sexta-feira, 24 de maio de 2013

CESPE para organizar concurso da PRF

CESPE para organizar concurso da PRF

A Polícia Rodoviária Federal vai contratar o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), da Universidade de Brasília, para organizar o concurso para provimento de mil cargos de Policial Rodoviário Federal. O extrato de Dispensa de Licitação será publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira, 27 de maio.
A dispensa se deu com base no artigo 24, inciso XIII, da Lei de Licitações (8.666/93).
O passo seguinte será a assinatura do contrato, o que deve acontecer já no início da próxima semana. É a partir da assinatura que começa a contar o prazo de execução do contrato, inclusive para publicação do edital de abertura.
O concurso para o preenchimento de mil cargos de Policial Rodoviário Federal foi autorizado pelo Ministério do Planejamento em abril deste ano. Para concorrer às vagas oferecidas, o candidato precisa ter diploma de curso superior em qualquer área e possuir Carteira Nacional de Habilitação válida. A remuneração inicial é de R$ 6.479,81, sendo R$ 6.106, 81 do salário bruto e R$ 373 do vale-refeição.

Aos estudos! Boa prova a todos. A PRF espera nada além dos melhores; seja um deles.


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Apologia ao crime

Desmistificando o maior dos clichês ouvidos por policiais na lida diária: "eu não sou bandido, não matei, não roubei!"

O que a grande parcela ignorante (no sentido de desconhecer o teor) das leis desse país não sabe é que CRIME não é só matar, roubar ou sequestrar. Aliás, até sabe! Tanto sabe que quando a TV mostra,  advertência, o povo clama por cadeia. Essa postura é fruto de um consciente coletivo de que quando se pune um agente público, lava-se a alma do coletivo. Acontece que quando um do povo é flagrado no cometimento de um ato ilícito (penal ou administrativamente), logo invoca-se o desconhecimento do ordenamento jurídico como forma de esquivar-se da responsabilização. Seria presunção absurda querer considerar que todos saibam das leis, mas desde que nos entendemos por gente, via de regra somos doutrinados pelos pais (e pelo meio) a saber discernir o certo do errado. Aprendemos que uma mão espalmada para frente e para cima é uma ordem de parada; sabemos que o dedo indicador oscilando de um lado para outro é uma negação, da mesma forma que um polegar apontado para cima é afirmativo/concessivo. São os valores sociais que ninguém aprende lendo a Constituição Federal ou decorando o Código Penal.

Nesse sentido, o trabalho policial desenvolve-se diretamente ligado à reprovação de condutas (omissivas ou comissivas), seja numa fiscalização de trânsito quando um Auto de Infração é gerado quando da constatação de uma irregularidade administrativa, seja uma prisão/condução coercitiva quando do cometimento de crime (ainda que sem flagrante).

Frequentemente somos interpelados por um acusado de cometimento de crimes diversos (que não os contra a vida e o patrimônio) sobre o motivo da prisão com a alegação de que não são bandidos, que não deviam estar algemados e etc. Somado a isso vem aquele bordão ignorante: "vai prender bandido!" (como se quando a gente realliza fiscalização de trânsito, deixamos de fiscalizar crimes, como se coisas distintas fossem).

Pois bem, quaisquer das prisões efetuadas pela polícia não podem e não devem ser arbitrárias. Uma equipe policial não realiza prisão "com dúvida", pois do contrário, pesaria a enorme possibilidade de enquadramento em Abuso de Autoridade, que é a última coisa que espera um agente público. Vem a pergunta: compensa correr o risco? Óbvio que não! Todas as prisões são baseadas em indícios de autoria e materialidade; considerado ainda o fato de que não são os agentes da autoridade pessoas ignorantes, como ainda persiste na cabeça de muitas pessoas essa ideia (não estudou vai virar polícia).

A imagem abaixo caracteriza a conduta capitulada no Art. 287 do Código Penal. Eventualmente realizamos abordagens a veículos onde são encontrados entorpecentes (anfetaminas) cada dia mais utilizados pelos motoristas profissionais. Dessa vez a "publicidade" da conduta reprovável estava estampada na carroceria e gerou esse flagrante. Fica no ar o questionamento: se o sujeito faz "propaganda" do uso de drogas, quem dirá o que ele de fato traz no seu proceder? É como imaginar um soldado do morro andando na rua com uma camisa escrito: "uso um Fuzil 7.62 para matar policiais".

Ato absurdo, que ironiza a sociedade e a polícia a partir do momento em que comete crime e ainda faz publicidade do fato. Fique você, leitor, ciente de que assim como esse aí faz propaganda do consumo de entorpecentes somada à direção de veículo, há milhares de outros que consomem sem fazer propaganda; que estão por aí dirigindo 30 horas sem parar como um zumbi pilotando uma arma de 74 toneladas de Peso Bruto Total (Bitrem 9 eixos) pronto para matar com a certeza de impunidade, beneficiado pelas leis benevolentes com os bandidos nesse país hipócrita.


PRFoxxx

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Programa Rota Cidadã 2013

O Programa Rota Cidadã foi criado em 2008 no estado do Mato Grosso e conta com a participação da Polícia Rodoviária Federal, além de Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), em parceria com a Secretaria de Estado de Transportes e Pavimentação Urbana (Setpu), Polícia Militar (PM) e prefeituras, entre outras entidades. Com o slogan ‘'Em cada parada, uma carona para a vida'’, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) realiza a Campanha Rota Cidadã 2013.

Nas ações são distribuídas filipetas contendo regras de circulação e conduta para todos os usuários de vias públicas e kits educativos; são realizadas ainda orientações sobre riscos e perigos nas rodovias/estradas, regras de trânsito, legislação, direção defensiva e direitos básicos de quem trabalha "no trecho". 

Os caminhoneiros recebem uma série de atendimentos de saúde (aferição de pressão, exames de glicemia capilar, pesagem, teste de nível de colesterol e frequência cardíaca, distribuição de preservativos, palestras informativas quanto à transmissão de doenças sexualmente transmissíveis e prevenção/combate à exploração sexual de crianças e jovens).

