segunda-feira, 30 de março de 2015

Não se mova!

Poderia muito bem ser uma voz de comando no caso de uma abordagem policial, mas não foi. Era uma enfermeira a falar com a vítima de um acidente de trânsito que ali no leito do hospital se queixava, talvez um delírio por conta dos fortes analgésicos, talvez numa reação do corpo que agora não mais estava íntegro.
O velho Chico encontrava-se imobilizado com colar cervical e talas nos 4 membros, mas não era por isso que não conseguia sequer levar as mãos até o rosto para se coçar ou erguer sua cabeça que apoiava-se sobre a parte rígida da prancha do resgate.
Chico há poucos minutos atrás estava pilotando sua motocicleta de retorno para casa. Sua origem: incerta, mas com certeza era oriundo de um reduto provido de bebida alcoólica. Da sua origem até o ponto de colisão é impossível prever com quantos veículos ele tenha "cruzado", mas naquele ponto da rodovia federal havia uma lombada; mal sinalizada, mas não impossível de ser vista, a não ser que o condutor estivesse com suas faculdades normais atenuadas por aquela droga legalizada (que só tem tal status porque gera receita para os cofres públicos). Nessa hora, veículo + velocidade resultam em vôo. Não foi um voo solo, Chico encontrou Barnabé, também adepto à geração de receita estatal na forma de ingestão de algumas garrafas de cerveja enquanto saboreava uma galinhada com sua família. Barnabé saía da cidade e se dirigia a sua humilde residência. Era "só ali", não tinha porque não beber, afinal de contas, é fim de semana e todos tem o Direito de se divertir (entenda-se: Direito de Dirigir Bêbado). Barnabé não só presenciou o voo de Chico, mas dele fez parte. Teve seu veículo autopropelido atingido pelo planador de Chico, sendo vitimado com lesões leves na face inclusive pela ausência do cinto de segurança (afinal de contas, ele só ia ali, não precisava usar o dispositivo para cuidar da sua vida/integridade física). Ah Barnabé, quem imaginaria que a 100m de casa você e Chico teriam um contato tão íntimo? Como você poderia imaginar que mesmo estando embriagado, encontraria um mais embriagado ainda que quase o levou para o outro lado para prestar as contas com O Altíssimo?
Barnabé, dessa vez você se safou; mas e se não tivesse sido possível? E se além da multa de aproximadamente R$ 2.000,00 o senhor tivesse que despesa funerária com algum dos seus familiares que estavam no veículo, será que teria escrito aquela falácia na declaração prestada em formulário oficial para confecção de Boletim de Acidente de Trânsito? Lá no cabeçalho desse documento o senhor leu (e foi alertado) que as informações prestadas são de inteira responsabilidade do declarante? Responsabilidade é exatamente o que o senhor não teve quando afirmou "eu jamais teria a maldade de por minha família em risco e a vida de terceiros". Barnabé, o senhor ingeriu bebida alcoólica e dirigiu; está tão embriagado que não consegue perceber a incoerência?
Chico, vou parar de falar com o Barnabé, porque entre bêbado e bêbado, quem está aqui nessa maca no hospital é você! A esposa que entrou gritando desesperada pela recepção foi a sua! A filha adolescente inconsolável não está ilesa como a do outro envolvido no acidente!
Acorda Chico! Aqui quem está na enfermaria sou eu, um policial que há 2 anos sofreu um grave acidente de moto e que teve uma segunda chance dada por Deus para continuar firme sobre as 2 pernas, com os 2 braços funcionais, para seguir realizando meu trabalho de evitar, inclusive, esse tipo de acidente que te vitimou. Acorda Chico! Eu sou um só, nós PRFs somos poucos. Há menos de 1 hora levamos preso um outro condutor embriagado que também poderia ter se matado, mas teve a sorte de ser preso e pelo menos mais uma noite teria garantida.
Acorda Chico! Olhe para o lado e veja seu irmão chorando; que seu sobrinho que coça o seu rosto o faz porque você não conseguirá mais fazê-lo. Aguce sua audição para ouvir lá fora sua esposa gritar que irá contigo "até para o inferno", mas ela te quer de volta. Você ainda não morreu para ela te querer de volta, mas ela quer o Chico inteiro, e não mais o terá, Chico. Você está tetraplégico!

