF, a tendência é que as disciplinas exigidas no último concurso permaneçam, como física, por exemplo, ainda que muitos candidatos discordem ou ainda que tendam a repelir esse tipo de conteúdo.
- O cargo é de nível superior (Clique aqui para ver a tabela de remuneração)
- O Banner mostra 1500 vagas, contrariando o texto publicado no DOU, que prevê autorização para 1000 vagas. Ocorre que "nunca na história desse país" a PRF formou somente uma turma; os 500 a mais nessa conta aí são exatamente as vagas que PODERIAM ser incrementadas dentro da previsão legal.
- Estimo que as provas ocorrerão até no máximo Junho, mas isso é mero "chute" desse mero guarda.

Uma última observação, que é em relação ao que disse um concurseiro hoje no Twitter: quem está estudando há mais tempo não necessariamente está um passo a frente, mas sim aquele que estuda com objetividade terá vantagem nessa caminhada. Pensem nisso!

Bons estudos a todos.

PRFoxxx

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Juventude com sangue no asfalto

Triste história de rodovia
 
Estava aqui essa madrugada olhando algumas fotos de acidentes e fazendo algumas observações/ponderações ao mesmo tempo que lia uma infinidade de notícias de acidentes de trânsito envolvendo jovens com menos de 25 anos; uma coisa me chamou a atenção: as pessoas de hoje não tem o senso de como a vida é efêmera, de como somos frágeis e impotentes no trânsito.
O que quero dizer com isso: que a vida hoje é tão "cheia" de preocupações, tão corrida, tão intensa, que muitas das obrigações inerentes ao ser humano (quando se entende por gente, ou seja, na juventude) estão colocadas como últimas prioridades, mas pior do que isso: estão sendo negligenciadas. Exemplo disso é quando um jovem, afoito por novos desafios, assume a direção de veículo sem ter capacitação mínima para tal feito, ou seja, sem ser habilitado. É fato que ter uma PPD (Permissão Para Dirigir) ou CNH (Carteira Nacional de Habilitação) não é sinônimo de saber conduzir com plenitude um veículo (coisa que poucos conseguem ao longo da vida, a maioria não), quem dirá não ter tais documentos.
A partir do momento em que uma pessoa não habilitada toma posse de um veículo e passa a conduzí-lo, todo um universo de fatores deve ser observado, mas isso não acontece na prática. AINDA QUE essa pessoa em questão tenha breves noções de dirigibilidade e sinalização de trânsito, não o terá de forma ampla, já que não passou por um curso preparatório com teoria e prática, que são essenciais para a consolidação da postura/conduta responsáveis de trânsito.
É exatamente aí que mora o perigo, já que as lições de Direção Defensiva, mecânica, física e atendimento de primeiros socorros, dentre outras matérias, não foram assimiladas por esse "aspirante a condutor". Começa então um efeito dominó, onde geralmente uma sequência de erros/infrações podem culminar em acidentes, como o caso que descrevo a seguir.

Colisão Transversal com vítima fatal
 
Uma jovem de 18 anos recém completados adquire uma motoneta para facilitar a locomoção entre sua casa e sua faculdade, em cujo vestibular fôra recém aprovada, motivo por si só de comemoração. Num desses trajetos ela opta por cruzar uma rodovia federal numa travessia urbana mal iluminada, mesmo tendo disponível um viaduto a 50 metros, onde a passagem seria livre, sem ter que cruzar a via de maior fluxo, onde geralmente os veículos transitam em velocidades superiores. Acontece que ao se aproximar da travessia, aproveitando o "embalo" da motoneta cruza a rodovia e é atingida transversalmente por um automóvel, que seguia fluxo em sua mão de direção. De imediato cai, é arrastada por alguns metros até que seu corpo ainda com vida seja projetado para a lateral do veículo, que em sua inércia vem a sair de pista, atravessar um canteiro (que separa a via marginal), atinge obstáculos e só para totalmente após travamento de rodas, já na via marginal.

Observações a serem feitas e comentários pertinentes:
- Condutora SEM CNH (o primeiro de uma série de erros cruciais para o resultado morte)
- Opção por travessia em nível da rodovia havendo alternativa mais segura (viaduto a apenas 50 metros iluminado)
- Desrespeito à sinalização de regulamentação [placa R1 - Pare] (Consequência de não ter CNH, o que a daria a possibilidade de saber que sinalização de regulamentação tem cumprimento obrigatório, independente de condicionantes)
- Motoneta de baixa cilindrada e torque (caso tivesse noções básicas de mecânica, saberia sobre "retomada" em aceleração e velocidade suficiente a ser desenvolvida num evento como exemplificado)
- Utilização de Capacete de Segurança em desacordo com o normatizado (cinta jugular desapresilhada, fazendo com que o dispositivo fosse projetado durante a colisão, causando trauma crânio-encefálico imediatamente à queda, subsidiário ao resultado morte posterior. Outro erro em decorrência de não ter CNH)
- Condutor do automóvel em velocidade incompatível com o local (impossibilidade de reação, frenagem e parada em tempo hábil quando do surgimento de obstáculo/outro veículo)
- Automóvel atingiu obstáculo físico (construção de alvenaria na faixa de domínio, que deve estar livre de quaisquer anteparos), causando danos mais gravosos e implicando diretamente no desfecho do acidente.