Desde 2012 a campanha conta ainda com pesquisa para identificar distúrbios do sono em caminhoneiros, aumentando o leque de serviços visando a promoção de saúde principalmente dos caminhoneiros e demais motoristas profissionais.


PRFoxxx

Níveis de suspeição

Muito se contesta a ação policial inclusive por não saber como funciona uma abordagem, principalmente quando envolve a análise do nível de suspeição.
Não convém detalhar aqui os elementos de análise (ainda que em fração de segundos) para embasar uma abordagem por uma questão de segurança orgânica, mas a publicação de hoje é uma sátira aos críticos de plantão que adoram detonar o trabalho policial sem saber o que se passa aqui dentro.
A foto a seguir foi feita numa abordagem com o mais baixo nível de suspeição, da mesma forma que se concluiu com menor suspeita ainda, estando o condutor correto tanto no aspecto trânsito como no criminal.
Poderia ser até intitulada (e não entitulada) de Quem vê camisa (cara) não vê suspeição (coração), uma vez que para formar convicção de suspeição o policial não cuida somente do aspecto visual do objeto (pessoa da abordagem), mas de todo um contexto e cenário, livrando-se assim, inclusive, da pecha de ser um profissional baseado em preconceitos ou estereótipos. O que quero dizer com isso, é que somos profissionais, que estudamos para executar as tarefas e, sobretudo, trabalhar com urbanidade e justiça.
Se você conhece algum policial mal capacitado/preparado, não tome isso como uma regra, afinal de contas, todas as profissões são baseadas em humanos; e quando tratamos de humanos, sempre teremos os bons e os maus profissionais, indistintamente do ofício em questão.


PRFoxxx

A Família Cambojana

História de rodovia

Guardas Rodoviários Federais realizavam patrulhamento ostensivo numa rodovia qualquer ao norte de um país vizinho ao Brasil e ao Pará, quando cruzaram com um ORNI (Objeto Rodoviário Não Identificado); em seguida realizaram manobra de retorno com o desiderato de intercetpar e identificar aquele veículo tripulado por 3 integrantes.
Alguns metros adiante, depois de executarem sinalização sonora de parada, desobedecida em princípio, conseguiram fazer com que a condutora parasse a sua Honda C100 Biz (Biz-cicleta), mesmo ela tendo acreditado que poderia dar um "perdido" no seu veículo superpotente.
Para a supresa daquela guarnição de guardas tático-operacionais, o veículo não era ocupado por 3 pessoas, mas sim por 4! Isso mesmo, aqui no Camboja os moradores tem por costume colocar 4 pessoas (ou mais) sobre um veículo 2P (motocicletas, pickpus do tipo Fiat/Strada cabine simples e etc). Não nos impressiona mais aquela ideia de que quanto mais couber, mais otimizada estará a viagem daquele veículo, afinal de contas, se a Polícia do Exército lá do Brasil já colocou 47 homens sobre uma motocicleta Harley Davidson em 1995 (Guiness Book of Records), porque aqui nesse país vizinho as pessoas também não conseguirão!?!
Segurança de trânsito? Envolvendo crianças? Condutora habilitada? Lotação excedente?
Bobeira sua, seu guarda, aqui não precisa disso não, pois somos todos imortais. Isso só acontece em novela da Globo.


Condutora não se contentou em ser autuada por estar sem CNH, transportar criança com idade inferior ao permitido, além de estar com lotação excedente, deu um show na rodovia que atraiu curiosos, que chegaram a pensar que se tratava de acidente, tamanho foi o alvoroço.
Seria cômico se não fosse trágico, mas a última coisa levada em conta foi o risco à segurança daquelas crianças que naquele veículo seguiam como se recheio de sanduíche humano fosse. Nessas horas o valor da multa e a medida administrativa (remoção do veículo) falam mais alto para essas criaturas desprovidas de coração.
A vida de uma (duas no caso) não tem preço. Como digo sempre: tem gente que paga para ver... e paga com a vida!

PRFoxxx

terça-feira, 14 de maio de 2013

Pode isso, Arnaldo?

Transitando por uma avenida principal de uma cidade qualquer no norte de um país vizinho ao Brasil e ao Pará, observo esse siri, digo, caminhão que era tripulado por 5 pessoas (incluindo o mautorista, digo, condutor), e resolvo pegar minha câmera tática para fazer um flagrante de infrações de trânsito no modo "Combo Hard Ultra Awesome".

1- Lotação excedente (veículo comporta somente 3 ocupantes na cabine)
2- Falta de uso de cinto de segurança
3- Equipamento obrigatório em desacordo (faixas refletivas)
4- Mau estado de conservação (pneus carecas, chassi desalinhado)
5- Defeito no sistema de iluminação
6- Transportar criança sem observar as normas de segurança (criança com idade entre 3 e 5 anos viajava no colo)

Essas são só algumas das infrações de trânsito avaliadas superficialmente enquanto eu seguia atrás dessa nave espacial.
Veículo transitava dentro da cidade, cuja competência para fiscalização é da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal. Onde elas estavam que não fizeram a abordagem desse veículo sortido de infrações, algumas delas gravíssimas e que implicam diretamente na segurança dos ocupantes e com risco à vida? [Desconsidere-se o fato de que a fiscalização não é onipresente.]
Essa pergunta só poderá ser respondida pelos políticos desse país à parte, pois aqui impera o voto de cabresto; as instituições de fiscalização estaduais e municipais são amordaçadas; são impedidas de exercer sua atividade-fim, caso contrário receberão o rótulo de causadoras do mal, dificultadoras da sociedade e por aí vai...
É mais fácil um administrador público ser omisso e permitir que o trânsito seja caótico, gerando inclusive prejuízos sociais incalculáveis (em função de acidentes/mortes/criminalidade) do que ele ter pulso firme e ir contra essa "cultura" distorcida de trânsito desregrado, composto por pessoas de mentalidade retrógrada.
É uma tamanha inversão de lógica, que se houvesse investimento na educação e na fiscalização de trânsito, o custo astronômico com acidentes de trânsito seria reduzido a níveis ínfimos perto do que é hoje.
Ainda há uma outra lógica, que nem de perto passa pela Teoria da Conspiração, mas tem sido observada pelos mais céticos, que é no sentido de que quanto menos acidentes de trânsito houver, menos notícias os jornais terão! Parece brincadeira, mas é assim que funciona aqui. Os noticiários televisivos de 3 das 4 emissoras da cidade (SBT/Record/Band) tem como 80% da pauta as reportagens sobre acidentes de trânsito. Chega ao ponto de o apresentador (Cara de Trakinas) em vez de chamar "a próxima matéria", solicita à edição: "o próximo acidente de hoje, por favor", como aconteceu ontem. Seria cômico se não fosse trágico!

