Lendo hoje aqui uma notícia não pude deixar de publicar minha opinião de mero "guarda que fica pagando de polícia na questão ambiental"; se bem que eu posso, uma vez que o único órgão no país que realiza fiscalização ambiental contínua é a PRF...
O caso em tela expõe uma realidade nua e crua do MT: os responsáveis pela fiscalização e cumprimento dos instrumentos jurídicos de proteção ao meio ambiente são flagrados no cometimento de infrações ambientais. Até aí nada de tão bizarro, já que na terra de ninguém vigora o seguinte ditado: manda quem pode (quem tem dinheiro), obedece quem tem juízo.
Acontece que a principal "porrada" nesse caso vem exatamente do presidente da Comissão de "Meio Ambiente" da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Sr. Dilmar Dal Bosco. Eis que o ilustre senhor em questão já mostrou-se reiteradas vezes como defensor do "setor madeireiro", que ele insiste em pregar como verdade, ser o verdadeiro gerador de riqueza e força produtiva do Mato Grosso. Ora, para quem veio do sul com as ideias neocolonialistas (mentalidade retrógrada colonial), não se podia esperar nada diferente de uma postura anticonservacionista, na qual os fin$ justificam os meios.
Explanando brevemente sobre esse senhor, já se pronunciou diversas vezes contra o trabalho dos órgãos de fiscalização usando a tribuna da casa legislativa como palanque para seu populismo que subestima a inteligência dos cidadãos matogrossenses. Num dos episódios chegou a soltar a balbúrdia de que a "Polícia Rodoviária Federal sai da rodovia federal para perseguir o setor madeireiro" e que esse tipo de ação causa mendiância no referido setor produtivo (não exatamente com essas palavras), como se ilegítimo fosse o trabalho de combate aos crimes ambientais, sabedores somos ainda que no caso de Flagrante Delito o povo PODE e o agente DEVE atuar, não cabendo juízo de valores quanto à circunscrição (episódio em questão refere-se a uma Força Tarefa da PRF pela Op. Defesa da Vida 2011 realizada nas rodovias vicinais em Sinop e região - Principal polo desmatador no estado, dentre os maiores do país). A polícia quando inerte leva porrada, quando trabalha está errada, nobre Deputado de fundados méritos de presidir respeitosa comissão?!
Não ficamos por aí, a chacota política é tão grande que o Sr. Blairo Maggi (ex-governador tratado como desenvolvimentista) está como presidente de comissão análoga, porém no Senado Federal. Nada de mal, uma vez que a figura em questão é o maior beneficiário individual historicamente na devastação do Bioma Amazônico e a transição de Cerrado no estado do MT. Dessa forma fundou um império impossível de se dimensionar e hoje recebe a tutela da perspectiva ambiental do país pelas mãos do representantes dos estados.
Seria cômico se não fosse trágico ter 2 legiladores, "representantes do povo", que labutam no próprio interesse (e de um grupinho de interesses escusos) presidindo comissões de meio ambiente em 2 casas legislativas. É Mato Grosso na vanguarda da inversão de valores sociais e ambientais! Culpa nossa por ter memória curta ou culpa do "ânimus fudendi" que se instalou no país por causa da velha política de "farinha pouca, meu pirão primeiro".
Sinceramente, fica difícil ter boas perspectivas acerca da política brasileira, mas estar aqui no olho do furacão tentando abanar com leque de papelão só me traz a visão do caos. Não que eu seja socialista, mas que o maldito dinheiro vai levar a humanidade para sua extinsão, ah se vai!
PRFoxxx
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Microconto #1
O "causo" de rodovia hoje é a a historinha de um sujeito que saiu do Paraná e correu Brasilzão afora fazendo seus fretes até chegar no país vizinho, digo, num estado Brasileiro chamado Pará. Lá carregou de madeira o seu caminhãozinho que usava para sustentar a família.
Acontece que nessa brincadeira de embarcar madeira do PA para SC ele entrou na fria de cair numa fiscalização de 2 sagazes "patrulheiros" que trabalham numa corruptela ao norte do MT, mas que não esmorecem na fiscalização.
Como os paranaenses mesmo dizem: "daí" que a sagacidade dos 2 "guaRRRdas" foi suficiente para caracterizar um conhecido golpe no transporte de madeira; "daí" que a dona da madeireira não contava com nossa astúcia; "daí" que o madeireiro se enrolou todo enquanto a "pobre" moça dormia em seu colchão recheado de dinheiro obtido com a usurpação descarada de recursos naturais.
Chega, senão o "microconto" se tornará uma longa explanação sobre a caracterização das fraudes no transporte de madeira que até o IBAMA morreria de inveja, pois é um órgão INERTE, com alguns servidores nem tão inertes assim, mas que vivem de consciência tranquila com patrimônio "compatível" com seu ordenado... a mesma consciência que um madeireiro tem.
Ah, deixa isso pra lá, no Brasil a importância que é dada aos crimes ambientais é pífia mesmo...
PS: dó do caminhoneiro? Nem um pouco. Você por acaso deixa entrar na sua casa ou no seu carro alguém que você não conhece? #AnalogiaPraQuemEntendeAnalogia
PRFoxxx
Acontece que nessa brincadeira de embarcar madeira do PA para SC ele entrou na fria de cair numa fiscalização de 2 sagazes "patrulheiros" que trabalham numa corruptela ao norte do MT, mas que não esmorecem na fiscalização.
Como os paranaenses mesmo dizem: "daí" que a sagacidade dos 2 "guaRRRdas" foi suficiente para caracterizar um conhecido golpe no transporte de madeira; "daí" que a dona da madeireira não contava com nossa astúcia; "daí" que o madeireiro se enrolou todo enquanto a "pobre" moça dormia em seu colchão recheado de dinheiro obtido com a usurpação descarada de recursos naturais.
Chega, senão o "microconto" se tornará uma longa explanação sobre a caracterização das fraudes no transporte de madeira que até o IBAMA morreria de inveja, pois é um órgão INERTE, com alguns servidores nem tão inertes assim, mas que vivem de consciência tranquila com patrimônio "compatível" com seu ordenado... a mesma consciência que um madeireiro tem.
Ah, deixa isso pra lá, no Brasil a importância que é dada aos crimes ambientais é pífia mesmo...
PS: dó do caminhoneiro? Nem um pouco. Você por acaso deixa entrar na sua casa ou no seu carro alguém que você não conhece? #AnalogiaPraQuemEntendeAnalogia
PRFoxxx
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
Trabalhar é preciso
Devem ter notado que há praticamente 10 dias que eu não publicava nada. Se não notaram é porque não são leitores assíduos, hahaha.
Falando sério, nesse período estive afastado por conta da participação em uma missão muito especial, que foi um Workshop para tratar de assuntos estratégicos para o Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Não vem ao caso comentar sobre o que foi tratado por uma simples questão de manutenção de segurança orgânica. Isso é uma coisa normal e que deveria, inclusive, ser aplicado à iniciativa privada. Não é nada de "assunto ultra secreto da NASA", mas vou direto ao ponto sobre os resultados.
Conseguimos êxito em tudo o que foi proposto e fomos além. Isso mostra que ali todos tinham compromisso com os objetivos; que querem e farão essa polícia funcionar, ainda que poucos gestores acreditem. Mostra ainda o elevado potencial e capacidade técnica dos envolvidos, que foram selecionados a dedo pelas coordenações, não por sermos uma "panelinha", mas sim como reconhecimento do nosso trabalho na pista. Nem todos os melhores estavam presentes, mas os que estavam presentes com toda a certeza estão entre os melhores.
Não estou fazendo auto propaganda, muito pelo contrário, fiquei lisongeado em participar e saí de lá com a melhor sensação do mundo, que é a de ver que todo o esforço foi reconhecido. Tenho pouco tempo de casa, mas sei que é nesse passo que se inicia uma longa e firme caminhada.
Para coroar a semana de planejamento estratégico, realizamos uma operação que contemplava os seguintes aspectos: Crimes Ambientais + Crimes Contra o Fisco + Combate ao Narcotráfico e Fraudes veiculares, mas sem ignorar as demais formas de criminalidade e infrações administrativas. Acho que nem precisa dizer que foi sucesso...
Crimes Ambientais
- Apreensão de produtos de caça: Jacaré e Tatu
- Apreensão de produtos florestais: carga de madeira nativa do Cerrado sem quaisquer documentações fiscais/ambientais
Crimes Fiscais
- Aparelhos eletrônicos
- Cosméticos/perfumaria
- Carregamento de cigarros (contrabando)
- Animais produto de comércio sem documentação fiscal
Fraudes Veiculares
- Documento falso
- Veículo recuperado
Dentre outras infrações penais e administrativas, o trabalho resultou em grande impacto para a fiscalização na região abrangida pela 2ª Delegacia PRF - Anápolis/GO.
O amplo leque de atribuições da PRF mostra como essa polícia é completa, composta por grandes profissionais e seres humanos.
Falando sério, nesse período estive afastado por conta da participação em uma missão muito especial, que foi um Workshop para tratar de assuntos estratégicos para o Departamento de Polícia Rodoviária Federal. Não vem ao caso comentar sobre o que foi tratado por uma simples questão de manutenção de segurança orgânica. Isso é uma coisa normal e que deveria, inclusive, ser aplicado à iniciativa privada. Não é nada de "assunto ultra secreto da NASA", mas vou direto ao ponto sobre os resultados.
