quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Vida "pré-concurso"

Tudo começou quando eu nasci... Ops, vamos pular uns 26 anos e ir "direto ao ponto" como eu sempre gosto de dizer.
Chegando ao fim da minha graduação (que não foi em Direito) vislumbrei as oportunidades de emprego cada vez mais longe, mais "minguadas" e entrei então num dilema: partir para uma pós graduação/mestrado ou investir no estudo para passar num bom cargo público? Para quem sempre pregou que iria trabalhar na iniciativa privada, chegava ser antagônico falar que começaria a estudar para concursos; mas entre ser incoerente empregado ou mais um "coerente" na estatística, lá fui eu para os estudos.
Viver em Brasília e ver os cursinhos disputarem pontos comerciais com os bares para mim era uma constante; eu estava na "terra dos concursos" e não tinha para onde correr. Metralhado por editais e mais editais, eu tinha que ter um foco... e eu tinha: o bendito concurso da P.R.F.!
Desde a prova de 2004, que minha irmã insistiu para que eu fizesse, eu já imaginava que o próximo poderia ser a minha chance. Em 2007, eu já na esperança da vinda do tão sonhado edital, comecei meus estudos. Mas antes: como começar sem ter a mínima noção do que é um concurso público, do que é um edital?
Desempregado, contei com a preciosa ajuda da minha irmã, que custeou 3 meses de cursinho para mim (e também fez o preparatório). Lá fui conhecer o mundo das provas e "provas e títulos", que muita gente não sabia discernir uma coisa da outra, incrivelmente. Recebi 2 apostilas imensas da Vestcon (valeu a grana que paguei, ops, minha irmã pagou no cursinho), daí comecei a estudar de manhã no cursinho e a tarde em casa. Durante esses 3 meses de cursinho PM-DF/PRF aprendi o suficiente para pegar o fio da meada e continuar os estudos sozinho em casa.
Montando uma rotina - agora era "eu por mim e Deus na causa". Sim, rotina! Concurseiro tem que ter rotina, pois sempre que me perguntam qual o segredo do meu sucesso, eu aponto a REGULARIDADE. De posse de um bom material impresso, fui "garimpar" a internet na busca por material grátis (tratarei disso num artigo à parte, depois atualizo essa postagem com o link); ajustei um cantinho na casa com boa iluminação e ventilação, montei um set com músicas variadas (só consigo estudar ouvindo música) e deixei o violão "tinindo" para que eu pudesse abraçá-lo e dar umas boas relaxadas frequentemente. Ufa, parece fácil, mas não é! A primeira parte da preparação para os concursos é "se estudar" a ponto de conseguir um limiar razoável de estabilidade para estudar. Sendo mais objetivo: você terá que conhecer seu ambiente (meu caso: meia-luz, som, sem telefone, com internet, sem conversa), seu período (o meu era o matutino), seu modal (prefiro ler no computador e ver vídeo-aulas), sua alimentação e saúde (eu comia bastante e praticava academia) para conseguir chegar num ponto ideal. Essa é a MINHA "receita de bolo", que varia de pessoa para pessoa. Tem gente que passa horas por dia em salas de estudo no cursinho, por exemplo, julgando ser o ideal para elas (apesar de eu achar que esse tipo de gente nunca passará em concurso, como já vi "n" casos), então a dica é: SE CONHEÇA.
Partindo para o "papiro" - depois de um bom tempo juntando material e entrando em fóruns de discussão sobre o assunto "PRF" (é importante para trocar material, discutir conteúdo, esclarecer dúvidas, etc) como PCI Concursos, Comunidade Concurso PRF do quase finado Orkut e até mesmo a Faixa de Gaza, digo, fórum do Correioweb (maior concentração de terroristas do mundo), lá fui eu me concentrar nos estudos. Em 2008 eis que surge o tão sonhado "Concurso da PRF". Antes de partir diretamente para o assunto, não posso deixar de contar que participei de outros certames, sendo o 1º deles o do Ministério da Agricultura, onde me classifiquei em 83º (foram chamados 64 analistas), tendo ficado a 1,5 pontos de estar entre os 32 (vagas iniciais). Nessa ocasião pensei comigo: "sou fracassado? Não, sou um candidato em potencial!". Depois disso fiz STJ (entre os 1500 para cargo nível médio), TJDFT (de fora por 2 pontos para analista), TST (de fora por 1 ponto para analista) e um outro para o Ministério da Agricultura - nível médio.
Ainda dentro do assunto "vida pré-concurso" dá para contar que antes da efetiva realização do Concurso PRF 2008 houve a suspensão da prova 1 semana antes de sua realização por conta de indícios de fraude junto à realizadora, que é uma instituição do RJ (NENHUMA, eu disse, nenhuma instituição do RJ tem credibilidade para fazer provas de concursos; e não é bairrismo). É, eu estava com o conteúdo na ponta da língua, digo, da caneta, mas quando a gente se propõe a fazer uma prova de concurso, está sujeito a acontecer uma dessas. Foi exatamente nesse tempo de suspensão que fui fazer outros concursos, desviei um pouquinho do foco e acabou dando certo resultado. Classificado em 3º para analista e 27º para técnico no concurso do INSS; 19º para analista e entre os 200 primeiros para técnico no DFTrans; 1º colocado para Fiscal no IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária). Até que rendeu bem, mas o objetivo ainda não havia sido atingido: faltava a PRF!!! No final de 2008 eis que surge a tão sonhada prova e lá fui eu... retomei o conteúdo com tudo e "mandei ver". Como o texto já está grande demais e a história é bem peculiar, fica para uma próxima postagem.