Esse mundo paralelo deixa perplexo qualquer vivente pensante. A banalização dos acidentes tem causado prejuízos catastróficos para a população economicamente ativa, pois atinge sobremaneira a juventude. Aquela juventude corajosa, que herdou da geração dos seus pais os vícios insanáveis como dirigir alcoolizado, deixar de usar cinto de segurança e o maior deles: conduzir veículo sem CNH. É inadmissível que com o número crescente de veículos em circulação alguém pense que há espaço para um condutor não habilitado. Se antigamente, quando o fluxo era mais "pulverizado", já se corria um risco imenso de haver qualquer incidente, quem dirá hoje com o inchaço das ruas e rodovias. Preocupante é ainda o fato de que a fiscalização não acompanha o crescimento da demanda. Mais veículos (mais potentes, inclusive); mais vias (novas cidades e as antigas crescendo); menos fiscalização (reduz-se o número de agentes por veículo); mais advogados de porta de cadeia para livrar os criminosos de trânsito; leis que não acompanham a evolução social e a dinâmica do trânsito (CTB está ultrapassado em vários pontos e os "remendos" são ineficientes); tudo isso tem provocado o caos.
Como mudar? Diversas são as formas, mas basicamente cabe ao cidadão exercer cidadania (pode parecer redundância, mas não é!), seja na hora que vai votar, quando deverá escolher legisladores comprometidos com mudanças sociais ao legislar com seriedade, seja ao cobrar do poder público o investimento em educação e fiscalização de trânsito.

Não é uma tarefa simples, mas não se fala em mudança social do dia para a noite, nem tampouco estamos aqui criando uma receita para resolver o problema.


PRFoxxx

Agradecimento

Com imensa satisfação parei por uns minutinhos aqui nas tarefas para agradecer a todos pelas 7300 visualizações de páginas.

Cada vez que entro na página de estatísticas do Blog e vejo aumentar consideravelmente as visitações, dos diversos cantos do país, via web ou celular, me sinto recompensado imensamente. Os acessos e os comentários nas publicações são o combustível para eu continuar movimentando o Blog. As críticas, desde que fundadas e construtivas, também sempre serão levadas em conta para que eu possa continuar; afinal de contas, eu sou um crítico por natureza e seria até incoerente eu rechaçar esse tipo de manifestação.

Sempre solicito aos visitantes que sugiram publicações/matérias, comentários acerca de um tema, novos vídeos e etc; tenho atendido na medida do possível. Lembrei inclusive que estou devendo uma publicação acerca do tema "Embriaguez na direção de veículo", sugerida por um seguidor do Twitter.
Como o tema é amplo e não está pacificado entre os operadores do direito, adiante tentarei escrever um texto abarcando a minha perceção como aplicador da lei.
Uma outra sugestão foi que eu falasse sobre a formatura do CFP. Aí fui dar uma olhada numa das primeiras publicações do Blog e notei que eu já havia feito comentários acerca do assunto e acredito não ter mais o que acrescentar, até porque se eu falar tudo em detalhes, perderá "a graça". Quando deixo algo nas entrelinhas, de certo modo, deixo isso como uma provocação para que você leitor/concurseiro tenha mais vontade de saber o que se passa aqui do outro lado.

Aproveito ainda a publicação para saudar a todos que um dia gastaram um precioso minuto do seu tempo para agradecer minha iniciativa de criar o Blog e persistir com as publicações. Esses tem todo o meu pareço por serem GRATOS. Como digo sempre: não faço nada na vida esperando um "muito obrigado", ainda mais quando dito de forma mecânica, mas a gratidão só enobrece aqueles que tem essa característica.


Abraços a todos.

PRFoxxx

domingo, 12 de maio de 2013

Feliz dia das Mães... só que não!

Protesto político não é mote do Blog, mas lendo aqui um brilhante texto da professora Martha de Freitas Azevedo Pannunzio, de 74 anos, de Uberlância/MG, resolvi replicar nessa data tão importante. Ela escreveu uma carta para a presidente Dilma que foi entregue em mãos, ano 2012. Vale a pena ler. É a voz de quem não se cala e não consente.

BRASIL CARINHOSO
"Bom dia, dona Dilma!
Eu também assisti ao seu pronunciamento risonho e maternal na véspera do Dia das Mães. Como cidadã da classe média, mãe, avó e bisavó, pagadora de impostos escorchantes descontados na fonte no meu contracheque de professora aposentada da rede pública mineira e em cada Nota Fiscal Avulsa de Produtora Rural, fiquei preocupada com o anúncio do BRASIL CARINHOSO.

Brincando de mamãe Noel, dona Dilma? Em ano de eleição municipalista? Faça-me o favor, senhora presidentA! É preciso que o Brasil crie um mecanismo bastante severo de controle dos impulsos eleitoreiros dos seus executivos (presidente da república, governador e prefeito) para que as matracas de fazer voto sejam banidas da História do Brasil.