Conseguimos êxito em tudo o que foi proposto e fomos além. Isso mostra que ali todos tinham compromisso com os objetivos; que querem e farão essa polícia funcionar, ainda que poucos gestores acreditem. Mostra ainda o elevado potencial e capacidade técnica dos envolvidos, que foram selecionados a dedo pelas coordenações, não por sermos uma "panelinha", mas sim como reconhecimento do nosso trabalho na pista. Nem todos os melhores estavam presentes, mas os que estavam presentes com toda a certeza estão entre os melhores.
Não estou fazendo auto propaganda, muito pelo contrário, fiquei lisongeado em participar e saí de lá com a melhor sensação do mundo, que é a de ver que todo o esforço foi reconhecido. Tenho pouco tempo de casa, mas sei que é nesse passo que se inicia uma longa e firme caminhada.
Para coroar a semana de planejamento estratégico, realizamos uma operação que contemplava os seguintes aspectos: Crimes Ambientais + Crimes Contra o Fisco + Combate ao Narcotráfico e Fraudes veiculares, mas sem ignorar as demais formas de criminalidade e infrações administrativas. Acho que nem precisa dizer que foi sucesso...
Crimes Ambientais
- Apreensão de produtos de caça: Jacaré e Tatu
- Apreensão de produtos florestais: carga de madeira nativa do Cerrado sem quaisquer documentações fiscais/ambientais
Crimes Fiscais
- Aparelhos eletrônicos
- Cosméticos/perfumaria
- Carregamento de cigarros (contrabando)
- Animais produto de comércio sem documentação fiscal
Fraudes Veiculares
- Documento falso
- Veículo recuperado
Dentre outras infrações penais e administrativas, o trabalho resultou em grande impacto para a fiscalização na região abrangida pela 2ª Delegacia PRF - Anápolis/GO.
O amplo leque de atribuições da PRF mostra como essa polícia é completa, composta por grandes profissionais e seres humanos.
P.R.Foxxx
Policial: anjo ou vilão
Em 2011 li um texto interessante publicado por uma colega em um fórum de internet e que se disseminou de forma espantadora, impressionante. Quando a conheci logo depois, comentei do impacto da publicação que até mesmo ela desconhecera; ficamos um tempo a conversar sobre o assunto e hoje vejo um paralelismo imenso entre o seu mote e a finalidade do meu blog. Transcrevo a seguir, sem edições, para que possam apreciar.
_______________________________________________________
Olá, eu sou uma Policial Rodoviária Federal! Quando entrei na minha amada instituição, a Polícia Rodoviária Federal, achei que eu fosse mudar o mundo, sabia? Não digo o mundo todo, mas achei que eu teria forças para fazer alguma diferença na sociedade. Eu sempre fui honesta e correta, e embora a sociedade pense que a maioria dos policiais são corruptos, baseada nos polici...ais que eu conheço e com os quais já trabalhei, vou parodiar o que uma famosa marca diz em sua propaganda: “os bons são maioria!”
Meu trabalho não é e nunca foi fácil. Meus amigos e familiares pensam que eu posso tomar um tiro, mas eu digo que é muito mais fácil eu ser atropelada em serviço ou bater a viatura do que tomar um tiro. Para minha felicidade, eu tenho um Deus maravilhoso que me protege e sempre me protegeu. Sim, eu já sofri acidentes no trabalho, foram três. Inclusive tenho um disco de titânio na minha coluna, mas Deus me livrou do pior.
A minha amada Polícia combate muitos crimes e é formada por muitas pessoas de boa vontade, tanto na área fim (a pista) quanto na área meio (a administração). Claro, como em todo lugar, também existem os preguiçosos, os vagabundos e os pilantras. Felizmente, muitos já foram expulsos da minha polícia e hoje podem pensar melhor no que fizeram. Injustiças também já aconteceram, como acontece em qualquer lugar.
Mesmo combatendo muitos crimes e evitando que toneladas de drogas e muitas armas e munições cheguem às mãos de traficantes todos os dias, o maior trabalho da minha polícia é salvar e proteger vidas. Milhares de colegas meus assumem seus plantões em várias rodovias do Brasil todos os dias. Muitos gostam mais de combater a criminalidade e apreender drogas, pois se sentem mais policiais assim, mas infelizmente passamos muitas horas trabalhando em atendimento de acidentes que poderiam ter sido evitados se o motorista brasileiro (generalizando) tivesse o mínimo de educação, bom senso e respeito às leis de trânsito.
Vocês podem estar pensado, “mas como um policial rodoviário federal salva uma vida?” e eu te respondo: nós salvamos vidas quando multamos! Infelizmente, nossa sociedade é movida pelo medo do castigo e da consequência, e não pelo desejo de fazer o certo, que é cumprir as leis de trânsito. Ora, se um motorista inconsequente vê uma viatura da PRF, ele não vai ultrapassar pela faixa contínua nem trafegar pelo acostamento, porque a multa é cara e dói no bolsinho dele. Mas veja bem, não somos deuses nem temos a pretensão de sermos, e somente Deus consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo. O que isso significa? Significa que enquanto uma equipe nossa está atendendo um acidente e outra está encaminhando um motorista bêbado para a delegacia, nosso trecho está “entregue às moscas” porque nunca haverá efetivo suficiente de policiais nas nossas rodovias!
Nosso maior problema não são os assaltantes, traficantes, homicidas, etc. Eles também são um grave problema, mas o nosso pior problema, o nosso calcanhar de Aquiles, é o famoso “cidadão”. Esse é o pior de todos! Cheio de direitos, mas sem nenhum dever, o “cidadão” pensa que pode beber e dirigir porque algum “adevogado” falou pra ele que ele não precisa “produzir provas contra si mesmo”, logo, não precisa soprar o bafômetro! E o pior de tudo é que nossos “ilustres” legisladores, que com certeza nunca perderam um ente querido no trânsito, aprovam leis cada vez mais frouxas para garantir o tão “precioso” direito do cidadão de não produzir provas contra si mesmo. Isso faz com que outros cidadãos percam direitos muito mais importantes, inclusive o direito à vida!
Nós, policiais, ficamos de mãos atadas face a toda a burocracia da nossa máquina estatal e toda a frouxidão de nossas leis. Sem falar que enquanto isso, estamos sendo observados, filmados e fotografados como animais em um zoológico. Sequer podemos ter algum vislumbre de sentimento, revolta e opinião. Imagine uma viatura paradinha no acostamento de uma rodovia atendendo um acidente e um caminhoneiro bêbado passa correndo com sua carreta, não consegue frear e o policial tem que se jogar no mato pra não ser atropelado. Quando o policial tem a sorte de sair ileso, ele não vai falar palavras doces para esse caminhoneiro. Sim, nós ficamos com raiva, também temos esses sentimentos “mesquinhos”. O policial que quase perdeu a vida, de repente é filmado e vai parar em algum jornal sensasionalista porque ofendeu os “direitos humanos” de um pobre motorista, um “cidadão de bem”, que não mata nem rouba por aí. Os papéis se invertem e o vilão da história passa a ser o mocinho, enquanto a verdadeira
vítima passa a ser o vilão.
Alguns policiais não têm a mesma sorte desses que levantam furiosos. Eles morrem. Suas famílias passam então a brigar na justiça por uma punição justa que nunca acontece. Algumas pessoas ainda pensam: “Ah, era só um policial, ele é pago pra correr riscos!” Nossa sociedade é tão hipócrita... quando querem barbarizar no trânsito, querem a viatura longe, mas se eles batem na mureta com o brinquedinho que eles usam pra correr, querem uma viatura ali, pra ontem! Nossa sociedade é tão hipócrita que nos chama de corruptos, mas na hora de tomar a multa já vão abrindo a carteira pra tentar nos subordar e depois ficam dando piti quando são presos por isso, chamam o “adevogado”, esperneiam, porque no fundo no fundo, amam os corruptos que aceitam uma “oncinha” e deixam eles ir embora.
Nosso maior vilão é aquele pai de família que vai viajar no feriadão, cheio de pressa e faz uma ultrapassagem mal feita porque não tem paciência nenhuma de esperar. Um segundo de decisão e uma vida inteira de arrependimento pela frente. Nosso maior vilão é aquele filhinho de papai (pode ser filhinho de deputado, de juiz, de banqueiro, de dono de emissora de televisão) que quando é abordado com seu cigarrinho de maconha no carro, liga logo pro papai que tenta tirar ele de mais um “probleminha”.
Também temos como inimigo ou amigo, dependendo das circusntâncias, a imprensa, que após um feriadão prolongado com muitas mortes no trânsito, vêm nos perguntar “mas o que houve?”. Ora, vá perguntar para seus leitores ou telespectadores o que houve! A maioria deles tem carro e viajou no feriadão. Boa parte dos acidentes foram causados por eles. Experimenta parar de hipocrisia e sensasionalismo e conta pra seus clientes, sua fonte de renda, que a culpa é deles!
