domingo, 20 de janeiro de 2013

A preparação física

Bom, já falei do cursinho, já falei da rotina de estudos em casa, mas não posso esquecer a preparação física, que é uma fase concomitante aos estudos.
Já alertado pelos mais experientes e já tendo lido um bocado na internet sobre o assunto, concluí que não seria suficiente iniciar um treinamento físico somente após passar na prova teórica. Não quer dizer que não acredite que seja possível a pessoa conseguir atingir os índices do TAF ao iniciar o treinamento somente 1 mês antes, por exemplo, mas é que eu há algum tempo não fazia exercícios com regularidade, pois quando a faculdade foi chegando ao fim, cada vez era mais "apertado" conciliar o estágio e as disciplinas, cada dia mais "puxadas". Do 1º semestre ao último, era notável a redução do meu condicionamento físico. Para quem pedalava muito e jogava futebol no início de 2000, agora em 2007/2008 a minha única atividade física era levantamento de copo (rs).
Brincadeiras à parte, eu tinha consciência que deveria cuidar mais da saúde e praticar uma atividade física regular se quisesse um dia passar num TAF para um concurso da área policial. Já pensando na real possibilidade de passar na prova teórica e consequentemente ir para a o TAF (Teste de Aptidão Física), mais uma vez recorri à minha irmã para que pudesse custear um pacote anual de academia para mim.
Já embalado nos estudos e confiante de que eu era um candidato em potencial (sem nenhuma prepotência, eu apenas acredito em mim SEMPRE), entrei na academia no final do mês de Janeiro/2008 determinado a aprender a correr. Isto mesmo, apesar de eu nunca ter sido sedentário, sempre ter praticado diversos esportes, eu nunca tinha praticado corrida/jogging/cooper. Prova disso foram as primeiras atividades na esteira. Considerado o fato de eu ter visto alguns editais de TAF e saber que o da PRF seria "no mínimo" 2000 m em 12 minutos, lá fui eu ver no que dava, mesmo sabendo que não conseguia correr esse intervalo de tempo ininterruptamente; hoje eu acho moleza, mas antigamente era surreal pra mim. Com o acompanhamento de um professor, iniciei no seguinte esquema: correr 2 minutos (8Km/h) + andar 3 minutos (6Km/h) vezes 4, ou seja, 20 minutos de esteira no 1ª dia: quase morri! Condicionamento físico quase zero e fui para a casa depois preocupado ao extremo, com medo de NUNCA conseguir atingir os 2Km/12 minutos. MAS como eu não encaro uma tarefa para desistir, mentalizei uma data (10/04/2008 - próximo ao meu aniversário) para atingir o índice mínimo do TAF.
Com o passar dos dias, realizando fortalecimento e exercícios aeróbicos, atingi um condicionamento satisfatório a tal ponto de conseguir correr 30 minutos sem parar, o que me deu uma empolgação incrível. Passei então a mesclar os treinos de corrida no seguinte esquema: dia 1 - intenso em curto período (12 minutos à maior velocidade que eu pudesse); dia 2 - corrida mais longa (chegava a 1 hora sem parar, velocidade reduzida) e dia 3 - descanso/regeneração. Eis que antes de chegar o mês de Abril eu já estava correndo mais de 2000 m/12 minutos. A felicidade era notável pela minha evolução além do que eu mesmo imaginava. Quando a gente faz uma coisa com vontade, a satisfação do resultado alcançado é inigualável.
Foram meses de preparação na academia, evoluindo a cada dia, mantendo bem o peso e com condicionamento físico apurado, mas com a desconfiança daqueles que me perguntavam: "mas como você está treinando para o TAF se nem passou na prova teórica ainda?" Aí é que está a grande sacada da coisa: se eu fosse viver de "SE", estaria fadado ao fracasso. Como sou precavido, me condicionei para que caso eu passasse na prova teórica, já estaria pronto para a nova etapa. O máximo que poderia acontecer era eu não ter passado na prova teórica e não ter ido, por conseguinte, ao TAF; porém eu teria cuidado da minha saúde, conhecido muita gente bacana, enfim, vivido... no fim das contas "tudo vale à pena".
Na próxima postagem comentarei das provas teórica/física/saúde/psicotécnico; aí verão o arremate para essa temática de "preparação física" e sucesso em concurso.

PRFoxxx

7 comentários:

  1. Concordo plenamente com essa ideia de "curtir a viagem", ou seja, não fazer o treinamento físico pensando apenas no FIM, mas sim no MEIO, em tudo que ele pode te trazer de bom.

    Comecei a me preparar pra fazer TAF em março de 2012, já tô há 10 meses correndo 3x por semana, o que melhorou muito vários aspectos da minha vida, que não consigo nem listar aqui.