Setenta reais per capita para as famílias miseráveis que têm filhos entre 0 a 06 anos foi um gesto bastante generoso que vai estimular o convívio familiar destas pessoas, porque elas irão, com certeza, reunir sob o mesmo teto o maior número de dependentes para engordar sua renda. Por outro lado mulheres e homens miseráveis irão correndo para a cama produzir filhos de cinco em cinco anos. Este é, sem dúvida, um plano quinquenal engenhoso de estímulo à vagabundagem, claramente expresso nas diversas bolsas-esmola do governo do PT.

É muito fácil dar bom dia com chapéu alheio. É muito fácil fazer gracinha, jogar para a plateia. É fácil e é um sintoma evidente de que se trabalha (que se governa, no seu caso) irresponsavelmente.

Não falo pelos outros, dona Dilma. Falo por mim. Não votei na senhora. Sou bastante madura, bastante politizada, sobrevivente da ditadura militar e radicalmente nacionalista. Eu jamais votei nem votarei num petista, simplesmente porque a cartilha doutrinária do PT é raivosa e burra. E o governo é paternalista, provedor, pragmático no mau sentido, e delirante. Vocês são adeptos do quanto pior, melhor. São discricionários, praticantes do bullying mais indecente da História do Brasil.

Em 1988 a Assembleia Nacional Constituinte, numa queda-de-braço espetacular, legou ao Brasil uma Carta Magna bastante democrática e moderna. No seu Art. 5º está escrito que todos são iguais perante a lei*. Aí, quando o PT foi ao paraíso, ele completou esta disposição,
enfiando goela abaixo das camadas sociais pagadoras de imposto seu modus governandi a partir do qual todos são iguais perante a lei, menos os que são diferentes: os beneficiários das cotas e das bolsas-esmola.

A partir de vocês. Sr. Luís Inácio e dona Dilma, negro é negro, pobre é pobre e miserável é miserável. E a Constituição que vá para a pqp.

Vocês selecionaram estes brasileiros e brasileiras, colocaram-nos no tronco, como eu faço com o meu gado, e os marcaram com ferro quente, para não deixar dúvida d e que são mal-nascidos. Não fizeram propriamente uma exclusão, mas fizeram, com certeza, publicamente, uma apartação étnica e social. E o PROUNI se transformou num balcão de empréstimo pró escolas superiores particulares de qualidade bem duvidosa, convalidadas pelo Ministério de Educação.

Faculdades capengas, que estavam na UTI financeira e deveriam ter sido fechadas a bem da moralidade, da ética e da saúde intelectual, empresarial, cultural e política do País. A Câmara Federal endoidou?
O Senado endoidou? O STJ endoidou? O ex-presidente e a atual presidentA endoidaram? Na década de 60 e 70 a gente lutou por uma escola de qualidade, laica, gratuita e democrática. A senhora disse que estava lá, nesta trincheira, se esqueceu disto, dona Dilma?
Oi, por favor, alguém pare o trem que eu quero descer!

Uma escola pública decente, realista, sintonizada com um País empreendedor, com uma grade curricular objetiva, com professores bem remunerados, bem preparados, orgulhosos da carreira, felizes, é disto que o Brasil precisa. Para ontem. De ensino técnico, profissionalizante.

Para ontem. Nossa grade curricular é tão superficial e supérflua, que o aluno chega ao final do ensino médio incapaz de conjugar um verbo, incapaz de localizar a oração principal de um período composto por coordenação. Não sabe tabuada. Não sabe regra de três. Não sabe calcular juros. Não sabe o nome dos Estados nem de suas capitais.
Em casa não sabe consertar o ferro de passar roupa. Não é capaz de fritar um ovo. O estudante e a estudantA brasileiros só servem para prestar vestibular, para mais nada. E tomar bomba, o que é mais triste.

Nossos meninos e jovens leem (quando leem), mas não compreendem o que leram. Estamos na rabeira do mundo, dona Dilma. Acorde! Digo isto com conhecimento de causa porque domino o assunto. Fui a vida toda professora regente da escola pública mineira, por opção política e ideológica, apesar da humilhação a que Minas submete seus professores. A educação de Minas é uma vergonha, a senhora é mineira (é?), sabe disto tanto quanto eu. Meu contracheque confirma o que estou informando.

Seu presente para as mães miseráveis seria muito mais aplaudido se anunciasse apenas duas decisões: um programa nacional de planejamento familiar a partir do seu exemplo, como mãe de uma única filha, e uma escola de um turno só, de doze horas. Não sabe como fazer isto? Eu ajudo. Releia Josué de Castro, A GEOGRAFIA DA FOME. Releia Anísio Teixeira. Releia tudo de Darcy Ribeiro. Revisite os governos gaúcho e fluminense de seu meio-conterrâneo e companheiro de PDT, Leonel Brizola. Convide o senador Cristovam Buarque para um café-amigo, mesmo que a Casa Civil torça o nariz. Ele tem o mapa da mina.

A senhora se lembra dos CIEPs? É disto que o Brasil precisa. De escola em tempo integral, igual para as crianças e adolescentes de todas as camadas, miseráveis ou milionárias. Escola com quatro refeições diárias, escova de dente e banho. E aulas objetivas, evidentemente.
Com biblioteca, auditório e natação. Com um jardim bem cuidado, sombreado, prazeroso. Com uma baita horta, para aprendizado dos alunos e abastecimento da cantina. Escola adequada para os de zero a seis, para estudantes de ensino fundamental e para os de ensino médio, em instalações individuais para um máximo de quinhentos alunos por prédio. Escola no bairro, virando a esquina
de casa. De zero a dezessete anos. Dê um pulinho na Finlândia, dona Dilma. No aerolula dá pra chegar num piscar de olhos. Vá até lá ver como se gerencia a educação pública com responsabilidade e resultado. Enquanto os finlandeses amam a escola, os brasileiros a depredam. Lá eles permanecem. Aqui a evasão é exorbitante.