O egoísmo tem sido nosso maior vilão. O motorista brasileiro é como uma criança mimada que acha que pode tudo, e que tudo tem que ser dele. O resto, ah...o resto que se dane! O anonimato que algumas pessoas adquirem dentro de seus possantes carros os deixam à vontade para descontar todas as suas frustrações e complexos. Eu, que achei que ia “mudar o mundo” quando entrei na polícia, hoje estou cansada, sem paciência. Nós, policiais, não vamos conseguir nada sozinhos. Enquanto a sociedade achar que somos seus “empregadinhos”, que somos inconvenientes na hora da multa, mas necessários quando são assaltados ou batem seus lindos carrinhos, não teremos forças para mudar nada. Não estou com isso, tirando nossa responsabilidade sobre a questão dos acidentes, mas afirmo novamente, sozinhos, não vamos conseguir!
Você, que hoje critica a polícia, preste atenção no que você está fazendo. Você que dirige em alta velocidade e atropela alguém, é um assassino sim. Você que bebe e dirije, também é um criminoso. Você que fuma teu “inocente” cigarrinho de maconha, financia o tráfico sim. Não vem com teu papinho cabeça de que é apenas um “usuário” porque pessoas morrem todos os dias por causa do teu uso “recreativo” de drogas.
Cidadão, antes da falar mal da polícia, pense no que VOCÊ está fazendo pela tua sociedade. Nem tudo o que você faz é tão inocente assim. Acorda e para de viver no teu mundinho egoísta. Assuma tuas responsabilidades e teus deveres antes de querer pensar em cobrar teus direitos. Seja homem suficiente, seja mulher suficiente. Dê educação para teus filhos, que amanhã estarão dirigindo por aí. Não jogue o peso da tua culpa em cima das costas de policiais que estão cada vez mais limitados pela legislação.
Autor: Letícia Zacca
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Olá, eu sou uma Policial Rodoviária Federal! Quando entrei na minha amada instituição, a Polícia Rodoviária Federal, achei que eu fosse mudar o mundo, sabia? Não digo o mundo todo, mas achei que eu teria forças para fazer alguma diferença na sociedade. Eu sempre fui honesta e correta, e embora a sociedade pense que a maioria dos policiais são corruptos, baseada nos polici...ais que eu conheço e com os quais já trabalhei, vou parodiar o que uma famosa marca diz em sua propaganda: “os bons são maioria!”
Meu trabalho não é e nunca foi fácil. Meus amigos e familiares pensam que eu posso tomar um tiro, mas eu digo que é muito mais fácil eu ser atropelada em serviço ou bater a viatura do que tomar um tiro. Para minha felicidade, eu tenho um Deus maravilhoso que me protege e sempre me protegeu. Sim, eu já sofri acidentes no trabalho, foram três. Inclusive tenho um disco de titânio na minha coluna, mas Deus me livrou do pior.
A minha amada Polícia combate muitos crimes e é formada por muitas pessoas de boa vontade, tanto na área fim (a pista) quanto na área meio (a administração). Claro, como em todo lugar, também existem os preguiçosos, os vagabundos e os pilantras. Felizmente, muitos já foram expulsos da minha polícia e hoje podem pensar melhor no que fizeram. Injustiças também já aconteceram, como acontece em qualquer lugar.
Mesmo combatendo muitos crimes e evitando que toneladas de drogas e muitas armas e munições cheguem às mãos de traficantes todos os dias, o maior trabalho da minha polícia é salvar e proteger vidas. Milhares de colegas meus assumem seus plantões em várias rodovias do Brasil todos os dias. Muitos gostam mais de combater a criminalidade e apreender drogas, pois se sentem mais policiais assim, mas infelizmente passamos muitas horas trabalhando em atendimento de acidentes que poderiam ter sido evitados se o motorista brasileiro (generalizando) tivesse o mínimo de educação, bom senso e respeito às leis de trânsito.
Vocês podem estar pensado, “mas como um policial rodoviário federal salva uma vida?” e eu te respondo: nós salvamos vidas quando multamos! Infelizmente, nossa sociedade é movida pelo medo do castigo e da consequência, e não pelo desejo de fazer o certo, que é cumprir as leis de trânsito. Ora, se um motorista inconsequente vê uma viatura da PRF, ele não vai ultrapassar pela faixa contínua nem trafegar pelo acostamento, porque a multa é cara e dói no bolsinho dele. Mas veja bem, não somos deuses nem temos a pretensão de sermos, e somente Deus consegue estar em vários lugares ao mesmo tempo. O que isso significa? Significa que enquanto uma equipe nossa está atendendo um acidente e outra está encaminhando um motorista bêbado para a delegacia, nosso trecho está “entregue às moscas” porque nunca haverá efetivo suficiente de policiais nas nossas rodovias!
Nosso maior problema não são os assaltantes, traficantes, homicidas, etc. Eles também são um grave problema, mas o nosso pior problema, o nosso calcanhar de Aquiles, é o famoso “cidadão”. Esse é o pior de todos! Cheio de direitos, mas sem nenhum dever, o “cidadão” pensa que pode beber e dirigir porque algum “adevogado” falou pra ele que ele não precisa “produzir provas contra si mesmo”, logo, não precisa soprar o bafômetro! E o pior de tudo é que nossos “ilustres” legisladores, que com certeza nunca perderam um ente querido no trânsito, aprovam leis cada vez mais frouxas para garantir o tão “precioso” direito do cidadão de não produzir provas contra si mesmo. Isso faz com que outros cidadãos percam direitos muito mais importantes, inclusive o direito à vida!
Nós, policiais, ficamos de mãos atadas face a toda a burocracia da nossa máquina estatal e toda a frouxidão de nossas leis. Sem falar que enquanto isso, estamos sendo observados, filmados e fotografados como animais em um zoológico. Sequer podemos ter algum vislumbre de sentimento, revolta e opinião. Imagine uma viatura paradinha no acostamento de uma rodovia atendendo um acidente e um caminhoneiro bêbado passa correndo com sua carreta, não consegue frear e o policial tem que se jogar no mato pra não ser atropelado. Quando o policial tem a sorte de sair ileso, ele não vai falar palavras doces para esse caminhoneiro. Sim, nós ficamos com raiva, também temos esses sentimentos “mesquinhos”. O policial que quase perdeu a vida, de repente é filmado e vai parar em algum jornal sensasionalista porque ofendeu os “direitos humanos” de um pobre motorista, um “cidadão de bem”, que não mata nem rouba por aí. Os papéis se invertem e o vilão da história passa a ser o mocinho, enquanto a verdadeira
vítima passa a ser o vilão.
Alguns policiais não têm a mesma sorte desses que levantam furiosos. Eles morrem. Suas famílias passam então a brigar na justiça por uma punição justa que nunca acontece. Algumas pessoas ainda pensam: “Ah, era só um policial, ele é pago pra correr riscos!” Nossa sociedade é tão hipócrita... quando querem barbarizar no trânsito, querem a viatura longe, mas se eles batem na mureta com o brinquedinho que eles usam pra correr, querem uma viatura ali, pra ontem! Nossa sociedade é tão hipócrita que nos chama de corruptos, mas na hora de tomar a multa já vão abrindo a carteira pra tentar nos subordar e depois ficam dando piti quando são presos por isso, chamam o “adevogado”, esperneiam, porque no fundo no fundo, amam os corruptos que aceitam uma “oncinha” e deixam eles ir embora.
Nosso maior vilão é aquele pai de família que vai viajar no feriadão, cheio de pressa e faz uma ultrapassagem mal feita porque não tem paciência nenhuma de esperar. Um segundo de decisão e uma vida inteira de arrependimento pela frente. Nosso maior vilão é aquele filhinho de papai (pode ser filhinho de deputado, de juiz, de banqueiro, de dono de emissora de televisão) que quando é abordado com seu cigarrinho de maconha no carro, liga logo pro papai que tenta tirar ele de mais um “probleminha”.
Também temos como inimigo ou amigo, dependendo das circusntâncias, a imprensa, que após um feriadão prolongado com muitas mortes no trânsito, vêm nos perguntar “mas o que houve?”. Ora, vá perguntar para seus leitores ou telespectadores o que houve! A maioria deles tem carro e viajou no feriadão. Boa parte dos acidentes foram causados por eles. Experimenta parar de hipocrisia e sensasionalismo e conta pra seus clientes, sua fonte de renda, que a culpa é deles!
O egoísmo tem sido nosso maior vilão. O motorista brasileiro é como uma criança mimada que acha que pode tudo, e que tudo tem que ser dele. O resto, ah...o resto que se dane! O anonimato que algumas pessoas adquirem dentro de seus possantes carros os deixam à vontade para descontar todas as suas frustrações e complexos. Eu, que achei que ia “mudar o mundo” quando entrei na polícia, hoje estou cansada, sem paciência. Nós, policiais, não vamos conseguir nada sozinhos. Enquanto a sociedade achar que somos seus “empregadinhos”, que somos inconvenientes na hora da multa, mas necessários quando são assaltados ou batem seus lindos carrinhos, não teremos forças para mudar nada. Não estou com isso, tirando nossa responsabilidade sobre a questão dos acidentes, mas afirmo novamente, sozinhos, não vamos conseguir!