Ocorrência de grande impacto em função de ser uma jovem relativamente conhecida no município, tendo repercussão na imprensa local (composta por aventureiros que levantaram falso sob a conduta do motorista do automóvel, chegando a supor que estivesse embriagado, o que foi negado pela realização do teste de etilômetro), que preferiu "procurar" culpa no condutor do automóvel a admitir que a irreponsabilidade da condutora da motoneta causou o acidente depois de ter cometido várias infrações simultaneamente.

Voltando ao mote da publicação, acho que é possível observar como a inversão de valores e distorção de prioridades impacta diretamente na juventude. Vidas são perdidas, fica a saudade para a família, um nome e um futuro pela frente agora são sinônimos de estatística para a sociedade, que perde mais do que potencial força produtiva para o país, perde junto todo um plantel de seres humanos que fariam a diferença daqui para frente.

Até quando aceitaremos futuros interrompidos? Até quando o trânsito será tratado como 2º plano numa sociedade que tem mais mortos nas vias urbanas e rurais do que se em uma guerra civil estivesse?
Pais que não ensinam valores sociais dignos aos filhos, ou quando o fazem, é de forma distorcida. Um ato reprovável nas esferas penal e administrativa são tratados com eufemismo, mais tarde se convertem em crimes e todos acham isso normal/aceitável.
Não pode e não vai ser assim! Se a estrutura familiar degradada historicamente não funciona para educar, existe o Estado para fiscalizar e punir, por mais que o remédio seja amargo.

Automóvel envolvido no acidente, danificado após colidir com motoneta e obstáculos na faixa de domínio.
PRFoxxx

Microconto #2

Era uma vez num país qualquer cujo nome começa com a letra "F" (pensemos em França), cuja polícia ostensiva de nível federal que trabalha nas rodovias é chamada de PRF - Polícia Rodoviária da França (como no exemplo).

Num dia qualquer numa rodovia sem importância, onde praticamente não passam automóveis ou caminhões e raramente acontecem acidentes de trânsito (pois todo mundo anda "na linha"), além de não haver criminalidade crescente, assumiu o serviço para cumprir plantão de 24 horas um único policial (EUquipe). Como não há demanda por serviço, ele fez o que um bom guarda patrimonial francês faz quando assume seu rápido e tranquilo plantão: rezou para que não acontecessem acidentes e não houvesse acionamento para ocorrência policial/criminal.
Reza forte + chefia camarada, que providenciou outro audaz "guarda patrimonial francês" para fazer companhia àquele que me contou essa história, que por mim não foi ouvida, mas que surgiu daqui de dentro da minha insatisfação em sentir inveja da Polícia Rodoviária Federal do Brasil, país que faz fronteira aqui com esse outro do microconto, nem tão "micro" assim.

Não tem efetivo, não tem foto na publicação, também não tem autor. Se tem fim? Não sei, só sei que foi assim.

Luto porque quero ver uma polícia melhor





PRFoxxx

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Folhetim: Páscoa

Prólogo
Vida de "guarda" é assim: é se sujeitar a trabalhar pela sociedade em dias como Sábado, Domingo e Feriado... isso só não se aplica aos servidores administrativos, de forma geral, mas se bem que nesse feriadão da "Semana Santa" a convocação foi geral, desde os policiais da escala, que cumpriram serviço extra, até os administrativos, que foram deslocados para os mais diversos cantos desse Brasil de modo a reforçar as equipes de plantão e intensificar a fiscalização preventiva com a finalidade de reduzir os acidentes e o número de mortes. E deu resultado: no balanço geral divulgado hoje nos mais diversos veículos de comunicação a PRF confirmou a redução nos números tanto de acidentes quanto de mortos e feridos. (Leia Mais)