Educação custa caro? Depende do ponto de vista de quem analisa.
Só que educação não é despesa. É investimento. E tem que ser feita por qualquer gestor minimamente sério e minimamente inteligente.
Povo educado ganha mais, consome mais, come mais corretamente, adoece menos e recolhe mais imposto para as burras dos governos.
Vale à pena investir mais em educação do que em caridade, pelo menos assim penso eu, materialista convicta.

Antes que eu me esqueça e para ser bem clara: planejamento familiar não tem nada a ver com controle de natalidade. Aliás, é a única medida capaz de evitar a legalização do controle de natalidade, que é uma medida indesejável, apesar de alguns países precisarem recorrer a ela. Uberlândia, inspirada na lei de Cascavel, Paraná, aprovou, em novembro de 1992, a lei do planejamento familiar. Nossa cidade foi a segunda do Brasil a tomar esta iniciativa, antecipando-se ao SUS. Eu, vereadora à época, fui a autora da mesma e declaro isto sem nenhuma vaidade, apenas para a senhora saber com quem
está falando.

Senhora PresidentA, mesmo não tendo votado na senhora, torço pelo sucesso do seu governo como mulher e como cidadã. Mas a maior torcida é para que não lhe falte discernimento, saúde nem coragem para empunhar o chicote e bater forte, se for preciso.
A primeira chibatada é o seu veto a este Código Florestal, que ainda está muito ruim, precisado de muito amadurecimento e aprendizado.
O planeta terra é muito mais importante do que o lucro do agronegócio e a histeria da reforma agrária fajuta que vocês estão promovendo.

Sou fazendeira e ao mesmo tempo educadora ambiental. Exatamente por isto não perco a sensatez. Deixe o Congresso pensar um pouco mais, afinal, pensar não dói e eles estão em Brasília, bem instalados e bem remunerados, para isto mesmo. E acautele-se durante o processo eleitoral que se aproxima. Pega mal quando um político usa a máquina para beneficiar seu partido e sua base aliada.
Outros usaram? E daí? A senhora não é os outros. A senhora á a senhora, eleita pelo povo brasileiro para ser a presidentA do Brasil, e não a presidentA de um partidinho de aluguel, qualquer.

Se conselho fosse bom a gente não dava, vendia. Sei disto, é claro.
Assim mesmo vou aconselhá-la a pedir desculpas às outras mães excluídas do seu presente: as mães da classe média baixa, da classe média média, da classe média alta, e da classe dominante, sabe por quê? Porque somos nós, com marido ou sem marido, que, junto com os homens produtivos, geradores de empregos, pagadores
de impostos, sustentamos a carruagem milionária e a corte
perdulária do seu governo tendencioso, refém do PT e da base aliada oportunista e voraz.

A senhora, confinada no seu palácio, conhece ao vivo os beneficiários da Bolsa-família? Os muitos que eu conheço se recusam a aceitar qualquer trabalho de carteira assinada, por medo de perder o benefício.

Estou firmemente convencida de que este novo programa, BRASIL CARINHOSO, além de não solucionar o problema de ninguém, ainda tem o condão de produzir uma casta inoperante, parasita social, sem qualificação profissional, que não levará nosso País a lugar nenhum. E, o que é mais grave, com o excesso de propaganda institucional feita incessantemente pelo governo petista na última década, o Brasil está na mira dos desempregados do mundo inteiro,
a maioria qualificada, que entrarão por todas as portas e ocuparão todos os empregos disponíveis, se contentando até mesmo com a informalidade. E aí os brasileiros e brasileira vão ficar chupando prego, entregues ao deus-dará, na ociosidade que os levará à delinquência e às drogas.

Quem cala, consente. Eu não me calo. Aos setenta e quatro anos, o que eu mais queria era poder envelhecer despreocupada, apesar da pancadaria de 1964. Isto não está sendo possível. Apesar de ter lutado a vida toda para criar meus cinco filhos, de ter educado milhares de alunos na rede pública, o País que eu vou legar aos meus descendentes ainda está na estaca zero, com uma legislação que deu a todos a obrigação de votar e o direito de votar e ser votado, mas gostou da sacanagem de manter a maioria silenciosa no ostracismo social, alienada e desinteressada de enfrentar o desafio de lutar por um lugar ao sol, de ganhar o pão com o suor do seu rosto. Sem dignidade, mas com um título de eleitor na mão, pronto para depositar um voto na urna, a favor do político
paizão/mãezona que lhe dá alguma coisa. Dar o peixe, ao invés de ensinar a pescar, esta foi a escolha de vocês.

A senhora não pediu minha opinião, mas vai mandar a fatura para eu pagar. Vai. Tomou esta decisão sem me consultar. Num país com taxa de crescimento industrial abaixo de zero, eu, agropecuarista, burro-de-carga brasileiro, me dou o direito de pensar em voz alta e o dever de me colocar publicamente contra este cafuné na cabeça dos miseráveis. Vocês não chegaram ao poder agora. Já faz nove anos, pense bem! Torraram uma grana preta com o FOME ZERO, o bolsa-escola, o bolsa-família, o vale-gás, as ONGs fajutas e outras esmolas que tais.

Esta sangria nos cofres públicos não salvou ninguém? Não refrescou niente? Gostaria que a senhora me mandasse o mapeamento do Brasil miserável e uma cópia dos estudos feitos para avaliar o quantitativo de miseráveis apurado pelo Palácio do Planalto antes do anúncio do BRASIL CARINHOSO. Quero fazer uma continha de multiplicar e outra de dividir, só para saber qual a parte que me toca nesta chamada de capital. Democracia é isto, minha cara. Transparência. Não ofende. Não dói.

Ah, antes que eu me esqueça, a palavra certa é PRESIDENTE.
Não sou impertinente nem desrespeitosa, sou apenas professora de latim, francês e português. Por favor, corrija esta informação.

Se eu mandar esta correspondência pelo correio, talvez ela pare na Casa Civil ou nas mãos de algum assessor censor e a senhora nunca saberá que desagradou alguém em algum lugar. Então vai pela internet. Com pessoas públicas a gente fala publicamente para que alguém, ciente, discorde ou concorde.
O contraditório é muito saudável.