Você, que hoje critica a polícia, preste atenção no que você está fazendo. Você que dirige em alta velocidade e atropela alguém, é um assassino sim. Você que bebe e dirije, também é um criminoso. Você que fuma teu “inocente” cigarrinho de maconha, financia o tráfico sim. Não vem com teu papinho cabeça de que é apenas um “usuário” porque pessoas morrem todos os dias por causa do teu uso “recreativo” de drogas.
Cidadão, antes da falar mal da polícia, pense no que VOCÊ está fazendo pela tua sociedade. Nem tudo o que você faz é tão inocente assim. Acorda e para de viver no teu mundinho egoísta. Assuma tuas responsabilidades e teus deveres antes de querer pensar em cobrar teus direitos. Seja homem suficiente, seja mulher suficiente. Dê educação para teus filhos, que amanhã estarão dirigindo por aí. Não jogue o peso da tua culpa em cima das costas de policiais que estão cada vez mais limitados pela legislação.
Autor: Letícia Zacca
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Esse país tem jeito?
Não é tão simples responder a essa questão, aliás, é impossível fazê-lo.
Hoje vou tentar passar por 2 pontos críticos do trabalho policial vivenciados na última semana.
Crime ambiental
Já há algum tempo tenho notado uma certa "teoria da conspiração" que toma o estado do Mato Grosso em todos os aspectos de fiscalização. Aqui, com pouco tempo de vivência a gente nota que tudo funciona em razão de "forças ocultas" que, por mais que a gente procure entender, a única certeza é a de que nunca seremos capazes de lutar contra. Trazendo essa "filosofada" para a realidade, deixo claro que o ÚNICO órgão de fiscalização ambiental efetiva do MT é a PRF. É a "maquininha" que está ali trabalhando todos os dias, incessantemente, ininterruptamente pra fazer com que o buraco negro da Amazônia seja menos gravoso. Ah, vem o IBAMA, PF, FNS e fazem um circo como foi em 2010 na Operação Defesa da Vida. E foi bem ali que já deu para ver que o negócio ia desandar. Forças de segurança com agentes de outros estados que não conhecem a região caíram de paraquedas aqui no norte para fazer um "pente fino" que mais pareceu rastel em campo aberto. Não se pode negar que renderam algumas apreensões, mas se formos avaliar o montante de produtos florestais, maquinários e etc apreendidos perto do que foi gasto e alardeado, a operação foi pífia.
Incomodaram uns poucos madeireiros que tentavam a todo custo retirar suas máquinas das áreas de desmate, embargaram umas madeireiras que em pouco tempo já tornavam a funcionar, geraram discursos hipócritas de uns e outros como o Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco (nada além do mais demagogo daquela casa, simplesmente um ridículo), mas no fim das contas, o Mato Grosso continuou a "Casa da Mãe Joana" (=baderna).
De lá pra cá a questão ambiental no estado tem regredido tanto, que recentemente veio o golpe de misericórdia, quando os "nobres" deputados estaduais, movidos por um clamor público (de meia dúzia de "trabalhadores do setor florestal", entenda-se como os maiores desmatadores da região norte) removeram a competência do INDEA/MT de fazer a classificação da madeira. Não vou entrar em detalhes, mas afirmo categoricamente que essa é a chave para o esgotamento de toda a madeira nobre (até mesmo as de 2ª linha) da maior floresta tropical do mundo.
Frustração: é essa a palavra que define o sentimento dos servidores aplicados na atividade fiscalizadora, dentre elas e preponderantemente ela, a PRF; formada por servidores interessados e acima de tudo qualificados para a atividade, alguns que até são monitores/instrutores de fiscalização ambiental; que realizam palestras e difundem conhecimento...
Não é fácil um policial estudar, estudar e estudar, depois vir para a pista ralar, escalar caminhão, comprar trena e lupa do próprio bolso para avaliar a carga; estudar (novamente) de forma minuciosa a legislação ambiental estadual e ver que isso tudo se esvai a partir do momento em que o próprio estado joga contra os interesses de um órgão fiscalizador que nele atua por ser FEDERAL. Sendo mais claro: os 2 estados que mais desmatam no Brasil, que são MT e PA, tem um sistema próprio para geração de Documentação de Origem Florestal. Ora, a quem interessa ser diferente de todo o Brasil, que usa a DOF como documento válido? Só aos madeireiros de MT e PA que usam a famigerada GF (Guia Florestal), cuja base de dados/sistema é alimentado pelo madeireiro. Porteira aberta para as fraudes!
Pausa para respirar, não quebrar a segurança orgânica e falar que a PRF, principalmente os agentes que fiscalizam madeira na Delegacia de Sorriso/MT, dominam todo o conhecimento acerca das fraudes documentais e acobertamento de créditos. Chega, se não vai parecer que estou fazendo auto propaganda (mas que a moçada é ninja, é!).
Narcotráfico
Discrepante do assunto anterior, mas na mesma ótica: até que ponto chegaremos em questão de criminalidade?
Mais recente ocorrência do plantão onde foram apreendidos 5Kg de Maconha com apreensão, por conseguinte, de 3 menores de idade e presa uma jovem de 20 anos, todos por associação para o tráfico e tráfico de entorpecentes (ainda não sabemos qual será o enquadramento dado por parte da autoridade policial). O que interessa é que foi feito um brilhante trabalho de policiais comprometidos com o serviço, que dão o sangue por ver o trabalho bem feito e não esmoreceram diante do alto grau de perigo e complexidade das ocorrências.
Ocorre que durante a condução dos detidos foi notado o descaso dos 3 menores de idade, enquanto a jovem de 20 anos sofria de "garganta seca" por saber que "a bronca ia cair no colo dela". Sim, as nossas leis favorecem a criação desses monstrinhos que com 15/16/17 anos já são chefes de quadrilha, como era um dos menores apreendidos ontem. Sabem, sem estudar o Direito, da inimputabilidade e de suas benesses. Quanto à maior de idade, ah, "dane-se, perder, perdeu, senhor", é assim que a gente ouve; isso sem contar a cara porca que uma das "santas" fazia, inclusive quando da apresentação à autoridade policial.
Acontece que o sujeito em questão já é reincidente no crime de tráfico de entorpecentes, tendo "passagem" ainda por porte ilegal de armas em ocorrência diversa. Já dizia minha mãe: "cobrinha criada!"
É esse o tipo de gente inescrupulosa que o país dos "direitos" dos bandidos está forjando, com um arcabouço jurídico penal que só foi feito para "compensar" erros históricos, mas que hoje em dia é uma mina inesgotável de injustiças e degradação social.
A grande questão
Quem desses sujeitos é o bandido mais perigoso da história, o sulista (predominantemente) que colonizou a região há 30 anos, esgotou os recursos naturais (que são pertencentes à coletividade) para ostentar hoje suas caminhonetes de centenas de milhares de Reais e "compram" o Mato Grosso, ou aquele jovenzinho neoescravizado pelos sulistas que julgam inferiores os migrantes nordestinos (predominantemente maranhenses, como era o caso de 3 dos 4 presos de ontem)?
O que mata mais, a Maconha que traz todos os crimes conexos (roubo, furto, sequestro, etc) ou os desmandos dos condutores das poderosas Hilux (dos madeireiros/agricultores Highlanders com sua blindagem mecânica e social) que voam baixo nas rodovias com o mesmo egoísmo e prepotência com que lidam com os que dividem suas vidas com eles, nessas pujantes cidades criadas com dinheiro sujo da madeira e da agricultura extensiva?
Não consigo responder, mas como bom ambientalista que sou e nunca abrirei mão da causa, já devem imaginar o quanto me afetam os crimes contra a coletividade, como os crimes ambientais.
Sou apenas um dos poucos e últimos que tentam com a ínfima oportunidade de 24horas a cada 72 de tentar fazer algo diferente, mas sinto as forças minarem; sinto às vezes vergonha um dia de já ter acreditado que o MT tem conserto e que eu podia fazer a diferença.
Sou novo ainda e quem sabe um dia, longe daqui, eu consiga ver que algo mudou para melhor, pois de momento só consigo acreditar que o PA e o MT são o estigma do Brasil que vende para o mundo a ideia de que aqui há preservação da Amazônia. Na verdade esses 2 estados deveriam se fundir e se apartar do Brasil.
Em relação aos projetinhos de narcotraficantes, continuaremos a fazer nosso trabalho incessante, enquanto houver crença de que podemos mudar algo nesse sentido. Infelizmente ainda nos depararemos com algumas pessoas como a da foto a seguir (menor de 16 anos apreendida ontem) que creem que a ilegalidade é aceitável, que há espaço para viver em paralelo ao regramento jurídico desse país, que por ser tão desigual, abre erroneamente espaço para esse tipo de "vida loka".
A toalha já foi jogada, resta agora cair no chão!
Para ver a matéria completa da apreensão de entorpecentes clique aqui.
PRFoxxx
Hoje vou tentar passar por 2 pontos críticos do trabalho policial vivenciados na última semana.