Relato de um policial chocado em atendimento de acidente, inconformado com o Direito de Dirigir Bêbado, impotente diante de tragédias corriqueiras causadas pela hipocrisia da sociedade, pela covardia dos legisladores e pela falta de ciência humana da fragilidade desse corpo efêmero.

PRFoxxx

quinta-feira, 26 de março de 2015

Quem sai junto, chega junto

História de rodovia: Quem sai junto, chega junto

Uma frase que usamos comumente aqui na polícia e que infelizmente não é conhecida e praticada pela a classe dos caminhoneiros, nossos "companheiros" de trecho.



O distinto profissional da boleia tem pouca ou nenhuma noção dos perigos aos quais está sujeito quando embarca no seu meio de transporte. Haverá quem diga que estou errado, visto que só tenho 6 anos de pista e a grande maioria com quem lido diariamente tem um tempo muito superior a isso de labuta nas rodovias Brasil afora. Aí eu pergunto: se eles são tão cientes dos perigos, porque continuam dirigindo como loucos destemidos matando e morrendo cada dia mais? Provocando ou se envolvendo em acidentes cada vez mais violentos/graves e danosos? Se os veículos tornam-se mais potentes a cada "geração" e a frota cresce em Progressão Geométrica, os cuidados ao dirigir não deveriam acompanhar esse aumento, proporcionalmente? Mas o fato é que isso não acontece.


Diversas são as hipóteses para que o caminhoneiro se torne cada dia menos cuidadoso e mais "violento" no trânsito, mas na minha análise de hoje vou tocar em 2 pontos: o estigma da impunidade e o aumento da auto-confiança. Para o caso prático, trarei um exemplo de flagrante cotidiano na Unidade Operacional onde trabalho: transitar com veículo com lotação excedente - caminhão. O tema foi sugerido por um excelente colega, companheiro de equipe e grande amigo, que além de Policial Rodoviário Federal é Pedagogo de formação e ministra palestras de Educação para o Trânsito.

Da Infração

O caso em tela é simples de ser visualizado não só por nós da fiscalização, mas por qualquer pessoa que utilize as rodovias e tenha o mínimo de sensibilidade e atenção ao se olhar no interior da cabine de um caminhão, sobretudo os de maior porte (Carreta, Bitrem/rodotrem), quando em movimento: de forma geral, esses veículos (cavalos-tratores) são providos de somente 2 bancos com cinto de segurança, por conseguinte, só transportam 2 ocupantes, incluído o motorista. A depender da extensão da cabine, poderão ter ainda a "cama" fixa atrás desses bancos. Outros realizam a modificação dessa cama abrangendo o espaço do banco do passageiro, ou seja, elimina-se a possibilidade de transporte de outro ocupante além do motorista. Desse fato deriva-se a infração de trânsito de Transitar com o veículo com lotação excedente [Infração ao Art. 231, Inciso VII da Lei 9.503/97 - Código 6858-0], Natureza: Média + Pontos: 4 + Valor: R$ 85,13.

Das implicações

O fato de um veículo transitar com ocupantes além do comportado, implica necessariamente na situação de estar este ocupante sem cinto de segurança, ou seja, vulnerável a quaisquer eventos adversos, desde uma frenagem brusca ou colisão, cuja inércia que pode fazer com que esse ocupante venha a ser projetado e sofra lesões graves/morte; até mesmo situação mais gravosa como um tombamento, onde inevitavelmente esse ocupante será projetado para baixo da cabine/carroceria e na maioria dos casos terá resultado morte.

Das medidas administrativas

Para a infração verificada, há a previsão legal de realização de transbordo, ou seja, a eliminação desse excesso, que ficará a critério dos atores em questão. Geralmente são encaminhados no transporte coletivo ou pegam carona com amigos/familiares.