Não gostei e desaprovo o BRASIL CARINHOSO. Até o nome me incomoda. R$2,00 (dois reais) por dia para cada familiar de quem tem em casa uma criança de zero a seis anos, é uma esmolinha bem insignificante, bem insultuosa, não é não, dona Dilma?
Carinho de presidentA da república do Brasil neste Momento, no meu conceito, é uma campanha institucional a favor da vasectomia e da laqueadura em quem já produziu dois filhos. É mais creche institucional e laica. Mais escola pública e laica em tempo integral com quatro refeições diárias. É professor dentro da sala de aula,
do laboratório, competente e bem remunerado. É ensino
profissionalizante e gente capacitada para o mercado de trabalho.

Eu podia vociferar contra os descalabros do poder público, fazer da corrupção escandalosa o meu assunto para esta catilinária.
Mas não. Prefiro me ocupar de algo mais grave, muitíssimo mais grave, que é um desvio de conduta de líderes políticos desonestos, chamado populismo, utilizado para destruir a dignidade da massa ignara. Aliciar as classes sociais menos favorecidas é indecente e profundamente desonesto. Eles são ingênuos, pobres de espírito, analfabetos, excluídos? Os miseráveis são. Mas votam, como qualquer cidadão produtivo, pagador de impostos.
Esta é a jogada. Suja.

A televisão mostra ininterruptamente imagens de Desespero social.
Neste momento em todos os países, pobres, emergentes ou ricos, a população luta, grita, protesta, mata, morre, reivindicando oportunidade de trabalho. Enquanto isto, aqui no País das Maravilhas, a presidente risonha e ricamente produzida anuncia um programa de estímulo à vagabundagem. Estamos na contramão da História, dona Dilma!

Pode ter certeza de que a senhora conseguiu agredir a inteligência da minoria de brasileiros e brasileiras que mourejam dia após dia para sustentar a máquina extraviada do governo petista.

Último lembrete: a pobreza é uma consequência da esmola. Corta a esmola que a pobreza acaba, como dois mais dois são quatro.
Não me leve a mal por este protesto público. Tenho obrigação de protestar, sabe por quê? Porque, de cada delírio seu, quem paga a conta sou eu.

Atenciosamente,
Martha de Freitas Azevedo Pannunzio
Fazenda Água Limpa, Uberlândia, em 16-05-2012"

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Apenas um Auto de Infração

História de Rodovia

Por volta das 21h40 do dia 02/12/2011, no Km 222,3 da BR 282 em Lages/SC, ocorreu um grave acidente envolvendo três veículos e um total de 6 (seis) pessoas das quais restaram, lamentavelmente, 1 vítima fatal e 2 feridos graves.

Em um dos veículos envolvidos, um utilitário Hyundai/Santa Fé, estavam quatro ocupantes, sendo 02 adultos e 02 crianças – irmãos gêmeos – de 4 anos de idade; os adultos que ocupavam os bancos dianteiros do utilitário sofreram ferimentos graves, ao passo que as crianças que estavam no banco traseiro foram retiradas do veículo completamente ilesas, “sem nenhum arranhão”, obviamente porque estavam, no momento do fato, devidamente protegidas pelos dispositivos de segurança exigidos pelas Resoluções 277 e 352 do Contran (cadeirinha).

O fato que pode ter sido decisivo para a preservação da vida dessas crianças, no entanto, aconteceu há cerca de um ano atrás, no dia 30/12/2010, às 15h57, no Km 224 da BR 282 (a menos de 2 km do local onde viria a ocorrer o fatídico acidente).

Conforme pode ser constatado no histórico de multas do veículo, este foi fiscalizado e autuado pelo PRF Charlie Golf (fictício), constando no campo descritivo da infração: TRANSPORTAR CRIANÇAS SEM OBSERVÂNCIA DAS NORMAS DE SEGURANÇA ESTABELECIDAS PELO CTB. É praticamente impossível não estabelecer uma conexão entre a intervenção do PRF C.G. naquele 30/12 e a conduta dos pais que – talvez temendo uma nova autuação pelo mesmo motivo – passaram a adotar a prática salutar que livrou-as sãs e salvas de um grave acidente.

Envio este relato para registrar o fato na forma como se deu e, principalmente, para congratular o meu colega PRF C.G. por tê-lo protagonizado, pois uma situação como essa não pode ser rotulada apenas como obra do acaso. Em nosso trabalho, ouvimos e/ou vivenciamos grandes histórias; histórias curiosas, alegres, tristes, e algumas que de tão fantásticas parecem improváveis.

Essa história carrega um pouco de tudo isso e por isso mesmo merecia ser contada. Finalmente, para aqueles que insistem em depreciar e criticar nosso trabalho, na maioria das vezes sem conhecimento de causa, por puro despeito ou por nada conhecerem de nossa profissão, podemos de forma descontraída responder: “Se com apenas 1 auto de infração foi possível salvar a vida de duas crianças, imagine quanto os mais de 160.000 autos de infração que foram extraídos em 2011 – apenas em Santa Catarina – poderão fazer!!!” … e isso que ainda nem contabilizamos as rondas, os auxílios, as orientações de trânsito, as escoltas, os comandos de saúde, o combate ao crime, as ações educativas, o APH em acidentes, o socorro a doentes,etc.

Um abraço, Echo Victor (fictício).

Imagem ilustrativa

Extraído do site Combate Ao Crime - com adaptações.

PRFoxxx

Dica: Saber Direito

Na minha (nada saudosa) época de preparação para os concursos, caso tenham lido as publicações iniciais do Blog Dentro da Viatura, já devem presumir que os recursos $ eram escassos. Quando iniciei meu intento de passar em um concurso público, a maior noção que eu deveria ter é que dentre as muitas dificuldades a serem superadas, a obtenção de material seria uma delas. Lá fui eu "garimpar" alguns sites/blogs e fazer uma triagem de material (PDF/MP3/Vídeo) e conseguir formar uma boa base para iniciar o processo de estudo sem ter que ficar a interromper a "toada" para preencher eventuais lacunas de conteúdo.