Crime ambiental
Já há algum tempo tenho notado uma certa "teoria da conspiração" que toma o estado do Mato Grosso em todos os aspectos de fiscalização. Aqui, com pouco tempo de vivência a gente nota que tudo funciona em razão de "forças ocultas" que, por mais que a gente procure entender, a única certeza é a de que nunca seremos capazes de lutar contra. Trazendo essa "filosofada" para a realidade, deixo claro que o ÚNICO órgão de fiscalização ambiental efetiva do MT é a PRF. É a "maquininha" que está ali trabalhando todos os dias, incessantemente, ininterruptamente pra fazer com que o buraco negro da Amazônia seja menos gravoso. Ah, vem o IBAMA, PF, FNS e fazem um circo como foi em 2010 na Operação Defesa da Vida. E foi bem ali que já deu para ver que o negócio ia desandar. Forças de segurança com agentes de outros estados que não conhecem a região caíram de paraquedas aqui no norte para fazer um "pente fino" que mais pareceu rastel em campo aberto. Não se pode negar que renderam algumas apreensões, mas se formos avaliar o montante de produtos florestais, maquinários e etc apreendidos perto do que foi gasto e alardeado, a operação foi pífia.
Incomodaram uns poucos madeireiros que tentavam a todo custo retirar suas máquinas das áreas de desmate, embargaram umas madeireiras que em pouco tempo já tornavam a funcionar, geraram discursos hipócritas de uns e outros como o Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco (nada além do mais demagogo daquela casa, simplesmente um ridículo), mas no fim das contas, o Mato Grosso continuou a "Casa da Mãe Joana" (=baderna).
De lá pra cá a questão ambiental no estado tem regredido tanto, que recentemente veio o golpe de misericórdia, quando os "nobres" deputados estaduais, movidos por um clamor público (de meia dúzia de "trabalhadores do setor florestal", entenda-se como os maiores desmatadores da região norte) removeram a competência do INDEA/MT de fazer a classificação da madeira. Não vou entrar em detalhes, mas afirmo categoricamente que essa é a chave para o esgotamento de toda a madeira nobre (até mesmo as de 2ª linha) da maior floresta tropical do mundo.
Frustração: é essa a palavra que define o sentimento dos servidores aplicados na atividade fiscalizadora, dentre elas e preponderantemente ela, a PRF; formada por servidores interessados e acima de tudo qualificados para a atividade, alguns que até são monitores/instrutores de fiscalização ambiental; que realizam palestras e difundem conhecimento...
Não é fácil um policial estudar, estudar e estudar, depois vir para a pista ralar, escalar caminhão, comprar trena e lupa do próprio bolso para avaliar a carga; estudar (novamente) de forma minuciosa a legislação ambiental estadual e ver que isso tudo se esvai a partir do momento em que o próprio estado joga contra os interesses de um órgão fiscalizador que nele atua por ser FEDERAL. Sendo mais claro: os 2 estados que mais desmatam no Brasil, que são MT e PA, tem um sistema próprio para geração de Documentação de Origem Florestal. Ora, a quem interessa ser diferente de todo o Brasil, que usa a DOF como documento válido? Só aos madeireiros de MT e PA que usam a famigerada GF (Guia Florestal), cuja base de dados/sistema é alimentado pelo madeireiro. Porteira aberta para as fraudes!
Pausa para respirar, não quebrar a segurança orgânica e falar que a PRF, principalmente os agentes que fiscalizam madeira na Delegacia de Sorriso/MT, dominam todo o conhecimento acerca das fraudes documentais e acobertamento de créditos. Chega, se não vai parecer que estou fazendo auto propaganda (mas que a moçada é ninja, é!).
Narcotráfico
Discrepante do assunto anterior, mas na mesma ótica: até que ponto chegaremos em questão de criminalidade?
Mais recente ocorrência do plantão onde foram apreendidos 5Kg de Maconha com apreensão, por conseguinte, de 3 menores de idade e presa uma jovem de 20 anos, todos por associação para o tráfico e tráfico de entorpecentes (ainda não sabemos qual será o enquadramento dado por parte da autoridade policial). O que interessa é que foi feito um brilhante trabalho de policiais comprometidos com o serviço, que dão o sangue por ver o trabalho bem feito e não esmoreceram diante do alto grau de perigo e complexidade das ocorrências.
Ocorre que durante a condução dos detidos foi notado o descaso dos 3 menores de idade, enquanto a jovem de 20 anos sofria de "garganta seca" por saber que "a bronca ia cair no colo dela". Sim, as nossas leis favorecem a criação desses monstrinhos que com 15/16/17 anos já são chefes de quadrilha, como era um dos menores apreendidos ontem. Sabem, sem estudar o Direito, da inimputabilidade e de suas benesses. Quanto à maior de idade, ah, "dane-se, perder, perdeu, senhor", é assim que a gente ouve; isso sem contar a cara porca que uma das "santas" fazia, inclusive quando da apresentação à autoridade policial.
Acontece que o sujeito em questão já é reincidente no crime de tráfico de entorpecentes, tendo "passagem" ainda por porte ilegal de armas em ocorrência diversa. Já dizia minha mãe: "cobrinha criada!"
É esse o tipo de gente inescrupulosa que o país dos "direitos" dos bandidos está forjando, com um arcabouço jurídico penal que só foi feito para "compensar" erros históricos, mas que hoje em dia é uma mina inesgotável de injustiças e degradação social.
A grande questão
Quem desses sujeitos é o bandido mais perigoso da história, o sulista (predominantemente) que colonizou a região há 30 anos, esgotou os recursos naturais (que são pertencentes à coletividade) para ostentar hoje suas caminhonetes de centenas de milhares de Reais e "compram" o Mato Grosso, ou aquele jovenzinho neoescravizado pelos sulistas que julgam inferiores os migrantes nordestinos (predominantemente maranhenses, como era o caso de 3 dos 4 presos de ontem)?
O que mata mais, a Maconha que traz todos os crimes conexos (roubo, furto, sequestro, etc) ou os desmandos dos condutores das poderosas Hilux (dos madeireiros/agricultores Highlanders com sua blindagem mecânica e social) que voam baixo nas rodovias com o mesmo egoísmo e prepotência com que lidam com os que dividem suas vidas com eles, nessas pujantes cidades criadas com dinheiro sujo da madeira e da agricultura extensiva?
Não consigo responder, mas como bom ambientalista que sou e nunca abrirei mão da causa, já devem imaginar o quanto me afetam os crimes contra a coletividade, como os crimes ambientais.
Sou apenas um dos poucos e últimos que tentam com a ínfima oportunidade de 24horas a cada 72 de tentar fazer algo diferente, mas sinto as forças minarem; sinto às vezes vergonha um dia de já ter acreditado que o MT tem conserto e que eu podia fazer a diferença.
Sou novo ainda e quem sabe um dia, longe daqui, eu consiga ver que algo mudou para melhor, pois de momento só consigo acreditar que o PA e o MT são o estigma do Brasil que vende para o mundo a ideia de que aqui há preservação da Amazônia. Na verdade esses 2 estados deveriam se fundir e se apartar do Brasil.
Em relação aos projetinhos de narcotraficantes, continuaremos a fazer nosso trabalho incessante, enquanto houver crença de que podemos mudar algo nesse sentido. Infelizmente ainda nos depararemos com algumas pessoas como a da foto a seguir (menor de 16 anos apreendida ontem) que creem que a ilegalidade é aceitável, que há espaço para viver em paralelo ao regramento jurídico desse país, que por ser tão desigual, abre erroneamente espaço para esse tipo de "vida loka".
A toalha já foi jogada, resta agora cair no chão!
Para ver a matéria completa da apreensão de entorpecentes clique aqui.
PRFoxxx
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Prisão de policiais
Trago hoje um assunto um tanto desconexo das postagens anteriores, mas motivado com alguns fatos recentes, resolvi escrever para fazer umas reflexões e deixar o assunto em pauta: a prisão de policiais.
Em que pese o fato histórico da corrupção dentro das instituições policiais, o que vem ao caso dessa vez é a ocorrência de outros tipos de crimes. Sem fazer juízo de valor, vou pontuar alguns casos e fazer observações que creio pertinentes.
Há relativamente pouco tempo vimos noticiado em rede nacional a prisão de vários PRFs que trabalhavam na unidade operacional de Sta Terezinha de Itaipu, pertencente à Delegacia de Foz do Iguaçu/PR. A prisão fôra realizada por agentes da PRF lotados na corregedoria do Paraná, em conjunto com agentes da co-irmã Polícia Federal. O caso em tela envolveu a prisão ainda de agentes da Receita Federal. Na ocasião veicularam-se imagens dos PRFs algemados, ainda uniformizados, já que o fato se deu em ocasião de plantão. Uma primeira questão para reflexão: até que ponto essa exposição é necessária?
De nenhuma forma quero aqui afirmar que não se deva dar publicidade ao ato, mas sim, que tornou-se uma exposição desnecessária, como se os louros fossem para a PF, que tripudia sobre a desgraça alheia. Ah, não há casos de cometimento de crime lá na casa do "vizinho"? Sim, há e são muitos; porém eles sabem se blindar, ainda mais porque tem um certo prestígio na imprensa (às custas de que ninguém sabe). Considerando ainda que algumas das apreensões da PRF são atribuídas à PF injustamente (pois a sociedade, que desconhece a CF/88 não sabe diferenciar essas 2 polícias), vem uma próxima questão: não está faltando "propaganda institucional" à PRF ou criou-se no Brasil uma cultura de "tirar onda com sucesso alheio" (urubu que come, mas o papagaio leva a fama)?