Histórias de Rodovia
Numa Unidade Operacional qualquer numa rodoviazinha que cruza o Brasil estavam de serviço naquele Domingo 4 componentes do NGS (Núcleo de Guardas Simples) realizando sua fiscalização de trânsito quando fizeram a abordagem a um veículo qualquer. Ops, numa fiscalização de trânsito todos os veículos são "qualquer" até que ele seja parado. Considerado ainda o fato de que 99% dos veículos/cidadãos abordados são trabalhadores ou são famílias em viagem, não se pode falar inicialmente que a abordagem policial é baseada em um "pré-conceito" do agente fiscalizador. É como eu digo sempre: só vamos saber se é infrator ou se é bandido se dermos o sinal de parada e realizarmos efetivamente a vistoria. Não existe a ideia de ficar deduzindo o que tem em um veículo ou outro, em uma pessoa ou outra.
Voltando ao assunto, o "veículo qualquer" em questão ostentava em suas laterais adesivos de um veículo de imprensa, o que por si só não é nem nunca será um "salvo conduto" para eventuais bandidos ou infratores; isso é provado pelas recorrentes ocorrências envolvendo veículos dissimulando serem pertencentes a empresas (inclusive públicas) e que são usados para a prática de ilícitos. Repito: só vamos saber com quem estamos lidando se fizermos a abordagem.
Tudo bem, o veículo em questão não transportava ilícitos nem tampouco era produto de furto/roubo, apresentava irregularidades de trânsito que ensejavam retenção para regularização. Cientificado da retenção, o condutor (que não era o proprietário) começou a tentativa de embaraço à ação estritamente legal dos agentes envolvidos, que foi construída com um arsenal de pretextos e investidas de coação, que partiu desde a tentativa de forjar uma suposta parceria/dependência da PRF pela imprensa até mesmo a intimidação por suposta influência política perante um deputado estadual que tem a PRF/MT como persona non grata, como deixa claro em seus pronunciamentos públicos e está registrado em seu sítio oficial.
Conclusão da história: veículo retido conforme previsto na legislsação vigente, cidadão infrator autuado, documentação gerada, supostos veículos de imprensa por ele acionados para acompanhar "o abuso" da PRF em reter veículo da imprensa (veículo particular em nome de terceiros) não apareceram para registrar seu alarde, que poderia ter sido um tiro a sair pela culatra, uma vez que o trabalho dessa Unidade Operacional é reconhecidamente técnico e legalista; enfim, situação concluída com êxito sem sucumbência dos agentes, lei cumprida em seu pleno teor e mais do que qualquer coisa, que é a lição que deve sempre prevalecer no trabalho do servidor público: a Isonomia nunca deve ser ignorada.

Mais histórias de rodovia
Domingo de páscoa rendeu além do "xilique", um veículo apreendido por adulteração de sinais identificadores, além de o condutor preso ainda estar de posse de documentos públicos falsos/adulterados (RG e CNH).
Numa terceira ocorrência, essa com um pouquinho de emoção, após receber a informação de que veículo envolvido acidente evadiu-se do local (supostamente por condutor embriagado) foi feita a tentativa de abordagem, mas desobedeceu ordem de parada, avançando com o veículo sobre o agente que narra essa história (isso é mais comum do que podem imaginar - riscos da profissão), forçando um acompanhamento tático (termo popular: perseguição) em alta velocidade que se estendeu por aproximadamente 20 Km até trecho urbano de um distrito, terminando numa estrada vicinal e condutor evadindo-se na mata fechada; veículo apreendido e condutor preso na manhã do dia seguinte.
Isso aí, mais uma vez é plantão que rende histórias para contar para os netos (rs). Graças a Deus concluído com êxito, principalmente por ter sido sem acidentes.

Veículo adulterado apreendido





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Placas Curiosas #3

Essa placa de Duplo Sentido de Circulação foi fotografada no município de Lucas do Rio Verde, médio norte do estado de Mato Grosso, numa avenida marginal à rodovia BR 163.
Numa primeira visualização não há nada de anormal, porém o modo em que foi afixada e o local a tornaram impertinente, para não dizer irregular. Considerando que essa placa é geralmente afixada em locais onde uma via de sentido único passa a ter duplo sentido, como o próprio nome diz, sem contar que a orientação das setas é sempre na vertical, tornou-se curiosa para mim e resolvi colocar aqui para, inclusive, mostrar o quão baixo é o nível técnico dos responsáveis pelo trânsito aqui na região. Aproveito e emendo a crítica aos gestores públicos que nomeiam pessoas sem a menor competência tácnica para os cargos de secretaria, nesse caso a de trânsito, gerando uma verdadeira piada quando da aplicabilidade da lei e edição de atos administrativos. Porém essa incongruência técnico-política não se restringe a isso, uma vez que no sentido de educação para o trânsito perpertuam-se erros históricos e consolida-se a ignorância cultural em amplo aspecto.
Prova disso é um exemplo clássico aqui na rodovia, quando fazemos uma abordagem com configuração de uma infração relativa a sistema de iluminação em desacordo (luzes azuis) e somos contestados da seguinte forma: "mas seu guarda, o carro passou na vistoria, além de já ter sido parado pela PM e nunca foi considerado errado". Pois bem, uma deficiência nos agentes fiscalizadores de outra instância fora da nossa alçada faz com que se conflite com os atos ora praticados por essa força policial, que segue o código de trânsito rente à legalidade, mas que não se isenta de fazer o correto em detrimento de deficiência alheia. Tome multa, independente de já ter "passado" antes pela PM ou vistoriadores (que no geral não são capacitados).