Para cada conteúdo específico eu criava uma pasta no computador e as ordenava de modo a facilitar o acesso à informação, otimizando, dessa forma, a concatenação de ideias/temas. Tudo era minimamente arranjado de modo a não repetir conteúdos (por exemplo, 2 PDFs com matérias idênticas) ou haver duplicidade de arquivos, inclusive porque eu tinha um PC "Lentium" e com baixa capacidade de armazenamento. Já nas pastas de material impresso, conteúdo por conteúdo devidamente etiquetadas, obviamente, pelo mesmo motivo da organização no PC.

Pode parecer preciosismo ou sinais de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), mas essa organização faz toda a diferença quando se pretende otimizar o processo e ter um ganho diferencial em relação ao universo de concorrentes. PS: incoerente com o meu discurso mesmo, pois sempre falo que o próprio candidato é seu único concorrente.

Considerado o fato de eu ser daquelas pessoas que tem uma assimilação visual (não sei como explicar isso tecnicamente) maior do que uma leitura de textos impressos, por exemplo, meu modal prioritário de estudo sempre foi o de vídeo aulas. Isso só fui descobrir quando eu consegui obter o conteúdo do curso preparatório da R2 Learning que algum abençoado disponibilizou numa comunidade do Orkut chamada Operadores do Direito. O benfeitor criou um HD virtual no 4Shared e armazenou dezenas (talvez centenas) de aulas em MPEG de média resolução, cujo download era plausível mesmo para quem tinha conexão de internet de baixa velocidade (128Kbps). Lá fui eu e mandei ver: baixei todas as aulas e organizei no PC; depois foi só montar um esquema e "devorar" aquelas aulas. Parecia até que eu estava no cursinho preparatório e ainda tinha um plus: eu podia ver e rever quantas vezes fosse necessário, porém o ônus de não ter o recurso de tirar dúvida... Por essas e outras é que eu complementava o estudo com discussões nos diferentes ambientes virtuais (Orkut/PCI/Correioweb).

Foi-se o tempo que eu tinha esse material e pude compartilhar com muita gente, apesar de muita gente me contestar alegando que isso era ilegal. Faça-se a ressalva de que nunca obtive qualquer lucro com a difusão do link do HD virtual, que estava lá na Operadores do Direito e vários outros fóruns para amplo acesso. A única coisa que lucrei foram agradecimentos por compartilhar informação.

Saindo um pouco dessa paranoia legalista, criei essa publicação exatamente para divulgar uma importante ferramenta para quem faz estudo do Direito, seja para se preparar para o Exame da Ordem, seja para Concurso Públicos.

Ressalte-se a importância da informação de domínio público, disponível a todos que queiram e possam acessar o Youtube, dentre outros diretórios de vídeos. "O mundo é feito de oportunidades" e triste é aquele que não tem acesso à informação... Já ao que tem acesso, não tem perdão! Deve ser nivelado por cima e cobrado com rigor. Portanto, concurseiros, adiante na tarefa e boa sorte.

Abaixo um vídeo como exemplo do canal Saber Direito - Youtube.

 

PRFoxxx

quinta-feira, 2 de maio de 2013

A Família

Família > fa.mí.lia
sf (lat família) 1 Conjunto de pessoas, em geral ligadas por laços de parentesco, que vivem sob o mesmo teto, particularmente o pai, a mãe e os filhos.
(Leia mais)

Era uma vez uma família constituída pelo pai, mãe e filho, praticamente uma trindade perfeita, ávida por viver, por viajar, por desfrutar das paisagens ao longo da rodovia, enfim, por percorrer esse mundão de meu Deus na cabine do caminhão que o pai usa para obter o sustento desse grupo definido no parágrafo anterior.
Lindo, não é? Sim, principalmente quando pensamos pela ótica da vida.
Quando essa ótica é suprimida pela da ignorância, do egoísmo e da convicção de que o mal só acontece com os outros, constroi-se uma história de rodovia como a passada hoje numa Unidade Operacional qualquer, numa rodovia sem importância num país vizinho ao Brasil.

Caminhão carregado com 46 toneladas de Arroz, mais o peso próprio de aproximadamente 22 toneladas, mas poderia muito bem ter Peso Bruto Total Combinado (PBTC) de 74 toneladas, que é o limite regulamentado para essa Combinação de Veículos de Carga (CVC - Bitrem 9 eixos). Um tanto "pesadinho" para um corpinho de uma criança de 7 anos suportar quando for atirada para fora da cabine no caso de uma colisão, tombamento, ou ainda uma frenagem brusca, não acham? Então, é isso que pode acontecer com ocupante de um veículo que viaja sem cinto de segurança; não por não estar usando, mas sim por não possuir o veículo o dispositivo, que é equipamento obrigatório.

Espantoso? Sim, grande parte dos caminhoneiros fazem modificações na configuração original do interior do veículo, transformando parte do assento em "cama", por conseguinte, removem também o cinto de segurança que eventualmente seria usado pelo passageiro, mas que agora não tem mais função de existir, já que o banco foi removido. Nada contra a instalação/conversão em cama, pois é tendência de todo ser humano médio buscar o conforto. Só que o que muitos desses motoristas fingem não entender é que a cama é para ser utilizada tão somente quando o veículo estiver estacionado, para seu merecido descanso noturno (às vezes diurno). Dessa forma, quando opta-se por extinguir o banco do passageiro, consequentemente abre-se mão de qualquer possibilidade de transportar passageiro, principalmente por não haver solução/alternativa para realizar a viagem garantindo a segurança.