Vem ainda uma outra questão (dentre as muitas que não vem ao caso detalhar aqui), que é o fato de a PRF ter uma política de não expor as falhas das demais instituições, seja por divergência de doutrina, seja por MEDO de alguns gestores em causar um mal estar com as co-irmãs. Esse caso, especificamente, caberia um só tópico, mas vou aproveitar aqui e citar 2 casos recentes que não ganharam a devida projeção:
1- PRF em MS prende um agente da PF lotado em Rondônia transportando armas (tráfico internacional) e entorpecentes. Uma apreensão/prisão significativa, que se tivesse sido feita pela PF contra um PRF, estaria até em jornais internacionais. Alguém aí viu/ouviu falar disso? Caso negativo, clique aqui e veja a matéria na íntegra.
2- PRF em MT prende agente da PF também lotado em Rodnônia transportando anabolizantes (crime contra a saúde pública) de origem estrangeira para o Brasil. Mais um caso grave que não ganhou a devida repercussão. Clique aqui e leia a matéria na íntegra.
Pois bem, esses 2 casos foram somente para ilustrar o que eu chamo de "medo absurdo" de causar mal estar numa instituição que está c*gando para a nossa, que tem pessoas que não pensam duas vezes em pisar na nossa cara, nos afundando na lama, para obter sucesso. Essa minha crítica não precisa ser alongada para não causar má impressão, uma vez que você que está lendo pode pensar que "quem é esse cara para falar da PF sem conhecê-la?" Ledo engano de quem pensa isso. Assunto encerrado.
PRFs presos por tortura
Agora é hora da navalha que corta a própria carne.
Leio hoje estarrecido a uma notícia de prisão de 2 colegas de farda e que são conhecidos. Um deles chefe da comunicação social, pessoa pública da PRF na nossa regional, conhecido por todo o estado há anos, principalmente por estar ligado à imprensa. Outro, gabaritado instrutor de armamento e tiro do departamento. Não preciso aqui fazer demonstrações de abono/desabono a qualquer um dos dois, mas trago a discussão à tona para que possamos colocar alguns questionamentos:
1- até que ponto a palavra de um bandido tem valor nessa sociedade hipócrita, que está construindo uma identidade distorcida baseada em Direitos Humanos criados para "compensar erros históricos" cometidos pelo braço armado da administração pública de outros tempos?
2- até que ponto o policial/agente da lei deve ir para cumprir seus objetivos?
3- o passado positivo de um policial deve pesar na avaliação de um "erro" no decorrer da atividade?
4- último e mais importante: vale a pena ser policial nesse mundo onde a lei favorece o "bandido" e nos deixa trabalhar no fio da navalha, sendo que a sociedade e a imprensa esperam por qualquer falha nossa para poder tripudiar e descontar toda a sua raiva por viver num mundo não-anárquico, onde ser fiscalizado pela polícia parece um "incômodo"?
Clique aqui e leia a matéria na íntegra.
Tenho para mim todas essas respostas, ainda que para chegar à conclusão de cada uma delas, surjam novas dúvidas filosóficas.
Preparei esse momento reflexão aqui para vocês, que almejam/desejam um dia serem policiais, independente da instituição/força policial.
PRFoxxx
Em que pese o fato histórico da corrupção dentro das instituições policiais, o que vem ao caso dessa vez é a ocorrência de outros tipos de crimes. Sem fazer juízo de valor, vou pontuar alguns casos e fazer observações que creio pertinentes.
Há relativamente pouco tempo vimos noticiado em rede nacional a prisão de vários PRFs que trabalhavam na unidade operacional de Sta Terezinha de Itaipu, pertencente à Delegacia de Foz do Iguaçu/PR. A prisão fôra realizada por agentes da PRF lotados na corregedoria do Paraná, em conjunto com agentes da co-irmã Polícia Federal. O caso em tela envolveu a prisão ainda de agentes da Receita Federal. Na ocasião veicularam-se imagens dos PRFs algemados, ainda uniformizados, já que o fato se deu em ocasião de plantão. Uma primeira questão para reflexão: até que ponto essa exposição é necessária?
De nenhuma forma quero aqui afirmar que não se deva dar publicidade ao ato, mas sim, que tornou-se uma exposição desnecessária, como se os louros fossem para a PF, que tripudia sobre a desgraça alheia. Ah, não há casos de cometimento de crime lá na casa do "vizinho"? Sim, há e são muitos; porém eles sabem se blindar, ainda mais porque tem um certo prestígio na imprensa (às custas de que ninguém sabe). Considerando ainda que algumas das apreensões da PRF são atribuídas à PF injustamente (pois a sociedade, que desconhece a CF/88 não sabe diferenciar essas 2 polícias), vem uma próxima questão: não está faltando "propaganda institucional" à PRF ou criou-se no Brasil uma cultura de "tirar onda com sucesso alheio" (urubu que come, mas o papagaio leva a fama)?
Vem ainda uma outra questão (dentre as muitas que não vem ao caso detalhar aqui), que é o fato de a PRF ter uma política de não expor as falhas das demais instituições, seja por divergência de doutrina, seja por MEDO de alguns gestores em causar um mal estar com as co-irmãs. Esse caso, especificamente, caberia um só tópico, mas vou aproveitar aqui e citar 2 casos recentes que não ganharam a devida projeção:
1- PRF em MS prende um agente da PF lotado em Rondônia transportando armas (tráfico internacional) e entorpecentes. Uma apreensão/prisão significativa, que se tivesse sido feita pela PF contra um PRF, estaria até em jornais internacionais. Alguém aí viu/ouviu falar disso? Caso negativo, clique aqui e veja a matéria na íntegra.
2- PRF em MT prende agente da PF também lotado em Rodnônia transportando anabolizantes (crime contra a saúde pública) de origem estrangeira para o Brasil. Mais um caso grave que não ganhou a devida repercussão. Clique aqui e leia a matéria na íntegra.
Pois bem, esses 2 casos foram somente para ilustrar o que eu chamo de "medo absurdo" de causar mal estar numa instituição que está c*gando para a nossa, que tem pessoas que não pensam duas vezes em pisar na nossa cara, nos afundando na lama, para obter sucesso. Essa minha crítica não precisa ser alongada para não causar má impressão, uma vez que você que está lendo pode pensar que "quem é esse cara para falar da PF sem conhecê-la?" Ledo engano de quem pensa isso. Assunto encerrado.
PRFs presos por tortura
Agora é hora da navalha que corta a própria carne.
Leio hoje estarrecido a uma notícia de prisão de 2 colegas de farda e que são conhecidos. Um deles chefe da comunicação social, pessoa pública da PRF na nossa regional, conhecido por todo o estado há anos, principalmente por estar ligado à imprensa. Outro, gabaritado instrutor de armamento e tiro do departamento. Não preciso aqui fazer demonstrações de abono/desabono a qualquer um dos dois, mas trago a discussão à tona para que possamos colocar alguns questionamentos:
1- até que ponto a palavra de um bandido tem valor nessa sociedade hipócrita, que está construindo uma identidade distorcida baseada em Direitos Humanos criados para "compensar erros históricos" cometidos pelo braço armado da administração pública de outros tempos?
2- até que ponto o policial/agente da lei deve ir para cumprir seus objetivos?
3- o passado positivo de um policial deve pesar na avaliação de um "erro" no decorrer da atividade?
4- último e mais importante: vale a pena ser policial nesse mundo onde a lei favorece o "bandido" e nos deixa trabalhar no fio da navalha, sendo que a sociedade e a imprensa esperam por qualquer falha nossa para poder tripudiar e descontar toda a sua raiva por viver num mundo não-anárquico, onde ser fiscalizado pela polícia parece um "incômodo"?
Clique aqui e leia a matéria na íntegra.
Tenho para mim todas essas respostas, ainda que para chegar à conclusão de cada uma delas, surjam novas dúvidas filosóficas.
Preparei esse momento reflexão aqui para vocês, que almejam/desejam um dia serem policiais, independente da instituição/força policial.
PRFoxxx
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
PRF - Operação Carnaval 2013
A Operação
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) irá realizar a Operação Carnaval – 2013 com o objetivo de reforçar as ações de policiamento e fiscalização, com foco na prevenção e redução dos acidentes de trânsito, bem como aumentar a segurança nas rodovias federais, no período da operação.
A operação será realizada da 0h do dia 8 de fevereiro (sexta-feira) às 24h de 13 de Fevereiro (quarta-feira). As atividades serão concentradas para reduzir a violência do trânsito, enfrentando acidentes relacionados ao excesso de velocidade, embriaguez ao volante, ultrapassagens proibidas e envolvendo motocicletas ou ciclomotores, historicamente com índices elevados de mortes e lesões graves.
Além dos agentes que atuarão na escala, a PRF contará com o reforço de policiais que atuam na atividade administrativa; haverá incremento de viaturas operacionais, que serão posicionadas em pontos estratégicos e as rondas serão intensificadas ao longo de todas as rodovias e estradas federais do país.
Durante o período, os policiais rodoviários federais farão uso de dispositivos operacionais como etilômetros e radares de velocidade nos locais com maior índice de acidentes, como medida preventiva e punitiva, dependendo da situação.