O enredo

Com a vivência da rodovia, verificamos que grande parte dos caminhoneiros autuados por incorrer nesta infração (que a legislação trata como média, mas que para nós aplicadores da lei e responsáveis por prevenir mortes, é de gravidade imensurável) está em viagem com a família, sobremaneira em época de férias escolares. Historicamente se vê falar na vida solitária do caminhoneiro, que deixa a família em casa e sai para o trecho sem saber dia e hora de voltar. Guardado o fundinho de verdade, aqui na realidade essa regra não se aplica absoluta, vez que estamos numa região "fonte" de caminhoneiros, onde muitos dos locais realizam suas viagens em âmbito local, pequenos trechos e acabam não entrando nessa regrinha acima. Ainda por isso, resolvem encher o caminhão com esposa e filhos e sair para fazer um passeio enquanto executam um frete ida e volta de no máximo 1 dia. É aí que mora o problema: essa auto-confiança de que o "só ali" (trecho curto, baixa duração) elimina o risco é enganosa. Muitos dos acidentes que atendemos é de gente que ia "só ali pertinho" ou do que estava chegando em casa, já sob efeito do relaxamento natural de que "está mais perto do fim e não deu nada até aqui"... Um segundo ponto é o maldito câncer brasileiro: a impunidade. Impunidade não no sentido de crime (mas bem que poderia ser), mas na faceta da infração administrativa. Os caminhoneiros sabem que somos poucos policiais para cobrir um longo trecho, somado ao fato de termos um amplo leque de atribuições, eles dolosamente incorrem em infração não acreditando que serão flagrados e quando o são, tentam se esquivar como bons brasileiros (covardes) que são.

De hoje

Às 11:20 horas desta data o sagaz guarda que não sente fome e não se incomoda com o sol de 40º na moleira estava defronte a Unidade Operacional fiscalizando quando visualiza um caminhão do tipo bitrem com vários ocupantes dentro da cabine. Ao ser abordado, o condutor disse estar com a família... Verificação da cabine: 4 ocupantes, dentre eles uma criança de idade entre 4 e 5 anos, que viajava sobre a cama, sem qualquer dispositivo de retenção (frise-se que para a Res. 277/08 Contran não há obrigatoriedade de uso de "cadeirinha" nesse tipo de veículo); uma das passageiras sem cinto de segurança, que também viajava sobre a cama; a outra passageira utilizava o banco e cinto de segurança. Autuação pela infração ao Art. 231 do CTB e Medida Administrativa de transbordo realizado.
Foi fácil visualizar? Sim, então agora faça um esforço e imagine esse veículo seguindo viagem e se envolvendo em um acidente de trânsito do tipo tombamento? Consegue ver aquela senhora e aquele garotinho sofrendo os efeitos da inércia e sendo esmagados por um veículo de 23.000Kg (vazio), considerada ainda a potencialização da velocidade? Acho que nem precisa detalhar mais o cenário, pois essa cena só nós somos obrigados a ver quando somos acionados e vamos até o local lavrar o Boletim de Acidente de Trânsito e só, pois não há atendimento/resgate nesses casos...

Como sempre, se posso evitar, para que deixar passar? E há quem diga que a fiscalização de trânsito é "fábrica de multas". Para essas pobres mentes nanicas, deixo o meu testemunho de mais uma história de rodovia que me deixa cheio de orgulho de ter poupado vidas, de ter visto pelo vidro lateral de um automóvel de passeio que veio realizar o transbordo, o sorriso daquela criança que foi embora em segurança graças à nossa intervenção.