E foi basicamente isso que motivou um "show" de lamentações neste fatídico dia de fiscalização da PRF. Condutor alegando que sempre viajou com a família naquelas condições e que era um absurdo ser impedido de exercer o direito de ir e vir; esposa reclamando e ironizando o sentido da fiscalização, como se aquela intervenção policial não tivesse propósito significativo; criança vítima da negligência dos pais; policial legalista e consciente da importância do ofício de prevenir acidentes de trânsito e poupar vidas, lavrando auto de infração e aplicando medida administrativa; sociedade ingrata por não gostar de ser fiscalizada pelo tentáculo da administração pública por ela outorgado a agir quando essa mesma sociedade arranjou-se em democracia republicana.

Fim... com choro, mas com vida. Com trabalho cumprido, com histórias contadas sobre vidas poupadas!


Numa relação de pai para filho deve existir necessariamente o amor. Quem ama cuida, quem cuida usa e exige dos filhos o Cinto de Segurança.

PRFoxxx

O sol nasce para todos

O sol nasce para todos, mas só brilha para poucos... já dizia Gabriel, o Pensador!
Não existe (ou não deveria existir) frase mais óbvia na cabeça de qualquer concurseiro. Alguém que não sabe pensar assim, não deveria ter a audácia de começar a estudar, pois correrá sérios riscos de perder tempo/dinheiro ou se frustrar absurdamente.

Concurso não é para quem quer, é para quem está disposto a ocupar um cargo público para servir a sociedade. Costumo falar que quem pensa só no dinheiro ou no status, está fadado ao fracasso; não posso ignorar que, apesar disso ser uma regra, infelizmente há exceções. Dessas exceções prefiro nem tratar agora, pois atribuo a elas todo o estigma do serviço público, que é o estereotipado "funcionário público", coçador de saco, encosto, estorvo, e quaisquer outras características ruins que você possa pensar. (desculpem o linguajar de baixo calão, mas sejamos realistas)
A esse tipo, prefiro deixar o meu desprezo, pois não compensa gastar vela boa com defunto ruim.

Sobre os que se dispõe a ocupar um cargo/função pública por convicção, altruísmo ou ideologia, todo o meu respeito, pois não é fácil para uma pessoa que estudou uma vida inteira, de repente se prestar a exercer um ofício muitas vezes ingrato, ou ainda que carregue um ranço histórico de "trabalho sinônimo de ineficiência", como é o serviço público. Abra-se um parêntese: quem disse que na iniciativa privada tudo ocorre dentro dos conformes? Quem demonstrará que uma estrutura enxuta de uma empresa, por exemplo, de 50 funcionários terá maior índice de eficiência do que a máquina pública colossal de um país continental como o Brasil? É querer demais que o serviço público, sobremaneira o federal, funcione a contento, uma vez que ele é feito por gente; gente que é boa ou ruim de serviço, onde quer que ela trabalhe.

Tende-se a criar uma expectativa de que todo servidor público é, de certa forma, diferenciado, uma vez que para ser efetivo, deverá obrigatoriamente ter passado por um rigoroso teste, que é o concurso público. Aí que vem o X da questão: passar em concurso não é necessariamente uma tarefa completada pelos melhores profissionais ou pelos mais inteligentes. : porque nem todos os "melhores profissionais" tem interesse no serviço público em função dos rendimentos fixos, geralmente menores do que os da iniciativa privada. porque nem todos os mais inteligentes saberão como passar numa prova.

Entrar num certame é mais do que pagar a inscrição e comparecer no dia da prova. Costumo dizer que é como na auto escola: ser aprovado no teste de direção não é garantia de saber dirigir, pois isso só se aprende com o passar do tempo, vivendo, praticando. Passar no concurso é saber como fazer a prova, é conhecer a banca, é saber quais são os propósitos dos examinadores, é não cair nos "peguinhas"!

Dominar o conteúdo não basta. Ter habilidades diversas, cultura ampla, ser aplicado nos estudos, ter preparo psicológico e estar bem fisicamente na ocasião de realização da prova são requisitos cruciais na aprovação. Muito além disso, várias outras características são essenciais na tarefa e não tenho propriedade para discorrer sobre elas, mas posso afirmar que de um universo de atributos essenciais ao concurseiro, poucos tem sido trabalhados a contento por uma pequena parte dos candidatos e é isso que tem levado à aprovação dos nem sempre "melhores" para ocupar os cargos. O que quero dizer com isso? O candidato pode se sentir apto para o cargo, imaginar que "nasceu para aquilo", mas na hora H, quem preencherá a vaga é um concorrente não tão "apto" para a função, mas que foi melhor no que se propôs: fez prova melhor e "ganhou" a vaga!

Trazendo para o caso concreto, obviamente que ninguém nasce com o dom de ser polícia, mas no dia-a-dia a gente vê quem "serve para o trabalho" e quem não tem muita aptidão para a coisa. Habilidades se desenvolvem, mas estar afinado com o ritmo do trabalho e execução da atividade não é para todos. Os que não são muito "afins" com a tarefa, certamente não serão rejeitados ou mesmo menosprezados, mas se pudéssemos ter um quadro efetivo composto só com policiais de verdade¹, talvez funcionássemos melhor como órgão, ou melhor, otimizássemos a prestação de serviço para a sociedade. Com um pouquinho mais de presunção: fôssemos exemplo para outros órgãos...

Por fim, o que digo sempre: se quer entrar pelo dinheiro ou pelo status de portar uma carteira funcional e andar armado, sugiro que nem tente. A PRF precisa de policiais, não de atores ou personagens de Fantástico Mundo de Bob. Serviço policial é realidade; ao mesmo tempo que é vida, pode ser morte; com isso não se brinca. Andar armado e lidar com trânsito/criminalidade, exige pés no chão, coragem e disciplina.

Aviação PRF/DOA Divisão de Operações Aéreas - Brasília/DF

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¹ - Policiais de verdade: esqueça o "Rambo". Para mim quem executa a tarefa prezando pela sua segurança e da equipe, sem ostentar um rótulo ou carregar brevês pendurados no uniforme, trabalhando com humildade e eficiência é um policial de verdade.


PRFoxxx