segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Aqui jaz: a paz!

Era uma vez um traficante de um país qualquer, que tem Leis que protegem a dignidade da pessoa humana (do bandido, como se bandido fosse "humano") que resolveu tentar a sorte num outro país lá do outro lado do mundo. Não tinha estudo, não sabia o conceito econômico de "custo de oportunidade" nem mesmo sabia desenvolver os gráficos de "oferta e demanda", mas tinha ciência de que se ganhasse, seria o segundo economista mais bem sucedido de seu país (perdendo apenas para o Lulinha).
Perdeu! A mercadoria, a liberdade, a vida...
Ainda nessa vez, a presidente de seu país, dotada de conceitos não menos distorcidos acerca de criminalidade, tampouco provida de noções de economia, mas tão bem sucedida acerca de lucros (com dividendos dos ônus para a sociedade que ela governa), se solidarizou com o nosso primeiro personagem, obviamente. Recorreu até mesmo à suprema santidade do catolicismo (como se bruxas acreditassem em Deus...), mas de nada adiantou. A senhora não sabia que cada nação tem sua soberania e que soberania não se restringe à determinação de fronteiras e sua proteção virtual. A soberania é também a supremacia da vontade do povo (naquele país mais de 70% das pessoas concordam com a pena de morte), convertida em leis. E assim foi feita vossa vontade: expurgou-se um mal social exótico, importado do país da impunidade, onde as leis o garantem como detentor de direitos até que se esgote a vida dos justos, trabalhadores e pagadores de (altos) impostos que resolveram andar na linha da legalidade.
Um pena, Marco Archer... pela sua ida com um tiro de fuzil no peito? Não, por você ser somente um nesse universo daqueles que escolhem destruir vidas em troca de dinheiro fácil do tráfico. Por eu viver nesse país onde policiais são mortos diariamente sem a clemência da chefe do executivo e sem a intervenção de Papa e Órgãos Internacionais de defesa da vida. Por eu ver gente definhando em filas do SUS porque uma meia dúzia de ex-guerrilheiros que hoje nos governam, desviam o dinheiro que poderia salvar suas vidas.
Uma pena isso ser um ciclo vicioso onde bandidos governam, acéfalos os reelegem e os nossos valores sociais vão se degradando, conceitos de "certo" e "errado" vão sendo corrompidos e hoje não podemos sequer comparar nossa sociedade àquela evoluída da Indonésia.

PRFoxxx

2 comentários:

  1. E tem mais um daqui nessa fila, cujo amigo estes dias em rede nacional disse que ele não merecia esta pena por não ter tirado a vida de ninguém; COMO NÃO?!?! E a vida daqueles que se transformam em zumbis por conta da mercadoria que ele transportava? E as famílias destroçadas por esta mesma mercadoria? Ele pode não ter matado ninguém à queima roupa, mas o estrago promovido pelo produto que comercializava consegue ser pior...

    ;)

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    1. É aquela mania que brasileiro tem de achar que só é bandido que dá o tiro ou quem é pego em flagrante por roubo. Já escrevi sobre isso aqui. Noção distorcida de que males indiretos não são causados por condutas individualistas, egoístas e destrutivas. É algo análogo àquele cretino que se CNH, prepotente, acredita que sairá com um veículo sem oferecer risco a terceiros; mas quando mata, diz que foi um acidente e que não deve ser preso por isso. Desculpas e mais justificativas para o injustificável. Quem escolhe andar à margem da lei deve sofrer seus rigores, que no Brasil são brandos, e por isso vivemos nessa Casa de Mãe Joana!

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