PRFoxxx

quarta-feira, 25 de março de 2015

Cadeirinha maldita

Pudera eu ter a capacidade de levar ao maior número de pessoas possível o brilhante artigo intitulado Apenas Um Auto de Infração, mas como sou um mero "guarda" que paga de blogueiro e tem um número limitado de leitores, continuo a realizar minha fiscalização de trânsito diária tendo como uma das prioridades a prevenção de acidentes/manutenção na vida, sobretudo quando se trata de crianças.
Foi numa dessa que no plantão anterior, já quase no seu fim, resolvi ficar ali do lado de fora do Posto PRF e eis que, de repente, vem uma caminhonete cuja passageira do banco dianteiro ostenta sobre seu colo uma criança, como se uma bolsa fosse.
Obviamente dei sinal de parada, prontamente atendido pelo condutor. Senhor distinto, bem vestido, educado ao ser interpelado, mostrando-se "conformado" ao ser abordado por este agente, mostrando-se nada surpreso ao ver que "a casa caiu". Lúcido acerca da gravidade de sua conduta, apesar de não ser ele a ostentar a criança desprotegida, mas tinha a noção de que o condutor assume solidariamente a responsabilidade, visto que ela é inerente a todos os ocupantes do veículo.
Até esse momento, nada de novidade, até que ao ser informado da necessidade de cumprimento da Medida Administrativa prevista em Lei - 9.503/97 o CTB e Resolução Contran 277/08 - entra em cena a passageira, sua esposa, que poderia muito bem passar-se por uma ariranha em defesa da cria. Ops, aos gritos essa senhora tentava mostrar para os agentes de serviço que aquela autuação seria absurda, sem importância, meramente impeditiva de exercício do Direito de Transportar seus filhos da forma como ela achava segura, ignorando toda forma de estudos técnicos desenvolvidos até hoje para garantir a segurança dos ocupantes dos veículos, seja no que determinou a obrigatoriedade do cinto de segurança (o qual ela não usava), seja na previsão de dispositivo de retenção adequado para os menores de 7,5 anos.
Necessidade de afirmar seu repúdio a qualquer forma de regras sociais? Vontade de afrontar o conhecimento técnico do agente fiscalizador? Confirmação da sua falta de habilidade maternal (visto já ter um filho preso por diversos crimes, dentre eles tráfico de entorpecentes)?
Acredito ser uma mistura de tudo isso com uma pesada dose de prepotência de gente chucra, que acredita que acidentes só acontecem com os outros.
Debaixo de seu saiote e blusa de manguinhas moda evangélica, quase uma Burca, aquela senhora ignorou todos os princípios cristãos que seu marido prega e ela tenta estampar que os segue, praguejou contra a minha pessoa e de forma implícita, desabonou a função social do nosso trabalho.
Quase morri de preocupação! Não pelo que ela fez conosco, mas sim por ver que das lições oferecidas pela vida, aquela pobre senhora nada aproveitará.
Tranquilo porque fiz minha parte, mas desesperançoso por saber que não lhe bastou um filho enjaulado, quer aplicar aos outros dois a pena de morte no trânsito.

PS: texto agnóstico. Respeito todas as religiões/crenças, não respeito é gente ignorante que subestima inteligência alheia e invoca religião/religiosidade para se esquivar de obrigações e negar princípios dos quais diz ser seguidor(a).

PRFoxxx

quarta-feira, 4 de março de 2015

Tudo por um Like

Ordem judicial não se contesta, se cumpre.
Somos Polícia, somos legalistas, somos pela coletividade.
Você não é polícia, você é livre para agir e arcar com as consequências de seus atos, você é individualista e não entende o que é coletividade. Você faz vídeo de uma ação legal e tenta inventar um gancho para tripudiar daqueles que te fazem andar no eixo.
Policial: Por que você faz isso, cidadão?
Zé povinho: Por uns likes no Facebook, senhor! Meus amigos vão curtir. Meus parças vão te criticar injustamente, mas o que importa é que eu vou ser popular na rede...