A atuação como polícia de trânsito não afasta as demais obrigações legais, e em função disso os agentes farão o combate à criminalidade em amplo aspecto, ou seja, farão o combate ao narcotráfico, contrabando/descaminho, furtos/roubos de veículos, exploração infanto-juvenil, dentre as diversas "modalidades" criminosas que tangem o trabalho na rodovia.
Restrição de tráfego
A tabela abaixo relaciona os dias e horários que os veículos a seguir terão seu trânsito proibido: Combinação de Veículos de Carga (CVC), Combinação de Transporte de Veículos (CTV), Combinação de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP), autorizados a circular portando ou não a Autorização Especial de Trânsito (AET), e demais veículos articulados portadores de AET.
DIA E HORÁRIO DA RESTRIÇÃO
| 08/02/2013– Sexta-feira 16h às 24h | 09/02/2013 – Sábado 06h às 12h |
| 12/02/2013– Terça-feira 16h às 24h | 13/02/2013 – Quarta-feira 06 às 12h |
Recomendações
Para que o período festivo não se converta em tragédia, algumas recomendações são feitas:
- Não fazer uso de bebida alcoólica quando utilizando-se de veículo automotor
- Andar com os documentos de porte obrigatório
- Fazer uso do cinto de segurança, mesmo para os passageiros do banco traseiro
- Transportar crianças utilizando os dispositivos de segurança previstos na legislação (bebê conforto/cadeirinha/assento de elevação)
- Respeitar a lotação do veículo
- Obedecer a sinalização vertical/horizontal
- Reduzir a velocidade em perímetros urbanos e demais locais de aglomeração pública
- Fazer manutenção preventiva do veículo, deixando-o em condições mínimas de segurança/dirigibilidade
- Realizar ultrapassagens seguras, com visibilidade plena e velocidade compatível
Seguindo essas dicas a viagem tende a ser segura a todos que utilizam a rodovia para exercer seu direito de ir e vir.
Tenham todos uma boa viagem,
PRFoxxx
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) irá realizar a Operação Carnaval – 2013 com o objetivo de reforçar as ações de policiamento e fiscalização, com foco na prevenção e redução dos acidentes de trânsito, bem como aumentar a segurança nas rodovias federais, no período da operação.
A operação será realizada da 0h do dia 8 de fevereiro (sexta-feira) às 24h de 13 de Fevereiro (quarta-feira). As atividades serão concentradas para reduzir a violência do trânsito, enfrentando acidentes relacionados ao excesso de velocidade, embriaguez ao volante, ultrapassagens proibidas e envolvendo motocicletas ou ciclomotores, historicamente com índices elevados de mortes e lesões graves.
Além dos agentes que atuarão na escala, a PRF contará com o reforço de policiais que atuam na atividade administrativa; haverá incremento de viaturas operacionais, que serão posicionadas em pontos estratégicos e as rondas serão intensificadas ao longo de todas as rodovias e estradas federais do país.
Durante o período, os policiais rodoviários federais farão uso de dispositivos operacionais como etilômetros e radares de velocidade nos locais com maior índice de acidentes, como medida preventiva e punitiva, dependendo da situação.
A atuação como polícia de trânsito não afasta as demais obrigações legais, e em função disso os agentes farão o combate à criminalidade em amplo aspecto, ou seja, farão o combate ao narcotráfico, contrabando/descaminho, furtos/roubos de veículos, exploração infanto-juvenil, dentre as diversas "modalidades" criminosas que tangem o trabalho na rodovia.
Restrição de tráfego
A tabela abaixo relaciona os dias e horários que os veículos a seguir terão seu trânsito proibido: Combinação de Veículos de Carga (CVC), Combinação de Transporte de Veículos (CTV), Combinação de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP), autorizados a circular portando ou não a Autorização Especial de Trânsito (AET), e demais veículos articulados portadores de AET.
DIA E HORÁRIO DA RESTRIÇÃO
| 08/02/2013– Sexta-feira 16h às 24h | 09/02/2013 – Sábado 06h às 12h |
| 12/02/2013– Terça-feira 16h às 24h | 13/02/2013 – Quarta-feira 06 às 12h |
Recomendações
Para que o período festivo não se converta em tragédia, algumas recomendações são feitas:
- Não fazer uso de bebida alcoólica quando utilizando-se de veículo automotor
- Andar com os documentos de porte obrigatório
- Fazer uso do cinto de segurança, mesmo para os passageiros do banco traseiro
- Transportar crianças utilizando os dispositivos de segurança previstos na legislação (bebê conforto/cadeirinha/assento de elevação)
- Respeitar a lotação do veículo
- Obedecer a sinalização vertical/horizontal
- Reduzir a velocidade em perímetros urbanos e demais locais de aglomeração pública
- Fazer manutenção preventiva do veículo, deixando-o em condições mínimas de segurança/dirigibilidade
- Realizar ultrapassagens seguras, com visibilidade plena e velocidade compatível
Seguindo essas dicas a viagem tende a ser segura a todos que utilizam a rodovia para exercer seu direito de ir e vir.
Tenham todos uma boa viagem,
PRFoxxx
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
CFP/MT PRF 2009 Vídeos
Aproveitando o ensejo do relato da Curso de Formação Profissional PRF MT 2009.1, publico uns 2 vídeos que eu fiz. O 1º é com algumas imagens do Curso, inclusive com a capa do convite de formatura que eu desenvolvi (único voluntário dentre os alunos a encarar a missão; foi o que deu para fazer); já o segundo vídeo é o "último fora de forma da turma", momento que marcou a nossa diplomação como aprovados no CFP. Apreciem e comentem.
Obrigado a todos pelas visualizações e pelos RTs no twitter @PRFoxxx. Já foram mais de 1150 visualizações do Blog em menos de um mês de sua existência.
PRFoxxx
Obrigado a todos pelas visualizações e pelos RTs no twitter @PRFoxxx. Já foram mais de 1150 visualizações do Blog em menos de um mês de sua existência.
PRFoxxx
Curso de Formação Profissional - CFP
Leitores, na publicação anterior (31/01/13) fiz menção em escrever sobre a matrícula e 1ª semana no CFP. Andei organizando umas ideias aqui e vi que, caso eu resolvesse detalhar todo esse "mundo", daria uma série de publicações. Adiante, tentarei organizar algumas lembranças do curso, porém sem entrar em detalhes, pois como já havia dito anteriormente, quando a gente conta tudo, perde um pouco da graça (desculpa para o fato de eu não ter memória suficiente). Considerando ainda o fato de eu ter feito um "diário" bastante detalhado com a intenção de um dia publicá-lo; considerando que o inteligente aqui não fez backup e teve seu notebook furtado, ficarei devendo muitas histórias para vocês.
O início do curso - Se não me engano, na "Era Moderna" da PRF não tenho notícia de ter havido um CFP em regime de "semi-internato" ou aberto como foi o nosso. Foi uma "experiência" pontual que o Departamento trouxe para o concurso MT/PA, que tornou bem peculiar a formação da 1ª turma.
O Centro de Treinamento de Mato Grosso - CT/MT foi em uma faculdade que teve de ser "adaptada" para a realização do curso. Havia salas mais do que suficientes para receber os mais de 150 alunos (alguns sub judice), porém pouco espaço para realização de atividades físicas e desenvolvimento de atividades diferenciadas, que foram requeridas por algumas disciplinas. Acabamos realizando treinamento em unidade do Exército Brasileiro E.B. (44º Batalhão de Infantaria Motorizada), Clube de Tiro de Cuiabá e até mesmo no Estádio Municipal (Verdão), além de outras locações conseguidas com muito empenho dos instrutores e demais servidores envolvidos na realização do Curso.
Atividades - desde a 1ª semana de curso a "ralação" já se fez presente, como já era esperado. Considerando que no fórum do Correioweb surgiu uma conversa de "colônia de férias", já dá para imaginar o que nos esperava. Ordem Unida para conter o "bandão" e otimizar a realização das atividades. Com pouco tempo praticamente toda a turma já estava "adestrada", apesar de que sempre tem uns gaiatos que insistem em não ser "padrão" e assim serão em qualquer lugar e a qualquer tempo, ou seja, gente ruim de serviço não se "endireita" nem com disciplina militar. Por falar em militar, para o pessoal que já vinha do EB foi fácil tirar de letra a parte de "ralação", já para mim, passei praticamente o 1º mês inteiro tomando 3 doses diárias de Torsilax e mesmo assim não conseguia relaxar a carcaça para dormir; aí já viu o trapo que o sujeito vira, né... Prefiro nem lembrar do peso que perdi, mesmo comendo muito (rs). A partir do segundo mês eu já havia me adaptado à rotina e a carcaça já estava em modo automático; realizava a parte física com tranquilidade (apesar da lesão na lombar que tive acentuada nessa época em detrimento da carga excessiva de exercícios sem o condicionamento físico condizente). A parte teórica é "ultramegapower" interessante e eu sabia que era necessário assimilar o máximo possível, pois é presunção demasiada achar que aprenderemos a ser PRFs com pouco mais de 3 meses de curso. Se eu não aprendi a ser um profissional padrão com meus 7 anos de faculdade, não é com 3 meses de PRF que eu ia saber/dominar todas as nuances do serviço. Naquele mundo de informações "metralhadas" no aspira de guardinha, tentei captar o que fosse possível e de certa forma hoje vejo que trouxe uma boa bagagem do CFP (técnicas de abordagem, atendimento de acidentes e etc).
