Há algum tempo ouvi uma história mais ou menos assim:
Um sujeito estava em sua casa, próxima a um grande rio, quando começou uma enchente.
Primeiro apareceu um vizinho alertando-o da necessidade de desocupar o imóvel. Ele negou e ainda rebateu: meu Deus é poderoso e não permitirá que nada me aconteça.
Já com água atingindo quase que o teto, apareceu um barco da Defesa Civil e ofereceu remoção. Com a mesma negativa, o homem permaneceu na casa.
Por último, quando ele já se encontrava sobre o telhado e agarrado firme com sua bíblia, apareceu um helicóptero do Corpo de Bombeiros e desceu um soldado em uma escada, estendendo-lhe a mão. Recusou e tornou a afirmar: meu Deus é poderoso e não permitirá que nada me aconteça!
Alguns minutos depois aquele homem morreu afogado, pois não sabia nadar e sua bíblia não serviu como boia!
Ao ter uma conversa com Deus perguntou: meu Deus, oh meu Deus, sempre fui tão temente a ti e na hora que mais precisei, tu me abandonaste.
Não, meu filho, nunca te abandonei e nunca abandonarei sequer um filho meu. Sabe aquele vizinho, aquele oficial da Defesa Civil e por último aquele Bombeiro que foram oferecer ajuda? Sim, era eu me manifestando de diferentes formas para que você pudesse se salvar...
Pois bem, essa história para mim não tem cunho religioso e me desculpem se assim fiz parecer; todos que me conhecem de verdade sabe que não trato religião dessa forma simplória e até tive receio de parecer minha publicação algo como "propagandismo religioso".
Muito pelo contrário, só fiz essa introdução para contar algo que se passou ontem quando eu vinha para o plantão e tentar fazer um paralelismo com a situação bizarra visualizada por mim.
Uma senhora que viajava na poltrona imediatamente a minha frente possuía uma Bíblia Sagrada; vez ou outra pegava e lia pequeno trecho; logo após deixava o livro no parapeito da janela, escorado pela cortina.
Olhei aquilo e vi a história que contei acima:
O motorista ao entrar no ônibus, dentre as várias recomendações dadas aos passageiros, está o alerta de obrigatoriedade do uso do cinto de segurança.
Dentre os muitos avisos afixados no separador de cabine de motorista/passageiro, está um informe acerca das obrigações do passageiro, dentre elas a de uso do cinto de segurança.
Já no encosto de cabeça, há um revestimento com escrituras das proibições e obrigatoriedade do uso de cinto de segurança.
É nessa hora que olho para aquela senhora ali, com sua bíblia já desgastada de tanto uso, viajando SEM O CINTO DE SEGURANÇA.
Simples notar o paralelismo das histórias.
Vai ser preciso que quantas pessoas mais morram até que todo o mundo aprenda que a "obrigação do fazer por parte do cidadão em virtude de lei" não existe por acaso? Infelizmente foi necessário que o legislador (ironicamente colocado lá pelo povo) criasse essa obrigação para que o cidadão tivesse a necessidade de cuidar da sua própria vida, mas nem assim as pessoas aprendem!
Chega a ser surreal a ignorância das pessoas. Não vou me cansar de vir aqui tratar o tema e, se possível, passar adiante a ideia de podemos ter um trânsito seguro.
PRFoxxx
Fantástico o texto. Tbm me indigno com essas coisas...
ResponderExcluirComo pode as pessoas, em pleno 2014 não darem a importancia do cinto de segurança...
Humanos fazendo humanices... =/
Ótimo texto, como sempre!
ResponderExcluirDe fato é incrível como muita gente não respeita regras bem simples.
ResponderExcluirCostumo dizer que até me esforço pra entender pq uma pessoa não leva o capacete (tem gente que acha que vai assanhar o cabelo, deixar fedorento, etc, etc), mas deixar de colocar o cinto, que já tá ali do lado, sinceramente...
Descobri este blog por acaso, estava na internet buscando um pouco de motivação ( estudo pra PRF, estou me preparando pra 2015 ) e logo de cara gostei muito do que vi. Parabéns pelo blog. Minha motivação se renova cada vez que leio uma de suas postagens. Abraço.
ResponderExcluirPaulo Silveira.
Paulo Silveira, muito obrigado pela visita e pelo comentário. Mais ainda pela consideração. Estou na torcida aqui por você. Bons estudos!
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