Não cabe a nós no exercício do dever julgar legitimidade da greve dos caminhoneiros; nossa opinião fica dentro do peito revestida por nossas convicções ideológicas e políticas.
Não cabe a você nos taxar de servos cegos desse governo, pois o governo passa e a Polícia Rodoviária Federal fica. Se Deus assim permitir, meu emprego também fica (porque eu cumpro o que está na lei e as ordens emanadas pela autoridade judicial, a quem - diferente de mim - cabe julgar as condutas).
Parabéns ao colega Silvanei que fez abordagem padrão do manifestante irritadinho e alarmista (figura banalizada no país dos Direitos e nenhum Dever), não o ameaçou (como ele alega) e ainda se fez impor para cessar qualquer intento de inversão de ônus.

PRFoxxx

Quebra essa aí - Parte II

Cada dia que passa mais me enoja estar num país de covardes, onde ninguém quer se sujeitar à lei, que inclusive é de sua responsabilidade, uma vez que cada um de nós vota nesses mentirosos para ocupar o cargo de legislador (culpa cíclica).
Uns reclamam das Leis, alguns dizem desconhecê-las, outros simplesmente a ignoram; não por ingenuidade, mas sim por pura hipocrisia de imaginar que só deve se aplicar aos outros, conforme sua conveniência.
O vídeo abaixo ilustra bem a tentativa de esquiva de um infrator (para não falar um palavrão) diante de uma abordagem policial séria, preventiva, necessária e legal.
Bendito seja o agente da Lei que ainda acredita que pode fazer sua parte e mudar essa triste realidade de um país onde se privilegia o errado, invertendo-se sempre o ônus para quem aplica a lei, como se desse caos culpado fosse. O que o infrator não entende e o esclarecido reluta em aceitar, é que não estamos aqui por acaso ou somente pelo salário (defasado): é para proteger vidas.
Proteger vidas para o agente público não é somente parar um veículo e dizer "bom dia senhor; documentos do veículo e habilitação, por gentileza". É fazer o que a lei manda (Ato Administrativo Vinculado), do contrário seremos penalizados e perderemos o emprego (crime de prevaricação). É abordar o seu veículo para fazer fiscalização de trânsito completa, entrevistá-lo, fazer identificação veicular e busca minuciosa em caso de mínima suspeita, pois o policial ainda não tem bola de cristal para saber com quem está lidando. Bandido e infrator sabem quem somos, tanto pela viatura ostensiva parecendo uma árvore de Natal, quanto por essa farda quente e com um soutache bordado nosso nome em letras garrafais (para você filmar e colocar na rede social para tentar nos ridicularizar).
Antes de levantar o dedo para nos apontar qualquer erro numa abordagem, lembre-se que o nosso trabalho é exatamente acessar as suas falhas como cidadão, cutucar a sua ferida de conduta deformada por má criação e formação intelectual deficiente; somos o remédio amargo dessa sociedade doente. Não reclame da polícia que tem, pois a polícia vem depois da sociedade, para "cuidar" dela, e não o contrário. Cada povo tem o policial que merece. Se está tudo certo, sai agradecendo e parabenizando a abordagem, como não raro é aqui na pista. Agora se está errado, aí meu amigo (amigo uma ova, policial não tem amigo, só críticos e invejosos), aguente os rigores da lei: suporte o peso da multa (que são leves, por sinal) ou segure seu choro dentro do corró da viatura.


PRoxxx

Anti-heróis

Acredito que o vídeo abaixo seja autoexplicativo, mas para quem caiu de paraquedas vai a dica:
Essas imagens foram gravadas no Km 755 da BR163 no município de Sorriso em Mato Grosso, um dos primeiros "focos" da greve dos caminhoneiros que se espalhou pelo Brasil.
Na minha última publicação deixei claro a distorção do intento inicial dos protestos, que era reagir ao comando desordenado do país, com alta de combustíveis que inviabilizam os fretes, dentre outros motivos. Chegou um momento em que a sociedade cada dia mais animalesca partiu para a selvageria, desrespeitando os próprios colegas de trecho, ignorando quaisquer valores morais humanos. Aí eu pergunto: que legitimidade têm esses protestantes agora?


A seguir farei upload de mais vídeos onde está provado por A+B que esse país tem tudo para continuar ladeira abaixo, sem rumo e sem freio.


PRFoxxx