A turma Delta - "nada além dos melhores alunos do CFP/MT, ainda que as outras turmas tentem nos menosprezar, não é Charlie?!" Dentre os quase 40 alunos da turma, encontrávamos de tudo um pouco. Grandes amigos ainda hoje na jornada diária da mãe-preta (rodovia), outros foram removidos e deixaram saudades, alguns outros foram para outros órgãos por diversos motivos, mas no fim das contas todos fizeram e fazem parte da minha vida; não tem como negligenciar a importância de cada um, desde os que fizeram "mulambagem" durante o curso e em função disso pagamos muitas flexões de braço, até aqueles que sabíamos que são parceiros de combate. Durante o curso a gente já nota pessoas de caráter, de boa índole, que farão a diferença na pista; outros nem tanto. Para mim, quem não se aplica num curso de formação, não o fará aqui fora; num serviço policial quem não é aplicado corre risco e oferece risco àqueles com quem compartilha serviço, portanto, não podemos nos iludir que estaremos só entre os melhores, mas devemos respeitar o ritmo de cada um, como digo sempre.
No fim das contas são mais pontos positivos do que negativos e eu nunca deixarei de ser Delta.
As outras turmas não eram diferentes, formadas por muita gente boa e capacitados para o ofício; fizemos grandes amigos para toda uma vida. Boas lembranças das atividades em conjunto, da ajuda mútua nas horas difíceis, da farra na praça da juventude nas poucas horas de poder respirar fora do CT ou de nossos "abrigos" (uns em hoteis, outros em Kitnets).
A formatura - o momento único na vida de uma pessoa é a sua formatura. Essa não era mais uma formatura, como 2º ou 3º graus: era a formatura de um curso de capacitação para execução de um sonho de vida. Não poderia faltar a família, que veio praticamente completa; um alvoroço de sentimentos que fica difícil explicar aqui e alongaria demais a publicação. Resumo a dizer que foi um momento especial, mágico, inigualável... inclusive porque tivemos que aprender o hino do Mato Grosso em cima da hora e acabamos por apresentá-lo "a capella" (acho que é assim que se escreve) durante a solenidade para as autoridades e familiares presentes, que foi realizada na UFMT. O baile foi outro momento especial, com "ambiente temático", familiares e amigos presentes e alegria que não cabia no espaço da FAMATO.
Pronto, acabou o sonho, ops, parte dele. Agora não somos mais alunos e não somos PRF, ou seja, não somos NADA... nada além de meros desempregados (quase todos) esperando e rezando por nomeação.
Publicação tá longa, muita coisa ficou por contar, mas deixo a todos a imagem da "Turma Tarso Genro" PRF/MT 2009.1 como fonte de inspiração. Obrigado pela paciência de ler tudo e aproveito ainda para agradecer os comentários, que é o que me motiva a parar minhas atividades e escrever um pouquinho a cada dia.
PS: essa foto é uma homenagem ao colega Felipe Amaral, um dos mais brilhantes componentes dessa turma, que não teria sido a mesma sem a sua alegria. Felipe foi morto em serviço no mês de Dezembro 2012, atropelado por mais um infrator/criminoso no trânsito. (Leia mais)
PRFoxxx
O início do curso - Se não me engano, na "Era Moderna" da PRF não tenho notícia de ter havido um CFP em regime de "semi-internato" ou aberto como foi o nosso. Foi uma "experiência" pontual que o Departamento trouxe para o concurso MT/PA, que tornou bem peculiar a formação da 1ª turma.
O Centro de Treinamento de Mato Grosso - CT/MT foi em uma faculdade que teve de ser "adaptada" para a realização do curso. Havia salas mais do que suficientes para receber os mais de 150 alunos (alguns sub judice), porém pouco espaço para realização de atividades físicas e desenvolvimento de atividades diferenciadas, que foram requeridas por algumas disciplinas. Acabamos realizando treinamento em unidade do Exército Brasileiro E.B. (44º Batalhão de Infantaria Motorizada), Clube de Tiro de Cuiabá e até mesmo no Estádio Municipal (Verdão), além de outras locações conseguidas com muito empenho dos instrutores e demais servidores envolvidos na realização do Curso.
Atividades - desde a 1ª semana de curso a "ralação" já se fez presente, como já era esperado. Considerando que no fórum do Correioweb surgiu uma conversa de "colônia de férias", já dá para imaginar o que nos esperava. Ordem Unida para conter o "bandão" e otimizar a realização das atividades. Com pouco tempo praticamente toda a turma já estava "adestrada", apesar de que sempre tem uns gaiatos que insistem em não ser "padrão" e assim serão em qualquer lugar e a qualquer tempo, ou seja, gente ruim de serviço não se "endireita" nem com disciplina militar. Por falar em militar, para o pessoal que já vinha do EB foi fácil tirar de letra a parte de "ralação", já para mim, passei praticamente o 1º mês inteiro tomando 3 doses diárias de Torsilax e mesmo assim não conseguia relaxar a carcaça para dormir; aí já viu o trapo que o sujeito vira, né... Prefiro nem lembrar do peso que perdi, mesmo comendo muito (rs). A partir do segundo mês eu já havia me adaptado à rotina e a carcaça já estava em modo automático; realizava a parte física com tranquilidade (apesar da lesão na lombar que tive acentuada nessa época em detrimento da carga excessiva de exercícios sem o condicionamento físico condizente). A parte teórica é "ultramegapower" interessante e eu sabia que era necessário assimilar o máximo possível, pois é presunção demasiada achar que aprenderemos a ser PRFs com pouco mais de 3 meses de curso. Se eu não aprendi a ser um profissional padrão com meus 7 anos de faculdade, não é com 3 meses de PRF que eu ia saber/dominar todas as nuances do serviço. Naquele mundo de informações "metralhadas" no aspira de guardinha, tentei captar o que fosse possível e de certa forma hoje vejo que trouxe uma boa bagagem do CFP (técnicas de abordagem, atendimento de acidentes e etc).
A turma Delta - "nada além dos melhores alunos do CFP/MT, ainda que as outras turmas tentem nos menosprezar, não é Charlie?!" Dentre os quase 40 alunos da turma, encontrávamos de tudo um pouco. Grandes amigos ainda hoje na jornada diária da mãe-preta (rodovia), outros foram removidos e deixaram saudades, alguns outros foram para outros órgãos por diversos motivos, mas no fim das contas todos fizeram e fazem parte da minha vida; não tem como negligenciar a importância de cada um, desde os que fizeram "mulambagem" durante o curso e em função disso pagamos muitas flexões de braço, até aqueles que sabíamos que são parceiros de combate. Durante o curso a gente já nota pessoas de caráter, de boa índole, que farão a diferença na pista; outros nem tanto. Para mim, quem não se aplica num curso de formação, não o fará aqui fora; num serviço policial quem não é aplicado corre risco e oferece risco àqueles com quem compartilha serviço, portanto, não podemos nos iludir que estaremos só entre os melhores, mas devemos respeitar o ritmo de cada um, como digo sempre.
No fim das contas são mais pontos positivos do que negativos e eu nunca deixarei de ser Delta.
As outras turmas não eram diferentes, formadas por muita gente boa e capacitados para o ofício; fizemos grandes amigos para toda uma vida. Boas lembranças das atividades em conjunto, da ajuda mútua nas horas difíceis, da farra na praça da juventude nas poucas horas de poder respirar fora do CT ou de nossos "abrigos" (uns em hoteis, outros em Kitnets).
A formatura - o momento único na vida de uma pessoa é a sua formatura. Essa não era mais uma formatura, como 2º ou 3º graus: era a formatura de um curso de capacitação para execução de um sonho de vida. Não poderia faltar a família, que veio praticamente completa; um alvoroço de sentimentos que fica difícil explicar aqui e alongaria demais a publicação. Resumo a dizer que foi um momento especial, mágico, inigualável... inclusive porque tivemos que aprender o hino do Mato Grosso em cima da hora e acabamos por apresentá-lo "a capella" (acho que é assim que se escreve) durante a solenidade para as autoridades e familiares presentes, que foi realizada na UFMT. O baile foi outro momento especial, com "ambiente temático", familiares e amigos presentes e alegria que não cabia no espaço da FAMATO.
Pronto, acabou o sonho, ops, parte dele. Agora não somos mais alunos e não somos PRF, ou seja, não somos NADA... nada além de meros desempregados (quase todos) esperando e rezando por nomeação.
Publicação tá longa, muita coisa ficou por contar, mas deixo a todos a imagem da "Turma Tarso Genro" PRF/MT 2009.1 como fonte de inspiração. Obrigado pela paciência de ler tudo e aproveito ainda para agradecer os comentários, que é o que me motiva a parar minhas atividades e escrever um pouquinho a cada dia.
PS: essa foto é uma homenagem ao colega Felipe Amaral, um dos mais brilhantes componentes dessa turma, que não teria sido a mesma sem a sua alegria. Felipe foi morto em serviço no mês de Dezembro 2012, atropelado por mais um infrator/criminoso no trânsito. (Leia mais)
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