Caro Jornalista Carlos Lindemberg,
Confesso que causou-nos estranheza ouvir o seu comentário equivocado, na rádio Itatiaia, acerca do manifesto dos policiais militares, de maneira pacífica, como deve ser, pelas ruas que patrulhamos, quando da perda de um companheiro que, diariamente, como tantos outros, se sente inconformado, ao carregar sobre os ombros e n’alma a perplexidade de todas as mazelas e injustiças sociais, ao enfrentar a contumácia criminosa e o comodismo ético, politicamente correto! Nós,Polícias Militares,temos sido, não indisciplinados ou sem controle, efetivamente, temos sido sim, o instrumento vivo, resistente e estimulador da proteção social. Ainda, mais, multipresentes ao socorrer as pessoas na comunidade. Temos o Direito de ter Direitos. Até de vocalizar nossas indignações,não somos obrigados a ficar calados, nós também temos opinião própria. O que fizemos não foi só motivado pela dor, nem tampouco, pela Polícia Militar, mas, sobretudo, pela sociedade, a qual servimos, protegemos e doamos nossa vida, como o destemido Sd André. E, diga-se de passagem, essa mesma sociedade já está farta de tanta impunidade. Equivoca-se ao afirmar que ameaçamos mais do que protegemos. Diante de sua retórica cerebrina, asseguramos-lhe que não exigimos respeito da sociedade ,pois, esta sociedade, já nos respeita, falamos dos cidadãos de bem, esses estão habituados a contar conosco, quando outros órgãos do Poder Público não se fazem presentes ou se mostram impotentes ou inoperantes, por conseguinte, estamos imunes a essa desfaçatez. Ficamos, volto a afirmar, perplexos, não esperávamos isto de você, que é de indubitável saber e profundo reconhecimento no âmbito midiático e social. Pois, se nossa manifestação pousada que foi, na dor da perda de um “irmão” de farda, de profissão e sustentada por concepções de nítido arejamento democrático, em busca de justas mudanças é motivo de “aviso” ou “alerta”. O que dizer, quando as pessoas colocam faixas nas ruas da zona sul de BH, pela perda de uma vida, em razão da virulência de bandidos. Isto é aceitável e não há o mesmo ponto de vista. Por quê? Não somos uma coisa. Somos “gente como as outras”. Cidadãos diferentes, sim! Mas, só na missão que escolhemos. No seu caso é melhor contribuir do que nós criticar. Confessamos que de você esperávamos melhor reflexão e contribuição. Que Pena, não foi isto que ouvimos!
Ten Cel Alberto Luiz Alves
PRFoxxx
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