Obrigado pela paciência de ter lido toda a saga, digo, o início dela...

PRFoxxx

8 comentários:

  1. Salve salve!! Iniciativa sensacional. Você não tem ideia do quão importante é conhecer esse caminho. Tenho em mente algo parecido quando estiver nos quadros do DPRF. Parabéns! Conte comigo.

    Abs,

    @SagaFederal

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  2. É interessante esse período inicial de descoberta do mundo dos concursos. A nomeação e posse que inicialmente parecem realidades tão distante se tornam palpáveis mediante disciplina e perseverança.

    Parabéns.

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  3. To na briga também. Obrigado pelo incentivo. @tiagorsa

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  4. Muito Legal... parecido comigo... mas tive problemas com uma prova fisica de oficial da PM-SC, que mudou totalmente a minha vida, e apesar de estar num cargo publico legal hoje, ainda vou passar na PRF, já que este é o meu destino, e nos conheceremos lá, amigo.

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    1. Cristiano, uma satisfação saber que temos mais um futuro companheiro a ler o Blog. Como deve ter percebido, a única motivação de vir aqui publicar é ver o impacto que isso causa naqueles que tem o objetivo de ingressar numa força policial. Te esperamos na PRF.
      PS: sobre oficial da PM/SC, seu concurso foi o de 2012? Meu sobrinho fez, se classificou dentro das vagas tendo apenas 22 anos (o mais novo dentre os classificados), mas foi eliminado no exame médico, que foi o gargalo para eliminarem "coincidentemente" todos os candidatos classificados que não eram catarinenses. Obviamente deduzimos que esse concurso é de carta marcada para validar uns praças ou então os "peixes" dos oficiais. Conte-nos como foi seu caso.
      Abraço

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Meu Deus! To me vendo nesse texto seu!

    Conheci o blog ontem. Ainda não deu tempo de ler tudo e como eu queria um blog sobre a PRF, de alguém que falasse sobre a PRF.
    Não deixe de postar.
    Um abraço

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  7. Oi!!! blz.
    Estou adorando seu blog e esse post qq é isso!!!
    Continue assim, compartilhando essas pérolas!!
    Sempre estarei aqui marcando ponto!!!
    ah uma dúvida: o que vc acha dessa polêmica toda em torno da exigência de barra dinâmica na pf e estática na prf? vc tem alguma técnica especial para a barra e para a natação?
    E como era a relação dos homens em relação às mulheres, rolava algum preconceito ou era tranquilo? e no trabalho atualmente?
    Abs

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