    Sem dúvida nenhuma é imprescindível começar a se preparar pro TAF, de forma séria, comprometida e regular, pelo menos 6 meses antes. Mas ainda acho que o ideal mesmo é começar 1 ano antes.

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  2. Olá!
    Em primeiro lugar, quero parabenizar sua iniciativa. Ajudará muitas pessoas que querem concursos para área policial.
    Eu fiquei com uma dúvida: você se preparou para o TAF correndo somente na esteira da sua academia ou você fez uma transição para a corrida na rua/pista?
    Vc poderia contar um pouco como foi essa transição ou é assunto para um futuro post seu? hehehe


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  3. Karla, no começo foi só academia. Depois de uns 3 meses, já tendo aprendido técnicas de posicionar os pés (apontados para frente p/ não dar "canelite") e braços, passei a correr na rua. Onde eu morava tinha um bom calçadão em uma rodovia (DF 001) que dava para praticar a corrida sem que houvesse muitos obstáculos. Na rua a coisa era mais "prática", ou seja, vento contra, sol na cabeça e a seca deixavam esse humilde iniciante mais "rústico" (rs).
    A transição foi benéfica, pois sumiu aquele tédio de correr em academia, além de ter incrementado a rusticidade supracitada. Isso só tende a beneficiar o candidato, uma vez que na ocasião de realização do TAF a gente deve esperar sempre o pior quanto a condições climáticas, de piso e etc.
    Hoje corro sempre na rua (apesar de estar proibido pelo ortopedista em função de uma lesão no joelho) e não me vejo mais sem esse hábito.

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    1. Olá!
      Obrigada pela resposta!
      Esqueci de dizer: sou do DF, moro no Riacho Fundo 1. A DF 001 é o famoso Pistão, não é? hehehehe

      Eu tive um problema no joelho em 2011. Tive uma ruptura parcial em um ligamento e agora tenho receio de correr na rua enquanto não me sentir segura. Já tenho corrido a cerca de três meses na esteira da academia e sinto bastante diferença. Como agora estamos no período chuvoso, fica um pouco chato sair nas ruas para correr.

      Estou me preparando para o concurso da PMDF, cuja prova objetiva será no dia 24 março (sem data para o TAF).
      Vou te seguir no twitter!

      Obrigada pela atenção,
      Abraços!

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  4. Bom dia temos algumas dúvidas.
    Sobre o conteúdo de primeiros socorros: Seria bacana fazer um curso de socorrista ou de resgate e salvamento?
    Técnicas de defesa pessoal vc faria curso de vigilante?
    OU focaria só nos estudos e taf e deixaria para o curso de formação?
    É verdade ou mito q qqr um desses cursos aumentaria sua pontuação no curso de formação?

    Obrigada

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    1. Janprf Prf, vamos por partes:
      Para os estudos relativos ao conteúdo de primeiros socorros, eu ACHO dispensável que se faça um curso de APS, mas obviamente que se voce o fizer, estará mais familiarizado com o conteúdo/teor e poderá compreender melhor do que se estivesse somente "comendo livros".
      Sobre TDP (Técnica de Defesa Policial), isso a gente aprende o mínimo suficiente no CFP (Curso de Formação Profissional/PRF) para ser aprovado; ninguém sai de lá capacitado para ser um instrutor, por exemplo. Para a preparação do concurso, também é dispensável, uma vez que não será exigido no TAF. Como exaurimento, você poderia sim fazer um curso de defesa pessoal para chegar com um plus no CFP, mas seria mero preciosismo.
      É importante estar com o conteúdo programático e condicionamento físico para o TAF. Tudo que seja relativo ao CFP, deixe em segundo plano, a princípio. Primeira coisa é passar nas provas.
      Sobre um desses cursos influenciarem no CFP no que diz respeito à pontuação, é mito. No CFP todo mundo é número, todos são alunos, independente de quaisquer status quando eram candidatos, ou seja, não importa se é graduado em Corte e Costura, se veio do Exército Brasileiro, se foi legionário ou qualquer outra coisa. A pontuação do CFP é estritamente ligada ao desempenho nas provas teóricas e práticas, considerando ainda o fato de que ele é etapa somente eliminatória do concurso, não classificatória como em outros cargos, como APF, por exemplo.
      Obrigado pela participação. Caso tenha mais dúvidas, estou à disposição para tentar saná-las. Desculpe se não entendi suas questões ou se não fui claro na resposta.
      Att. PRFoxxx

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  5. Muito obrigada por sanar as minhas indagações. Vou continuar comendo os livros. Logo, logo seremos colegas de profissão. Mesmo sem t conhecer, eu me inspiro em vc e nas suas histórias para continuar sempre na luta!
    Rumo a PRF!
    "Achei" seu blog e twitter pelo @SagaFederal.
    Já estou t seguindo tbm. Meu twitter: @janprf (já bem sugestivo rs)

    Obrigada mais uma vez

    Att, JanPRF

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